Chico Anysio, um gênio do humor brasileiro, deixou um legado enorme, com vários personagens imortais. Relembre aqui oito deles e ria novamente com o amado mestre!
Chico Anysio não era um. O humorista, um dos maiores gênios da categoria no país, se transformava em quantos queria quando encarnava um das centenas de personagens criados por ele. Isso sem falar nos que ele criou para que colegas brilhassem. Nomes como Ingrid Guimarães, Tom Cavalcante, Cláudia Jimenez e muitos outros começaram por ali e de lá deslancharam.
Morto em 23 de março de 2012 em decorrência de uma falência múltipla dos órgãos, Chico Anysio deixou saudades. O humorista completaria, nesta sexta-feira (12/4), 88 anos de idade. Como uma forma de homenagem, o Próximo Capítulo relembra 8 grandes personagens criados por ele. Confira e divirta-se!
Relembre 8 personagens criados por Chico Anysio!
Alberto Roberto ー Alguns diriam que Alberto Roberto era um entrevistador. Ele não. O personagem gostava de se definir como um “um símbalo sescual”. De touca de renda na cabeça, ele recebia atores e cantores numa espécie de talk show no qual fazia perguntas das mais absurdas. Além disso, para cada resposta havia a réplica “por quê?”. Os entrevistados e o diretor Da Júlia (Lúcio Mauro) às vezes perdiam a linha. Entre os convidados de Alberto Roberto, figuram nomes como Fafá de Belém, Camila Pitanga e Juliana Paes. No vídeo abaixo, ele entrevista Susana Vieira.
Bento Carneiro ー Um vampiro brasileiro, “aquele que vem do aquém do além, adonde que véve os mortos”. Assim, Bento Carneiro, ou Valdevino Bento Carneiro, se apresentava. Com um característico sotaque nordestino e desnutrido, ele envergonhava o assistente Calunga (Lug de Paula) por não conseguir assustar ninguém. “Tomou, papudo” e “minha vingança será maligrina” são alguns dos bordões do personagem que ganharam o país. Relembre abaixo uma matéria feita pelo Vídeo show sobre o personagem!
Bozó ー Bozó fez tanto sucesso que chegou a ser usado como sinônimo de funcionário público no país. Munido de um crachá, o rapaz, que era gago e usava um par de óculos com lentes de fundo de garrafa, jurava que era funcionário da Rede Globo, “tá legal?”. Ele namorava Maria Angélica (Alcione Mazzeo).
Justo Veríssimo ー Espécie de pai de Caco Antibes (Miguel Falabella), personagem de Sai de baixo, Justo Veríssimo tinha horror a pobre. “Quero que pobre se exploda!”, bradava o político. Um dos bordões de Justo Veríssimo era “não sou feio: sou exótico”. Ele andava sempre acompanhado do segurança Cadelo (Nizo Neto). O personagem acabava sendo um instrumento para que Chico criticasse a corrupção.
Painho ー Painho, o Ruy de Todos os Santos, era o pai de santo favorito da alta sociedade baiana. Cabia a ele jogar os búzios e dizer o futuro e a sorte de cada um. Cheio de bordões, Painho dizia coisas como, “Aff! Tô morta!”, “Eu sou doido por essa neguinha” e “Ai, que dor nos quartos”.
Pantaleão ー “É mentira, Terta?”. Até hoje ouvimos a frase por aí, especialmente entre os que já passaram da cada dos 40. Esse era o principal bordão de Pantaleão, caçador aposentado que adorava inventar uma história mirabolante e pedir para que a esposa, Tertuliana (Suely May) confirmasse o causo. Ele ainda tinha a companhia de Pedro Bó (Joe Lester), homem que se portava como se fosse uma criança. Uma curiosidade é que, vestido como Dom Pedro II, Pantaleão sempre contava passagens do ano de 1927.
Professor Raimundo ー Talvez esse seja o personagem mais conhecido de Chico nos dias de hoje. A popularidade de Professor Raimundo fez com que o Viva refizesse a Escolinha como um especial que deu tão certo que já se estende pela quinta temporada. Sentado numa mesa de professor, Raimundo sofre com respostas descabidas de seus alunos. Para piorar, a situação o salário que ganha não é dos maiores.
Salomé ー Natural de Passo Fundo, a idosa Salomé Maria da Anunciação é íntima do presidente Figueiredo. Ao telefone, ela conversa com o político, a quem chama de guri. Ela gosta de contar que Figueiredo chamava-se João Batista, assim como o santo que teve a cabeça cortada para agradar Salomé. “Eu faço a cabeça do João Batista ou não me chamo Salomé”, dizia.