Valentina Bandeira e Fabão comentam, mais nova temporada do programa que promete arranjar um sapo para cada princesa e uma perereca para cada príncipe
Por Pedro Ibarra
Um dos programas de maior sucesso da antiga MTV, Beija Sapo ganhou cara nova, uma nova apresentadora e uma segunda temporada em 2024. Valentina Bandeira retorna no comando do programa de paqueras e tenta juntar os sapos e pererecas com os respectivos príncipes e princesas. Apresentado pelo aplicativo de relacionamentos Tinder, a produção estreia no On Demand da Pluto TV, hoje, e na MTV amanhã.
Com um novo formato, a segunda temporada vai trazer nomes de peso para formar a realeza de príncipes e princesas em busca de um amor. Majur, Mítico, Nobru e Rebecca sentarão na cadeira e escolherão o par que querem dar o match.
Valentina quer entregar o máximo, porque está feliz de conseguir uma segunda temporada. “É muito louco falar em voz alta que eu consegui uma segunda temporada. Porque é realmente uma coisa muito grandiosa, você conseguir emplacar uma segunda temporada de um programa, não é qualquer pessoa que consegue fazer isso”, conta a artista em entrevista ao Próximo Capítulo. “Ainda mais um programa que tem tanto a minha cara, que tem tanto a minha carga, o meu jeito de fazer, que me dá tanto espaço para eu ser quem eu sou, na minha maior potência”, completa.
A apresentadora, contudo, não está em um pedestal por conta da conquista. Na realidade, o caminho é bem contrário. Valentina ainda não acredita que o motivo de dar continuidade seja o trabalho dela. “Como apresentadora e como pessoa também, eu tenho muita síndrome do impostor. Eu estou em um momento tão inseguro e de tantos questionamentos”, confessa. Porém, os bons resultados dão indícios de que o trabalho é benfeito. “Dá uma sensação de que realmente eu posso estar caminhando por caminhos certos, mesmo que muito insegura, vira e mexe”, conta.
Ao mesmo tempo, Valentina sabe o que ela fez para chegar onde chegou. Com mais de 10 anos na Globo, tendo feito novelas, programas de auditório e se desenvolvendo como uma artista completa para as telas, a Valen, como é apelidada, está dando o melhor que pode no programa. “‘Beija Sapo’ usufrui das minhas maiores virtudes, que é a minha relação com plateia, que é a minha relação com a câmera, que foram coisas que eu fui construindo ao longo da minha carreira durante muitos anos”, explica. “Ele me faz sentir completa profissionalmente”, destaca.
Para a apresentadora, o sucesso veio do entendimento de quem iria assistir. Para além dos nostálgicos da velha MTV, ‘Beija Sapo’ alcança a juventude que hoje está ligada em outros assuntos muito diferentes da edição passada conduzida por Daniella Cicarelli. “Você precisa entender a linguagem, qual é a demanda do público no momento atual, presente”, expõe Valentina. “O trabalho é estar diariamente conectado com o que está acontecendo no mundo, com o que está vibrando no mundo, para você entender qual é a demanda. Só assim vai poder entregar dentro da própria verdade, do que você faz, consegue amalgamar isso com a vontade e com o interesse das pessoas”, completa.
O Fadão
Uma nova presença ilustre para esta temporada é Fabão, parceiro de Valentina Bandeira no canal que ela mantém no YouTube, convidado para exercer o papel de fada madrinha, muito popular na edição antiga e pedido pelos fãs para nova. “O Fadão é quase uma pausa para o lúdico, uma recapitulação da história. O momento onde ele confunde o meio de campo da conversa ou dá o caminho das pedras ali, mas na visão dele”, explica Fabão.
Este é o primeiro trabalho em televisão do coapresentador, mas não muda a sinergia que há em cena. “A gente está muito azeitado por causa do meu canal do YouTube, gravamos juntos para lá há mais ou menos um ano e meio”, afirma Valen. O momento é apenas de aproveitar esta nova plataforma. ” Cheguei querendo entender tudo e saber como as coisas funcionam”, comenta Fabão.
E a Cicarelli?
Daniella Cicarelli foi um grande destaque dos áureos tempos de MTV. No ‘Beija Sapo’, ela atingiu o ápice. Contudo, para Valentina ela é um exemplo, mas não uma inspiração em como tocar o programa ou ponto de comparação. “Eu admiro tanto a Cicarelli, eu acho que ela fez um trabalho tão brilhante e tão único que eu nem pretendo fazer igual. Dos lugares que me deixam insegura, esse não é um deles”, pontua Valentina.
Para ela, as comparações são naturais por se tratar do mesmo título, mas não afetam na tal “síndrome de impostora” que sente. “É engraçado porque a gente é muito diferente, então não tem muito como eu me sentir frustrada nesse tipo de comparação. Eu tenho outros tipos de coisa na minha mente e nas minhas indagações pessoais que me fazem sentir conflitada”, comenta.