A Rita de Sintonia vem chamando a atenção na segunda temporada da série. Para o futuro, a jovem pretende voltar aos palcos
A atriz Bruna Mascarenhas é um dos destaques de Sintonia, série nacional da Netflix que tem duas temporadas e cuja terceira já foi confirmada pela plataforma de streaming. Bruna vive Rita, jovem da periferia de São Paulo que se apega à religião para escapar do destino de violência e drogas que vê os amigos e familiares atravessarem.
Na segunda temporada, Rita vem mais madura. Assim como os outros protagonistas, Nando (Christian Malheiros) e Doni (Jotapê), a moça ganha complexidade na continuação da história. “Em dois anos (intervalo entre as temporadas) muita coisa aconteceu, ainda tivemos o plus da pandemia. Além de nós estarmos mais maduros como seres viventes, como atores, continuamos nos lapidando. Acho que isso também imprime na série”, afirma Bruna, em entrevista ao Próximo Capítulo.
“O nosso trabalho fica cada vez mais gostoso e faz mais sentido se a gente se desafia. Se não, não tem graça (risos). O roteiro nos direcionou a isso, alinhado com a direção e nossa preparação. Com certeza o nosso trabalho é de se instigar, se questionar, e ir criando mais camadas e complexidades”, completa a atriz.
Para entender melhor a nova fase, mais ligada à religião, de Rita, Bruna recorreu ao estudo da Bíblia e à ajuda do irmão mais novo, que se converteu entre uma temporada de Sintonia e outra. “Eu pude acompanhar esse processo de transformação bem de perto. Ver um jovem com a mesma idade da Rita falar de Jesus com tanto amor e paixão foi uma verdadeira inspiração. Ter me debruçado nesse universo me permitiu ter mais empatia e compreender cada vez mais como esse amor verdadeiro e intenso por Cristo pode redirecionar sua vida e suas escolhas”, conta a atriz.
Bruna considera Sintonia um marco na carreira dela, trazendo “um entendimento maior do que quero para a minha carreira e como quero construí-la.” Além disso, deu segurança para que a atriz se arriscasse no projeto autoral NeuRose, websérie desenvolvida na pandemia.
“Eu levei para o Wagner D’avilla, roteirista, algumas ideias que eu tinha sobre as características da personagem, a opção da tragicomédia, queria falar de assuntos do cotidiano. E ele me trouxe a nossa Rose. Eu estava na produção, então precisava ficar por dentro de tudo. Falamos de assuntos importantes de uma forma leve, que chega muito fácil nas pessoas. Muita gente se reconhece na Rose, uma menina cheia de manias e neuroses, que passa essa quarentena sozinha”, afirma Bruna.
A jovem atriz adianta que já está gravando novos trabalhos, mas ressalta que ainda não pode revelar quais. Para 2022, ela deseja voltar ao teatro: “Estou mexendo meus pauzinhos para conseguir realizar.” Alguém duvida que ela vai conseguir?
