Nascido e criado em Taguatinga, Anderson Tomazini estreia em novelas como o Xodó de O outro lado do paraíso. O personagem cresceu e ganhou espaço. Leia entrevista com o ator!
A estreia do ator brasiliense Anderson Tomazini na tevê não poderia ser de melhor forma. Na pele do mineiro Xodó, de O outro lado do paraíso, o ex-modelo cresceu aos poucos e chega à reta final da trama na melhor forma.
O recente casamento com Cleo (Giovana Cordeiro), neta de Mercedes (Fernanda Montenegro), e o envolvimento no desenrolar das maldades de Sophia (Marieta Severo) deram ainda mais fôlego a Xodó.
“Xodó é amor. A única ambição do Xodó é o amor da Cléo e isso não tem preço. É amor puro, gratuito, raro, emocionante. Um presente do autor. Cada dia é uma aula diferente. São gênios da arte. Ter essa oportunidade em um primeiro trabalho me faz muito feliz e agradecido, pois só tenho a aprender com eles, cena a cena”, afirma o ator, em entrevista ao Próximo Capítulo.
Leia entrevista completa com Anderson Tomazini!
Antes de despontar como o Xodó de O outro lado do paraíso você foi Mister Brasil. Em que ponto isso te ajudou a entrar na novela?
Minha mudança para São Paulo, de fato, foi decisiva para eu estudar teatro. Só me mudei por conta do Mister Brasil.
O personagem deve crescer ainda mais agora, com o testemunho do encontro entre Rato e Sophia e com o casamento. Isso aumenta a pressão em cima de você?
Sim, são 60 milhões de pessoas assistindo ao seu trabalho, mas o ator vive dessa necessidade de ser ouvido. Encaro com muito amor.
Seu núcleo tem atores jovens, como você, e experientes, como a Marieta Severo e a Fernanda Montenegro, por exemplo. Como é a troca entre as gerações?
Cada dia é uma aula diferente. São gênios da arte. Ter essa oportunidade em um primeiro trabalho me faz muito feliz e agradecido, pois só tenho a aprender com eles, cena a cena.
Antes de ser ator, você foi motorista de um aplicativo de transporte. O contato com os passageiros ajudou a se soltar ou a criar personagens?
Já tinha terminado o curso de teatro quando comecei a trabalhar no aplicativo. Já tinha a estranha mania de analisar o comportamento das pessoas, criar personagens, imaginar cada história que era contada. Quando se fala da vida, como a arte fala, toda experiência é enriquecedora.
O nome do personagem aumenta o assédio? Como você lida com a aproximação dos fãs?
Sim, é um nome que se grava na memória do público. O Xodó é um personagem amável, tenho recebido muitas cartas de crianças. O Xodó não sofre assédio, ele recebe amor.
Xodó passa muito tempo da novela sem camisa, seja na mina, seja no bordel. Como faz para manter o corpo em forma?
Sou muito disciplinado. Quando acordo, corro para a academia para começar a aquecer meu corpo. Depois vou para os alongamento, exercício de voz, boa alimentação para não adoecer. É um cuidado normal, mas que resulta em um resultado dito fitness.
Os garimpeiros de O outro lado do paraíso acabam movidos pela ganância de achar a esmeralda gigante. A ambição também move Xodó ou você acha que ele é mais romântico do que os outros?
Xodó é amor. A única “ambição” do Xodó é o amor da Cléo e isso não tem preço. É amor puro, gratuito, raro, emocionante. Um presente do autor.
Você nasceu e cresceu em Brasília. Como é sua relação com a cidade? Ainda vem muito aqui?
Amo Brasília, toda minha família é de Brasília e vou sempre que posso. Morei por 25 anos em Brasília, aí é o meu lugar.
O Juliano Cazarré (o Mariano da novela) também é daqui. Vocês já se conheciam antes? Como é a relação de vocês hoje?
Meu tio deu aula para ele, quando adolescente, e isso estreitou nossa relação. Mas hoje somos grandes amigos. Admiro muito o artista que ele é.
Você se mudou para São Paulo antes mesmo da novela. Não há campo para atores em Brasília?
Nunca trabalhei como ator em Brasília. Por isso não posso falar do mercado. Mas temos grandes filmes sendo produzidos em Brasília, disso eu sei. Fui para São Paulo pois precisava estar mais perto do polo de arte do Brasil.
Além de ator, você é pós-graduado em gestão pública. Em que momento a vocação pela arte falou mais alto?
Em determinado momento da minha carreira, dizer que era empresário ou comerciante já não me trazia o orgulho que outrora tinha. Quando resolvi escutar meu coração, sem pensar em barreiras, e focar no sonho, resolvi mudar o jogo.
Como o gestor público Anderson vê o atual momento do país?
Gosto muito de política. Tenho uma visão bem ambígua da atual crise vivida pelo nosso país. Prefiro não comentar sobre pois, como ator, não acho que devo falar algo e possivelmente influenciar opiniões.