Produções como Sob pressão e Onde nascem os fortes superaram as novelas em 2018. Crise à vista?
O ano vai terminando e as listas dos melhores de 2018 não falham: estão aí para quem quiser se divertir e entrar nas polêmicas que sempre aparecem. Na teledramaturgia, podemos dizer que definitivamente este ano foi marcado pelo destaque paras as séries na tevê aberta e nos serviços sob demanda, em detrimento das novelas. Será que é o fim do bom e velho folhetim?
Ainda não é pra tanto. Mas é bom ficar de olho. Isso acontece por dois motivos evidentes. O primeiro é que novelas como Deus salve o rei e Orgulho e paixão não convenceram e emplacaram poucas indicações fora do troféu do Domingão do Faustão, que, claro, privilegia as produções globais. Aliás, se interessar, a premiação é neste domingo (9/12), ao vivo, no programa de Fausto Silva.
O outro motivo, claro, é que as séries nacionais estão cada vez melhores. Tanto que já tem prêmio separando melhor ator de novela e melhor ator de série em duas categorias. Produções como Onde nascem os fortes, Sob pressão, Assédio e outras não deixam nada a dever às coirmãs estrangeiras. Estão, inclusive, de olho no mercado internacional.
Sinal de alerta aceso para as novelas
O sinal de alerta está aceso para as novelas. Basta olhar as indicações da Associação Paulista de Críticos de Arte para os melhores da tevê. Das 21 lembranças ligadas à teledramaturgia, 14 são de séries e 7 de novelas — Adriana Esteves concorre pela série Assédio e pela novela Segundo sol. Qual delas você prefere?
Até mesmo a Globo, grande guardiã do formato tradicional, já entendeu a força da série e investiu pesado em títulos lançados no Globo Play, como Assédio e Ilha de ferro. E promete vir com mais de cem títulos nacionais e internacionais em 2019, numa expansão de causar inveja em qualquer um.
Mais do que o prenúncio do fim, esse recuo das novelas é um sinal de que nossos autores precisam urgentemente se oxigenar e se modernizar. Solução tem! Não deixem a novela morrer, nem acabar!