Baila, Vini acompanha a caminhada de Vinicius Júnior para além do futebol

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Dirigido por Andrucha Waddington, o documentário mostra como Vini é o representante perfeito do futebol brasileiro para o mundo

Por Pedro Ibarra

Atual melhor jogador do mundo da Fifa, Vinicius Júnior enche os olhos de quem o assiste e tem a importância muito além dos jogos. Por conta disso, uma equipe de documentário acompanhou os passos do atacante durante mais de um ano e viveu com ele alegrias e tristezas para a confecção de um documentário. Chega ao catálogo da Netflix, hoje, a produção Baila, Vini.

Assim como qualquer documentário sobre esportistas, o filme, de 1h48min, é baseado em mostrar os bastidores da vida de um atleta de alto rendimento. O cotidiano e a rotina de Vini Jr. são destrinchados, as pessoas importantes para vida do jogador falam e a história dele é contada desde os tempos de base no Flamengo até as glórias com o Real Madrid. A primeira Copa do Mundo pela Seleção também é documentada.

Dirigido por Andrucha Waddington, o filme faz um passeio pela forma como Vinicius Júnior respira futebol e entregou tudo para se tornar um dos maiores da história recente da modalidade. O Próximo Capítulo teve acesso antecipado ao filme e passa as primeiras impressões.

A ideia, desde o princípio da produção, é de trazer um retrato simples de Vini. Afinal, o jogador sempre foi midiático, mas nunca apareceu muito nos noticiários de fofoca. A intenção não é apresentar como é a badalada vida de uma estrela, mas salientar que o atleta é realmente uma pessoa calma e contida fora das quatro linhas.

A caminhada até o estrelato de Vini é contada passo a passo. No entanto, é assistindo à produção que se percebe como é importante que o Brasil e o mundo se espelhem nele como ídolo. Sem a menor pretensão de parecer para ser, o jogador é um exemplo de como é crescer dentro do mundo da fama. Vini usa joias, dança, joga de chuteiras coloridas, mas não faz nada disso para aparecer. Ele é uma representação da alegria brasileira em campo, é um cartão postal do Brasil para o mundo e o documentário faz questão de exaltar isso.

O lado social do jogador é muito aflorado e importante para o desenvolvimento dele para os espectadores. Ele cresceu em São Gonçalo, mas desde muito novo é a esperança de uma vida melhor para família, que vivia em oito pessoas amontoadas em uma casa de um quarto. Portanto, a produção trata dessa ascensão, mas não larga as raízes.

Antes de ser um dos melhores jogadores em atividade, Vini Junior é um homem preto, que cresceu na periferia e está fazendo milhões na Europa. Por si só, ele é uma figura que chama atenção. O racismo que ele sofre desde que chegou, há sete anos, em Madri, é peça chave para entender a relevância de um documentário sobre a vida dele.

Baila, Vini é uma produção sobre quem precisa ser exaltado. Um jovem alegre, habilidoso, solar que faz histórias todos os dias, seja fazendo gols, levantando taças ou com o punho cerrado para o alto, lutando contra os racistas. “Eu farei 10x se for preciso. Eles não estão preparados”, escreveu Vinicius Junior no X após não vencer o Balon D’Or. Essa frase fica cada vez mais clara depois desse filme.

Pedro Ibarra

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