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Dalton Vigh: “não tenho vontade de fazer novela agora”

Publicado em Entrevista

O ator Dalton Vigh falou com o Próximo Capítulo sobre televisão, teatro, paternidade e a vontade de fazer comédia. Ele ainda revela que está escrevendo roteiros para o cinema e que pretende ser diretor também. Confira!

 

“Eu gostaria de fazer mais comédia na tevê, mas não tem dado certo”. É em tom de desabafo, mas não de tristeza, que o ator Dalton Vigh confessa o desejo ao Próximo Capítulo. Afastado das telinhas desde o sucesso Liberdade, liberdade, minissérie em que se destacou como Raposo, Dalton revela que ainda não tem planos para outra novela.

“Estou morando em São Paulo e com dois filhos pequenos (ele foi pai dos gêmeos David e Arthur em julho), a logística de ir gravar no Rio fica complicada”, justifica. Para matar as saudades do ator de produções como Fina estampa, O clone e A casa das sete mulheres, o Próximo Capítulo traz uma entrevista exclusiva com ele.

 

Confira a entrevista com Dalton Vigh

 

Você estará em breve em cartaz em São Paulo com a comédia Uma peça por outra e no cinema também vai estrelar a comédia A comédia divina. Mas na tevê você quase não faz comédia. Por quê?

Eu também gostaria de saber, rapaz! (risos). Tive personagens em novelas que achei que seriam cômicos, mas não aconteceu. Enquanto isso não se realiza vou fazendo comédia no teatro e no cinema porque eu adoro fazer rir. E o público também adora. É uma tradição do brasileiro gostar de comédias e eu faço desde antes de o stand up explodir.

 

Você volta à tevê na HBO numa participação em O negócio. Também não é uma comédia…

Não (risos). Mas vai ser uma participação rápida. Serei um informante das meninas da série. Foi muito bom fazer.

Dalton Vigh ao lado de Geovanna Antonelli em O clone
Dalton Vigh ao lado de Geovanna Antonelli em O clone

Por falar na produção da HBO, a tevê por assinatura vem investindo em programas nacionais. Isso representa uma crise nas novelas?

Não acho. É um campo em que estamos engatinhando ainda. Mas as produções são muito boas. Para o ator é muito interessante porque geralmente a tevê por assinatura grava em São Paulo. Ir para o Rio de Janeiro toda semana é desgastante.

 

Você já tem volta marcada para as novelas?

Não. Para te falar a verdade não estou com vontade de fazer novela agora. Tem a peça, os meninos pequenos. Minha vida está organizada em São Paulo. Mas, ao mesmo tempo, não estou fechado para as oportunidades.

 

Você acaba de ser pai pela primeira vez. Isso muda a maneira que você compõe um personagem?

Confesso que ainda não tinha parado para pensar sobre isso. Por enquanto muda na hora de estudar o texto por causa das fraldas e dos choros (risos) de duas crianças. Mas deve mudar, sim. Até porque muda a maneira de ver o mundo e isso reflete na composição do personagem.

 

Na produção de época A casa das sete mulheres
Na produção de época A casa das sete mulheres

 

Você está escrevendo dois roteiros para o cinema — um curta e um longa-metragem. Como está sendo essa experiência?

É um território ainda novo para mim. São três coisas ao mesmo tempo (os dois roteiros e a peça), por isso é um processo lento, sem pressa. Quando eu terminar, quero mostrar para a minha esposa (a atriz Camila Czerkes) e para colegas e amigos em que eu confio.

 

Você também vai dirigir. A carreira de ator está de lado?

Não. Sou primeiramente ator. Mas quando escrevo, já vou pensando na cena. Por isso devo dirigir, sim. Faço marcações que os outros diretores não entenderiam. Meus roteiros são muito particulares. Eu desenho desde menino e faço como se fossem storyboards.