Produção estreia em 12 de junho no Gloob. Essa é o primeiro projeto de Cláudia Abreu como roteirista
Princesa Juliette de Avillan (Que rei sou eu?), Clara Ribeiro (Barriga de aluguel), Heloísa Andrade Brito (Anos rebeldes), Laura Prudente da Costa (Celebridade) e Chayene (Cheias de charme) são apenas algumas das alcunhas mais famosas de Cláudia Abreu ao longo dos 30 anos de carreira na televisão. Mas, a partir de segunda-feira (12/6), será com o próprio nome que a artista pretende brilhar. É dela o roteiro da série infantojuvenil Valentins, que vai ao ar de segunda a sexta, às 20h30, no canal Gloob.
“Eu já tinha vontade de escrever. Eu queria um espaço para mais conteúdos, mais séries para as crianças. Existem poucas séries, por exemplo. Eu uni essa vontade de escrever com esse desejo de produzir para esse público”, conta a atriz em entrevista ao Próximo Capítulo. Valentins será a estreia de Cláudia Abreu como roteirista, em que trabalha ao lado de Flavia Lins e Silva, de Detetives do prédio azul.
Mãe de quatro filhos, o desejo de Cláudia de estar mais perto do público infantojuvenil era antigo. O encantamento veio em 2003 quando estrelou e produziu o espetáculo Pluft, o fantasminha. “Eu já tinha trabalhado com o público infantil e me encantei. Era uma troca maravilhosa. Tive vontade de continuar trabalhando com esse público a partir de Pluft. O meu desejo é que, na infância, os pequenos tenham mais acesso à cultura. Acho que é preciso oferecer em nossa cultura uma formação das crianças. Não foi só pelos meus filhos, mas também por eles”, analisa.
Atuação em Valentins
Além de roteirista, em Valentins, Cláudia Abreu faz uma pequena ponta como atriz. Ela interpreta Alice, uma cientista casada com Artur (Guilherme Weber). O casal tem quatro filhos — Betina (Rebecca Solter), João (Arthur Codeceira), Lila (Duda Wendling) e Theo (Octávio Martins) — e desaparece após ser transformado em ratos pelo amigo e padrinho das crianças, Randolfo (Luis Lobianco).
Cláudia Abreu aparece apenas em dois episódios da produção e deixa o quarteto de protagonistas brilhar. “O mais importante para mim nesse trabalho era viabilizar e desenvolver a ideia como autora. Eu queria fazer uma história inédita e original. Meu trabalho como atriz foi para estar junto do elenco porque eu considero esse um projeto muito especial”, define a atriz.
A grande mensagem em torno da produção é mostrar a trajetória desses quatro irmãos, que precisam enfrentar os medos e se unir para reencontrar os pais e lutar contra o vilão Randolfo. “A gente fala basicamente de como as crianças lidam com os próprios medos. A grande questão da série é dar ferramentas para que as crianças tenham autonomia de se defenderem sozinhas. A outra mensagem é a união da família”, adianta a carioca.
Duas perguntas // Cláudia Abreu
Em que momento ter estudado filosofia ajuda na sua profissão de atriz?
A filosofia me ajuda como pessoa, me leva à reflexão. Na verdade, a minha ferramenta de trabalho como atriz é a vivência, tudo que eu fiz. A filosofia entra como um dos instrumentos. Posso usar isso pessoalmente e também nos meus trabalhos, até agora, como autora.
Você atuou em produções bastante politizadas como Que rei sou eu? e Anos rebeldes. Você acha importante tratar questões políticas nas novelas e séries?
Na verdade, eu não fui procurar esse tipo de personagem. Acho que é importante fazer de tudo. Há momentos de pura diversão e entretenimento, como nesse projeto. Há projetos de mais elaboração e execução. Anos rebeldes era uma minissérie histórica, tinha um momento importante da política, mas não falava só sobre isso. Mas tinha esse contexto político. Acho importante informar o público quando se tem relevância disso. Acho que isso tem que ter, mas não tem que estar na frente da ficção.
As crianças de Valentins
Lila: Papel da atriz mirim Duda Wendling. Uma das filhas de Alice e Arthur, a personagem é fofa, carinhosa e bastante medrosa. “Ela é uma personagem medrosa. Eu tô achando bem legal fazer parte da série. Atuar com a Cláudia Abreu é bem legal. Ela é maravilhosa”, conta. Esse não é o primeiro trabalho de Duda, que já havia atuado em outros programas de televisão. A pequena pretende seguir a carreira e, quem sabe, atuar também como diretora no futuro.
João: Interpretado por Arthur Codeceira, o personagem tem um estilo roqueiro e fica revoltado com o desaparecimento dos pais. “Ele é bem rebelde. Gosta de rock e de fazer as próprias coisas. Eu me inspirei bastante em mim. Segundo minha mãe, sou bem parecido com ele”, classifica. Essa é a primeira série infantojuvenil de Arthur. “É uma novidade para mim. Está sendo bem legal dividir o set com eles, nos divertimos muito, principalmente, quando fazemos cenas de suspense”, completa.