Minissérie Objetos cortantes chegou ao fim no último domingo (26/8). Confira uma crítica sobre a temporada completa!
Quando Objetos cortantes estreou na HBO, já se sabia que a minissérie daria o que falar (veja aqui as nossas primeiras impressões). E, agora, com os oito episódios da primeira — e provavelmente única — temporada exibidos é possível dizer que a produção cumpriu a missão. Apesar da emissora não ter feito nenhuma divulgação sobre audiência, na manhã de segunda-feira, a série estava entre os assuntos mais comentados do Google Trends e isso, sem dúvidas, é um resultado do final surpreendente (que nós já tínhamos contado para vocês em post aqui com base no livro) da minissérie.
A história de Objetos cortantes é sensacional e isso é um mérito da autora do livro homônimo Gillian Flyn (Garota exemplar), que teve a frieza de pensar nesse enredo, trazer temas interessantes para o debate (muitos deles ligados a problemas psicológicos) e entregar um final com uma reviravolta pouco imaginada. Sem dar spoilers, mas quando seu coração se sente acalmado, a produção vai lá e muda tudo.
A adaptação, como a maioria das versões televisivas, na minha opinião, está atrás do livro. E justifico. Para manter o mistério, a minissérie apostou num ritmo um pouco mais lento do que na obra literária e também preferiu omitir alguns elementos. O final do livro também te dá mais explicações, enquanto a minissérie optou por soltar a bomba e sair correndo. E se você, como eu, na primeira vez não esperou a cena pós-crédito. Faça, como eu também, e volte lá. É extremamente chocante.
Apesar de algumas ressalvas que fiz, Objetos cortantes é sim uma boa adaptação e deve fazer história na televisão e também na trajetória da HBO. O trio Amy Adams (Camille Preaker), Patricia Clarkson (Adora Crellin) e Eliza Scanlen (Amma Crellin) entregou atuações dignas de prêmios. Cada uma delas soube conduzir muito bem suas personagens pra lá de perturbadas. De Amy e Patricia todo mundo já esperava isso, então a grande surpresa é pela atriz mirim Eliza, que se seguir nesse rumo tem chances de se tornar uma grande estrela das telinhas — e das telonas, por que não?