Monica Iozzi e Tony Ramos se saem bem em texto ágil de Vade retro
Imagine-se escalando o elenco de um seriado cômico para a Rede Globo chamado Vade retro. Um dos personagens é a personificação do Diabo. O outro, uma advogada que, de tão ingênua, se chama Celeste. Escolheu Tony Ramos e Monica Iozzi como os protagonistas?
Não né? Pois é… Foi o que o diretor Mauro Mendonça Filho fez. A coragem de optar por atores que não estão acostumados a esse tipo de personagem é um dos grandes trunfos de Vade retro, seriado de Fernanda Young e Alexandre Machado (mesma dupla do ótimo Os normais, mas que até hoje não tinha feito outra coisa tão boa juntos) que vai ao ar na Globo, às quintas-feiras depois de A força do querer.
Logo na estreia, semana passada, a agilidade do texto chamou a atenção. Nada de apresentações formais dos personagens. A ação começa de cara e, como se fosse num salmo religioso cantado (ótima sacada, por sinal), conhecemos Celeste e Abel Zebu… sim, o nome do Tony Ramos em Vade retro é esse.
As piadas com o universo do Diabo não param e são perfiladas, uma atrás da outra, como um tiroteio. São engraçadas, mas podem cansar. Será que tem repertório para tanto?
Tony Ramos está perfeito como o empresário que quer se separar da esposa, Luci Fergueson (mais um trocadilho…), e quer levar a alma de Celeste. Monica Iozzi também dá conta do recado, especialmente quando Celeste é mais irônica do que mocinha. Maria Luisa Mendonça como Luci e Juliano Cazarré (finalmente livre do Adauto de Avenida Brasil) como Davi, o namorado de Celeste, são coadjuvantes de luxo e servem como “escadas” perfeitas.
O segundo episódio de Vade retro — que será exibido hoje, mas está disponível no Globo play desde o fim de semana — segue no mesmo ritmo acelerado e engraçado da estreia. A apresentação com um novo salmo cantado aparece de novo. E funciona novamente!
Por meio de uma palestra de Abel Zebu (assim como no capítulo anterior), ficamos sabendo que mentira é o tema do dia. Dessa forma, estamos aptos a descobrir que, na verdade, ele não quer simplesmente se separar de Luci. O plano dele é fazer de Celeste uma laranja para colocar os bens do casal em nome dela e fugir dos impostos.
Para isso, ele discute com várias pessoas (tem-se a impressão de que são diabos em potencial) numa espécie de videoconferência em uma sala de controle da maldade. A conclusão: ela é pura o suficiente para ser a vítima do golpe.
A certeza de Abel Zebu aumenta ainda mais quando o segredo de que Celeste foi beijada por João Paulo II quando ele veio ao Brasil é revelado. Aliás, o episódio tem mais duas coadjuvantes inspiradas: a secretária Kiki (Luciana Paes), amante de Davi, e a mãe de Celeste, vivida por Cecília Homem de Melo.
Esse é Vade retro: um seriado que devolve o humor bem-feito às noites de quinta, na Globo. Tem elenco afinado e autores em ótima forma. Vale a pena assistir!
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