Animado, Daniel Rangel fará Salve-se quem puder, a primeira novela inteira dele

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Em Salve-se quem puder Daniel Rangel será o ginasta Tarantino. Estreia da novela será segunda-feira (27/1)

Animação é a palavra que define Daniel Rangel neste momento. O ator está prestes a estrelar a primeira novela inteira da carreira dele, como o Tarantino de Salve-se quem puder. Daniel protagonizou Malhação – Vidas brasileiras como o Alex e a série do Globoplay Eu, a Vó e a Boi como Roblou. A trama de Daniel Ortiz estreia nesta segunda-feira, no horário das 19h.

“É um projeto que estou animado para fazer há um tempo, até porque eu recebi o convite para a novela antes da série (Eu, a Vó e a Boi). Fui criando expectativa porque eu nunca fiz uma novela inteira. Estou animado também porque é uma comédia romântica, que eu também nunca tinha feito”, conta Daniel, em entrevista ao Próximo Capítulo.

Daniel aposta na diversidade em sua carreira — está na novela, no filme Três verões e planeja a volta aos palcos, onde a carreira dele começou. “Eu não quero ser um ator rotulado que só faz teatro, só faz tevê, só faz cinema. Quero estar em todas as plataformas e poder passar um pouco das mensagens que quero passar, falar das coisas em que eu acredito. Fazer isso sem o teatro, para mim, é difícil. Então, eu estou com vontade de voltar para o lugar onde eu comecei”, comenta.

Na entrevista a seguir, Daniel Rangel fala sobre a carreira, Salve-se quem puder e o rótulo de galã. Confira!

Entrevista// Daniel Rangel

João Miguel Junior/TV Globo. Daniel Rangel se preparou fisicamente para o Tarantino de Salve-se quem puder


O que você pode adiantar de Salve-se quem puder?

É um projeto que estou animado para fazer há um tempo, até porque eu recebi o convite para a novela antes da série (Eu, a Vó e a Boi). Fui criando expectativa porque eu nunca fiz uma novela inteira. Fiquei muito animado porque a gente não considera Malhação novela, embora ela seja umas duas ou três novelas (risos), e eu fiz uma participação em Novo mundo. Estou animado também porque é uma comédia romântica, que eu também nunca tinha feito. O personagem me interessou muito desde o nome, Tarantino (risos). Quando eu soube que ele tinha a ver com o esporte também fiquei muito animado porque era uma coisa que eu queria trazer para a minha vida. Faltava esse empurrãozinho. Agora eu tenho que mudar o meu corpo para o personagem, ficar mais em contato com atividade física, ter alimentação mais regrada ー isso tem me ajudado muito.

O Tarantino é um ginasta. Você chegou a treinar ginástica? Você tinha alguma referência disso?
Não tinha referência nenhuma. A única coisa que eu gostava de fazer, mas de forma muito intuitiva e amadora, era parkour, que não tem muito a ver e ao mesmo tempo tem. O parkour é mais livre, tem movimentos rápidos e você se vira para cumprir a trajetória. A ginástica já é cheia de regrinhas. Eu comecei a treinar regularmente em outubro e vou fazer esse treinamento até o fim da novela. Eu acho importante esse contato com os atletas de verdade, que fazem isso sempre.

Você teve papéis grandes em Malhação, em Eu, a Vó e a Boi e terá em Salve-se quem puder. Sente essa pressão?
Eu nunca me preocupei muito com isso. Me preocupo mais com o texto, com o que diz o personagem, com a história que ele tem para contar. Em Malhação e em Eu, a Vó e a Boi meu personagem conduzia a trama geral da trama. Agora, na novela das 19h, a gente tem três protagonistas mulheres, o que eu acho super importante a gente frisar porque esse é um momento de empoderamento. Dentro do núcleo delas tem as outras histórias. Eu faço parte do núcleo da Deborah Secco. Eu faço o sobrinho dela. Ela é uma atriz que ama cinema e quis colocar o nome do sobrinho dela como Tarantino. No núcleo do ginastas, o Tarantino é quem conduz a trama porque ele é uma das apostas do clube no esporte.

Como foi sua experiência em Eu, a Vó e a Boi? Era sua primeira comédia na tevê e você estava cercado de muita gente boa no gênero, como Arlete Salles e Vera Holtz, por exemplo…
Eu aprendi muito. Eu sempre fui espectador das obras do Miguel (Falabella, autor da série). Ficava nas minhas férias comendo palha italiana e assistindo a Toma lá dá cá (risos). Eu sempre tive curiosidade em fazer uma obra do Miguel, de viver esse universo que é único. Só ele consegue criar esse universo de personagens bizarros, fora do padrão que a gente vê na televisão. Eu já tinha feito comédia no teatro ー inclusive a maioria das minhas peças é de comédia. Foi uma experiência maravilhosa e eu fiquei com vontade de fazer mais, de experimentar mais, num vilão ou num personagem que tenha mais composição.

Você é comumente apontado como um galã da sua geração. Esse rótulo, de alguma forma, te assusta ou te incomoda?
É uma coisa que as pessoas criam em cima do trabalho da gente. Esse rótulo é mais recorrente do personagem do que do trabalho que a gente faz. Eu vejo os atores que eu admiro eles não falaram “nossa, eu vou ser um galã”, foi uma coisa que veio pelo imaginário popular sobre os personagens. Com o Alex e com o Roblou eu ouvi de muita gente que eu fiz caras de verdade, sem estar totalmente idealizado. O que eu gosto muito de trazer para os meus personagens é humanidade. É o espectador sentar no sofá, olhar para o meu personagem e achar parecido com um vizinho. Quero que as pessoas tenham vontade de conhecer meus personagens.

Além da novela, em 2020 você estará no filme Três verões. O que você já pode falar sobre o longa?
A gente entra em circuito nacional em 19 de março. É um filme que retrata muito o que a gente está vivendo no país agora, essa polarização e o que acontece com as pessoas que não são os chamados protagonistas dos esquemas de corrupção. O que acontece com quem trabalha para essas pessoas? Eu fiquei muito feliz em contracenar com a Regina Casé. Foi a atriz com quem mais aprendi em cena porque ela é muito intuitiva, ela consegue usar cada pedaço do corpo dela em favor do personagem. É um momento muito bom para lançar o filme porque a Regina e eu estaremos em novelas e isso pode ajudar a levar esse público da TV para o cinema nacional. Para mim, isso é muito importante. E é bom que aconteça com o teatro também. Eu estou com saudades do teatro e devo voltar assim que a novela terminar. Eu não quero ser um ator rotulado que só faz teatro, só faz tevê, só faz cinema. Quero estar em todas as plataformas e poder passar um pouco das mensagens que quero passar, falar das coisas em que eu acredito. Fazer isso sem o teatro, para mim, é difícil. Então eu estou com vontade de voltar para o lugar onde eu comecei.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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