Atriz loura de olhos azuis celebra a personagem Maninha, em Elas por elas. “Inversão de papéis”, comenta ela, acostumada a viver peruas
Patrick Selvatti
Regiana Antonini já fez de tudo na tevê, no teatro e no cinema. De atuar a escrever e dirigir. Mas nunca é tarde para experimentar algo inédito. Agora, em Elas por elas, ela dá vida, pela primeira vez, a uma empregada doméstica. “Está sendo maravilhoso, porque eu nunca tinha feito e talvez até seja pelo fato de eu ser loura de olhos azuis. Eu sempre fui a madame, a perua. Como agora, finalmente, os papéis estão se invertendo no audiovisual, podemos ver uma branca servir uma negra em algum momento da narrativa”, comemora a atriz.
Na novela das 18h, Regiana dá vida a Maninha, a funcionária intrometida da casa da família da protagonista Helena (Isabel Teixeira), que não perde a oportunidade de maltratá-la. Desse núcleo, fazem parte ainda o pai dela, Sergio,e o marido, Jonas, interpretados por Marcos Caruso e Mateus Solano, respectivamente. “Os dois são velhos conhecidos meus. Fizemos juntos Pega pega e esse reencontro está sendo uma delícia”, comemora ela.
Leitura viva
Desde a pandemia, Regiana está envolvida no projeto Leitura Viva, que concebeu e conduz, ao lado do ator brasiliense Anderson Tomazini, há três anos. “A gente precisava fazer alguma coisa pra não enlouquecer. Então, criamos esse projeto de leitura de textos de autores brasileiros, contemporâneos e vivos, com o objetivo de fazer um debate depois. Quem estava lá no Acre passou a poder bater um papo com o elenco e os autores envolvidos, como Miguel Falabella, por exemplo”, conta.
A atriz ainda pode ser vista nos filmes Eulália, disponível na Prime, e Me tira da mira, na HBO Max, e já participou de algumas novelas, como Salsa e Merengue e Passione e de humorísticos como A diarista, Adorável psicose e Porta dos fundos. Nos palcos, seu último sucesso foi no elenco de Compulsão.
Teatro e cinema
No teatro, Regiana Antonini assina a autoria da peça A quebra, em cartaz no Rio e que trata sobre pedofilia na Igreja Católica, com Jayme Periard em cena. Já em São Paulo, está com o espetáculo O dia seguinte, uma adaptação que fez de um conto de Luiz Fernando Veríssimo, com Adriana Birolli e Dudu Pelizzari. A mineira aguarda, para este ano, a estreia da peça de sua autoria Solteira, casada viúva, divorciada, em Portugal. A obra já foi montada no Brasil em 1993, com Lilia Cabral. Ela coleciona mais de 50 obras de sucesso nos palcos, como Doidas e santas, Tô grávida e Meu ex-imaginário — a primeira já virou filme e as outras duas estão em processo de filmagem para as telonas.
No cinema, é a autora do filme Uma pitada de sorte, estrelado por Fabiana Karla, e foi colaboradora do roteiro do longa Linda de morrer, protagonizado por Glória Pires. Já na TV, estreou assinando um episódio do extinto Você decide e, na sequência, fez textos para diversos humorísticos de canais abertos e fechados, como A diarista, na Globo, e Treme treme e Xilindró, no Multishow.