Karolini Bandeira*- A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), delegada Raquel Kobashi Gallinati, cobrou, em vídeo, maior investimento na Polícia Militar de São Paulo (PMSP), que, de acordo com ela, bateu o recorde no déficit do quadro de pessoal e carece de mais de 15 mil policiais.
“Apesar do discurso de que investe na Segurança Pública, o que temos hoje sob o comando do governador Doria é o desmonte intencional da Polícia Civil”, disse Gallinati. O sindicato ainda afirmou, em nota, que a corporação “é a mais mal paga do país e convive com delegacias deterioradas e viaturas e armamentos defasados”.
Para o Sindpesp, quem mais sofre com a falta de policiais militares é a população paulista, que é “obrigada a conviver com a insegurança no estado mais rico da federação, mas que não investe na sua polícia”.
Um novo concurso da PMSP foi autorizado em setembro. O governo deu aval para 5.400 chances distribuídas em dois editais de 2.700 vagas para a carreira de soldado de 2ª classe. Conforme já publicado no Diário Oficial, um dos editais será para ingresso na corporação em junho de 2022 e o outro para janeiro de 2023.
A expectativa é que o edital seja publicado ainda em 2021. A Fundação Vunesp já foi definida e divulgada como a banca organizadora do concurso. A empresa foi definida em dispensa de licitação publicada em agosto deste ano.
O cargo exige ensino médio completo, idade de até 30 anos, carteira nacional de habilitação da categoria B para cima e altura mínima de 1,60m para homens e 1,55m para mulheres. Um soldado da PMSP tem como remuneração inicial R$ 3.164,58.
A PMSP conta, atualmente, com um concurso público com 2.700 vagas para soldado de 2ª classe em andamento. Os candidatos são avaliados em sete etapas: prova objetiva e redação, exame de aptidão física, exames psicológicos, exame de saúde, avaliação de conduta social, análise de documentos e curso de formação profissional. A prova objetiva contou com questões sobre português, matemática, história geral, história do Brasil, geografia geral, geografia do Brasil, atualidades, informática básica, Constituição Federal e constituição do Estado de São Paulo.
As contratações seguirão o regime estatutário. De acordo com o edital, caberá ao profissional contratado exercer o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública, envolvendo a repressão imediata às infrações penais e administrativas e a aplicação da lei, nas diversas modalidades de policiamento, sempre primando pela defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana, em conformidade com os princípios doutrinários de polícia comunitária, de direitos humanos e de gestão pela qualidade. Saiba os detalhes!
*Estagiária sob supervisão de Vinicius Nader
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