Por Yasmin Rajab – Juliana Gebrim, psicóloga especialista em concursos públicos e neuropsicóloga pelo Instituto de Psicologia Aplicada e Formação de Portugal, explica de que forma a ansiedade pode afetar no desempenho dos estudos e nas provas de concursos públicos.
Segundo a especialista, ter um grau de ansiedade ao alcançar alguma meta é saudável. Entretanto, se essa sensação ultrapassar determinado limite, o rendimento do candidato pode ter uma queda, prejudicando a saúde e se tornando uma patologia.
“Essa sensação basicamente tem dois lados: ou faz com que entremos em ação, ou paralisa, podendo ser o gatilho para doenças físicas e psicológicas. As causas de transtornos patológicos podem estar ligadas ao funcionamento do nosso corpo e às experiências da nossa vida”, explica.
Juliana ressalta que os sintomas da ansiedade são os mais variados possíveis, como: preocupações exageradas, medo extremo, sensação de que algo muito ruim irá acontecer; falta de controle sobre pensamentos, sensações físicas, mãos trêmulas e outras.
“A ansiedade é algo que deve ser trabalhado bem antes das provas. Caso seja uma questão incontrolável e que atrapalhe a sua produtividade, o candidato deve procurar especialistas da área de saúde mental”, orienta.
Para não atrapalhar o desempenho na prova, é importante tentar manter o equilíbrio emocional. Sendo assim, o candidato deve ler o tema da redação e resolver parte da prova, não só para se acalmar como também recordar e se inspirar nos diversos textos e diferentes áreas.
Juliana dá algumas dicas para tentar controlar uma crise de ansiedade de forma rápida, confira:
“São muitos os benefícios que essas técnicas trazem para os concurseiros, seja aliviando as tensões na hora da prova e contribuindo para diminuir o estresse e ansiedade, seja aumentando a capacidade de concentração. Assim o candidato terá mais tranquilidade para escrever”, ressalta a psicóloga.
Segundo a psicóloga, a ansiedade e o estresse podem afetar o desempenho dos candidatos muitas vezes causando sintomas de mãos trêmulas, extremidades frias, coração batendo de forma acelerada, sudorese (transpiração em excesso) e crises de pânico, que podem reduzir a capacidade do estudante em manter o foco e a atenção, ocasionando alterações de memória.
“Nessas horas os estudantes devem parar, colocar a cabeça em ordem, se concentrar, fazer as técnicas e dar o melhor de si naquele instante”, acrescenta. Juliana afirma que as técnicas de respiração “estão entre as maneiras mais eficazes para aliviar o estresse durante a prova, pois reduzem praticamente a zero a ansiedade, além de intensificar a concentração do candidato”, esclarece.
Também é necessário se atentar aos demais sintomas da ansiedade, como: medos irreais, respiração ofegante, falta de ar, palpitações e dores no peito, distúrbios do sono, dores de cabeça e no corpo, dificuldades de memorização, irritabilidade e falta de concentração. Com isso, é importante que os candidatos procurem auxílio médico para iniciar o tratamento.
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