Nova aposta brasileira da Warner Channel, Matches brinca com o universo dos relacionamentos nos aplicativos
A partir de terça-feira (18/2), às 21h40, a Warner Channel estreia mais uma produção nacional em sua programação. É Matches, série criada por Carolina Castro e Marcelo Andrade com direção de Calvito Leal e Eduardo Vaisman. O protagonismo fica por conta de dois nomes conhecidos do mundo das novelas: Juliana Silveira e João Baldasserini.
A dupla vive os protagonistas, Lara e Ricardo, que estão em busca de um novo amor. Ele, por ser um recém-divorciado. Ela, por tentar, pela primeira vez, de forma definitiva, se desvincular do ex-marido Gabriel Victor (Bruno Ferrari), pai do filho dela, Lucas (Samuel Scatiotti). Seguindo uma tendência do mundo conectado, ambos procuram esse romance nos aplicativos de relacionamento.
O humor da série vem exatamente daí, ao mostrar as dificuldades dos dois, que estavam havia anos “fora do mercado”, de se adaptarem ao novo modo de romance. Ao mesmo tempo, o seriado discute se a vida real ainda oferece oportunidades no mundo dos relacionamentos.
“Eu acho que esse é o grande trunfo da série. A situação de comédia se desenvolve por meio de um tema tão atual para as pessoas que estão solteiras, independentemente da faixa etária. Acredito que existe uma curiosidade de quem não usa o aplicativo de saber como realmente funciona e me encaixo nesse público. Ao viver a Lara, pude perceber como mudaram as relações com o desenvolvimento da tecnologia”, analisa a atriz Juliana Silveira, em entrevista ao Correio.
Após um período dedicado às novelas, esta será a estreia de Juliana nas séries, algo que a atriz diz ter sido muito interessante e de aprendizado para a carreira. “Amo televisão aberta e sou cria dela. É o que eu sei fazer melhor. Sobre fazer séries, em um tempo curto, é um pouco diferente a integração com a personagem, equipe e elenco. É bem diferente também gravar tudo e não assistir ao resultado, mas confiei nos diretores e me joguei. Foram muitas primeiras vezes: a primeira série e o primeiro trabalho no gênero comédia”, completa.
A preparação para dar vida a Lara contou com a ajuda de Patrícia Carvalho e dos diretores da trama. “Trabalhamos o tom e o ritmo que a cena deveria ter e trabalhamos o improviso, que confesso não ser muito meu lugar de conforto. É tudo novo para mim. Aliás, como fui treinada a respeitar o texto do autor da novela, foi bem diferente saber que, no momento da gravação, uma cena inteira poderia ser mudada e improvisada. Aprendi muito fazendo Matches e existe um longo caminho a ser percorrido”, avalia.
Ao todo, a primeira temporada de Matches terá 10 episódios. O elenco tem ainda no núcleo principal Evelyn Castro, que interpreta Mila, amiga solteira e de mente aberta de Lara, e Renato Livera, o Escovão, amigo que recebe Ricardo depois que ele se separa e o ajuda dando dicas de como encontrar uma nova paixão.
Entrevista // Juliana Silveira, protagonista de Matches
Acha que tem semelhanças com Lara?
Sou romântica e atrapalhada como a personagem. Já fui workaholic como a Lara, mas, depois que o Bento nasceu, relaxei e me permito viver mais a vida de um jeito mais leve, sem me cobrar tanto por resultados e novas conquistas profissionais. Ser mãe me possibilitou experimentar um equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional. Fiquei mais saudável emocionalmente. Está aí uma coisa que a Lara não tem: estabilidade emocional.
A relação entre Lara e o filho é bem interessante e dá para perceber que vocês conseguem uma química bastante legal. Como foi criar essa relação com o ator que faz seu filho?
Samuel é uma ator disciplinado e muito espontâneo. Ele tem um talento natural para o tempo da comédia e não se esforça para tentar acertar, o que faz o resultado ficar natural. Ele é amigo, engraçado, disponível e suave no set. Virou meu companheiro em cena e fora dela. Lara é maternal, mas também muito amiga do Lucas. Às vezes, eles parecem irmãos, o filho parece mais maduro que a mãe.
A série tem essa pegada do humor. Como foi para você atuar dessa forma?
Nunca me imaginei fazendo comédia. Quem convive comigo diz que eu sou engraçada, e minha família é bem hilária mesmo. Somos italianos, barulhentos e todos têm algum talento artístico: meu pai canta superbem, meu irmão adora contar piada e pregar peças nos outros e eu realmente tenho um tempo de humor na vida, mas nunca tinha experimentado isso em cena. Estou experimentando. Matches representa para mim uma nova fase na carreira, com muito aprendizado e zero zona de conforto.
O que podemos esperar do desenrolar da trama da Lara?
No meu entendimento, o que falta na vida da Lara é emoção. Vamos acompanhar a personagem sair da vida “perfeita” e controlada que ela construiu para si e para o filho e se jogar no desconhecido mundo dos solteiros que frequentam apps de relacionamento. Óbvio que as situações serão cheias de humor, mas, às vezes, vão existir momentos de dúvida, tristeza e solidão. Ela está no meio de uma crise emocional e vamos acompanhar a personagem duramente nessa trajetória.
Já podemos pensar numa segunda temporada de Matches?
Espero que sim. Ainda tenho muita coisa para aprender com a Lara e com meus colegas de elenco. Torço para que o público goste da série e que todos nós possamos embarcar nessa nova temporada.
Nos últimos anos você tem feito mais novelas. Como foi para você essa transição para o formato de série?
Eu amo televisão aberta e sou cria dela. É o que eu sei fazer melhor. Sobre fazer séries, em um tempo curto é um pouco diferente a integração com a personagem, equipe e elenco. É bem diferente também gravar tudo e não assistir ao resultado, mas confiei nos diretores e me joguei. Estou muito curiosa para assistir. Foram muitas primeiras vezes: a primeira série e o primeiro trabalho no gênero comédia.
Fora a série, quais são seus projetos para 2020?
Minha vida profissional virou um livro aberto depois que decidi não ter mais contrato de exclusividade. Não tenho planos, tenho sonhos. Pode ser que aconteça uma turnê cantando as músicas de Floribella e existem projetos para voltar para as novelas na tevê aberta. Nunca fiz cinema e esse é um grande desejo. Estou aberta a possibilidades e só aceito fazer testes onde realmente desejo trabalhar. Poder escolher é um luxo e trabalho desde os meus 13 anos. Me dei esse direito em 2019 e vou continuar assim em 2020. Vamos ver o que o mundo vai me presentear neste novo ano.