Nesta segunda-feira (27/3), a apresentadora Xuxa Meneghel completa 60 anos. A carreira dela começou na moda, mas na década de 1980, quando ela dividia com Luiza Brunet o posto de modelo mais disputada para capas de revista, Xuxa enveredou para o mundo infantil com o Clube da criança (entre 1983 e 1986), ainda na extinta TV Manchete. Quando se mudou para a Globo, em 1986, assumiu o Xou da Xuxa (exibido até 1992) e foi coroada a Rainha dos Baixinhos.
Aos poucos, a loira ia se sentindo mais à vontade com os pequenos e foi conquistando uma legião de súditos, tornou-se um fenômeno nacional e, posteriormente, internacional, especialmente na América do Sul. Também aos poucos foi se libertando do papel de fantoche nas mãos de diretores e desabrochando.
Curiosamente foi já depois do Xou da Xuxa e de outras investidas em programas infantis e infanto-juvenis que conhecemos a verdadeira Xuxa. Sem perder a majestade, a mocinha do conto de fadas foi se revelando uma mulher de carne e osso pra lá de interessante por ter muito o que falar e por expor tanto as opiniões como as fragilidades, como os relacionamentos amorosos.
Quando saiu da Globo e assumiu o programa Xuxa Meneghel (2016), na Record, essa figura de mulher independente, com ideias fortes e bandeiras muito bem definidas ganhou ainda mais espaço numa atração noturna, inicialmente ao vivo. Os bispos, assustados, não gostaram muito dessa “nova” Xuxa e o programa logo virou gravado. Mas não tinha mais volta: a versão adulta de Xuxa tinha se mostrado e ecoava cada vez mais, especialmente nas redes sociais.
Xuxa cresceu, se posicionou politicamente, abraçou ainda mais as causas que sempre defendeu, como o combate à violência contra crianças, a inclusão social e o respeito pela natureza. A Rainha dos Baixinhos, hoje, tem um séquito que ultrapassa a barreira etária — até porque os “baixinhos” daquela época são adultos hoje em dia — e se orgulha da majestade que dá “beijinho, beijinho, tchau, tchau” a preconceitos e fala com muito bom humor e naturalidade da chegada da nova idade.
Para homenagear os 60 anos de Xuxa, o Viva reprisa o Xou da Xuxa, e o Altas horas (Globo), o Saia justa (GNT) e o Que história é essa, Porchat? (GNT) tiveram edições especiais, as três disponíveis no catálogo do Globoplay, dependendo do seu pacote. O Globoplay promete uma série documental assinada por Pedro Bial, e o Multishow vai transmitir ao vivo um show dela num cruzeiro.
Liga!
A família formada pelo jovem Rafael (Caio Manhente) e pelos pais dele, Theo (Emilio Dantas) e Clara (Regiane Alves), tem chamado a atenção em Vai na fé com tramas importantes que envolvem violência contra a mulher, depressão e etarismo. Tudo isso com boas atuações do trio de atores.
Desliga!
O quadro Sobe o som voltou ao Caldeirão com Mion. A atração é divertida (e já foi motivo de elogios por aqui) e resgata grandes nomes da nossa música. Mas é hora de Marcos Mion ganhar quadros novos para substituir os antigos e dar fim ao revezamento entre os já batidos.