No ano em que completa 10 anos de carreira, Bruno Gissoni garante que vive o melhor momento na profissão e também na vida pessoal: “Me sinto pleno”
Plenitude é como o ator Bruno Gissoni, 31 anos, define o atual momento. A fase é apenas de momentos positivos. Profissionalmente, o astro completou uma década de trajetória iniciada nos palcos e na televisão interpreta um dos personagens mais desafiadores da carreira, o dúbio Uirapuru de Orgulho e paixão. Na vida pessoal, se casou recentemente com a também atriz Yanna Lavigne e se dedicada a paternidade, graças ao nascimento da pequena Madalena.
Ao Próximo Capítulo, Gissoni, que é irmão dos atores Rodrigo e Felipe Simas, fala sobre todos esses aspectos da vida dele, além de comentar projetos futuros e relembrar o início da carreira, que foi uma surpresa, já que ele largou o futebol para se dedicar as artes. Veja abaixo!
Entrevista // Bruno Gissoni
Você completou 10 anos de carreira na televisão. O que te motivou lá atrás a seguir esse ofício?
Tudo começou com a peça Capitães de areia, que foi um grande divisor de águas na minha vida. Desisti de ser jogador de futebol profissional, um sonho de criança, para investir na carreira artística. Foi a melhor decisão que tomei. O teatro é uma fonte inesgotável de emoções e nos oferece infinitas e gratificantes possibilidades. Hoje é isso o que me move, depois da minha família.
Sendo de uma família de artistas, como é a troca entre vocês para os trabalhos? Um ajuda o outro na preparação? Dá opiniões?
É uma delícia. Ter irmãos que atuam na mesma área profissional nos permite viver esses momentos que sempre agregam de alguma forma. Trocamos experiências, opiniões, visões e críticas inclusive, que são sempre bem-vindas, especialmente quando vem de pessoas que torcem pelo nosso sucesso.
Você está em Orgulho e paixão como o mulherengo Uirapuru. Como foi o convite para a novela? E como foi o processo de construção do personagem?
O personagem veio a convite do Fred Mayrink, diretor-geral de Os Trapalhões, onde trabalhei recentemente. Uirapuru está sendo um dos meus maiores desafios na carreira porque é um personagem com muitas vertentes, dúbio: vai do carismático e romântico ao sarcástico e cômico. O objetivo era dar um corpo diferente de tudo o que já havia feito e acho que estou conseguindo. Uma peça fundamental nesse processo de construção foi o Ciro Barcelos, que me dirigiu em Dzi Croquettes.
Orgulho e paixão é uma novela de época, mas que tem uma abordagem bastante contemporânea. Como é fazer parte de uma novela desse tipo? E qual é a importância de abordar temas atuais de forma leve dentro do entretenimento?
Pra mim é uma honra fazer parte desse projeto de extrema relevância para a minha carreira. É o meu primeiro papel numa novela de época e Orgulho e paixão é uma trama com uma roupagem diferente, que aborda ideais de futuro no passado. Acho importantíssimo que os temas atuais sejam abordados e pra mim é uma satisfação enorme atuar em favor de uma causa. O entretenimento vêm com a função de divertir, mas por trás disso há uma preocupação em trazer à tona questões sérias do nosso dia-a-dia promovendo reflexões e debates.
Você vive um momento importante na vida pessoal, recém-casado e pai. Como tem sido essa fase para você? E como tem sido conciliar esse momento com o trabalho?
Uma delícia. Estar com a minha família tem sido o meu momento de maior felicidade. É tudo novo e intenso ao mesmo tempo. Madalena e Yanna são as minhas prioridades. Só fico longe delas quando estou trabalhando, ou seja, me dedicando a minha segunda maior paixão. Vivo a minha melhor fase profissional e pessoal, me sinto pleno.
Além das novelas, você tem experiência no teatro. Deve voltar aos palcos?
Estou louco pra voltar. Existe a possibilidade de uma remontagem do Dzi Croquettes, além disso tenho um projeto de minha autoria que está em processo de criação e roteirização, mas ainda sem data prevista de estreia. O teatro é a minha eterna faculdade.
E sobre cinema? Tem algum projeto em vista?
Cinema é um lugar onde pretendo transitar bastante ainda. Tive a oportunidade de estrear num projeto grande em Até que a sorte nos separe 3: A falência final, onde aprendi muito, até porque nunca havia feito comédia antes, então contracenar com atores como Leandro Hassum foi realmente uma experiência enriquecedora. Hoje estou finalizando o roteiro do meu primeiro curta-metragem que será rodado em outubro na cidade de Bagé. Estou muito feliz.
Nos últimos anos, a televisão tem passado por uma renovação com uma nova geração de atores se destacando. Como tem sido para vocês atores mais jovens essa troca com os mais experientes?
A troca é sempre muito boa. Eu particularmente tento sugar ao máximo a sabedoria e experiência deles. Vivi momentos maravilhosos com grandes atores da casa.
Temos visto muitos atores transitando entre a tevê aberta e fechada. Você tem esse desejo?
O que me move são os desafios, os trabalhos e, principalmente, os personagens. Não importa onde esteja, em qual veículo ou plataforma, se o trabalho for interessante, estou dentro.