A Saúde pública do Distrito Federal foi declarada em situação de emergência nesta terça-feira (8/1), por meio de decreto publicado no Diário oficial local (DODF), pelo governador Ibaneis Rocha. Entre as medidas apresentadas para tentar resolver o impasse, ficou estipulada a nomeação de servidores aprovados em concurso público e contratação temporária, “a fim de assegurar a eficiência na adoção de medidas administrativas tendentes a restabelecer a plena assistência à população”.
Para tanto, o novo governo já tem previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 R$ 356.856.117 para criação e/ou provimento de 6.255 cargos na área da Saúde. O posto detentor do maior número de vagas é o de enfermeiro, com 1.000 cargos, seguido de agente comunitário, com 782 cargos, e técnico administrativo, com 500 cargos. Confira a lista completa abaixo:
TOTAL: 6.255 cargos
Há ainda 46.821 vagas previstas na LDO 2019 em projetos em elaboração apenas área a área da Saúde. Confira aqui a previsão de cargos para outras áreas no DF – são mais de 68 mil!
A assessoria da SES/DF informou ao Papo de Concurseiro que, mesmo após o decreto de emergência, ainda não há previsão para novas nomeações e concursos.
O último concurso da A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES DF) foi lançado em março do ano passo, com 416 vagas disputadas por 31.963 candidatos inscritos. A seleção foi organizada pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades). Foram 294 oportunidades distribuídas em 24 especialidades para médicos, 30 vagas para enfermeiros (obstetras e de família e comunidade), além de duas para cadastro reserva, 72 vagas para especialidades da carreira Assistência Pública a Saúde e 20 vagas para técnicos em Saúde (laboratório e contabilidade). Os salários variam de R$ R$ 1.735 a R$ 12.654.
Ainda segundo o decreto, o Secretário de Saúde deverá constituir uma força tarefa objetivando reduzir o déficit de sua força de trabalho com ampliação de carga horária de servidores efetivos do quadro e fica autorizado a requisitar servidores de toda a Administração Pública do Distrito Federal para compor a força tarefa, como profissionais da área de saúde do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Militar e da Polícia Civil do Distrito Federal para atendimento dos serviços necessários à rede hospitalar pública, observada a capacidade de atendimento de cada Corporação.
Após assinar decreto que declara estado de emergência na saúde do Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) estabeleceu como meta o prazo de seis meses para normalizar o setor na capital. “É o tempo que temos para reorganizar toda Saúde no DF. Recursos não nos faltam, o que falta é um choque de gestão”, afirmou. “Todos os governos passados fizeram esse decreto e não deram conta de dar o passo seguinte, que era sair da emergência e passar para a normalidade.”
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