Mídias sociais já são tema em provas de concursos públicos

(Questão Cespe/UnB – Concurso ao Serpro 2010): “O Twitter é um serviço de microblogging gratuito que permite aos usuários compartilharem textos de, no máximo, 140 caracteres.” A afirmativa está certa ou errada? Certíssima. Concurseiros, fiquem conectados! O tema Mídias Sociais já é conteúdo cobrado em provas específicas de concursos para a área de Comunicação Social e em breve será matéria consolidada nos editais de grandes seleções públicas. O tópico foi exigido nas últimas seleções da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Superior Tribunal Militar (STM) e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).   A tendência de que mais uma nova mania mundial vá parar em páginas de provas não é novidade. Há 15 anos praticamente ninguém imaginava que assuntos técnicos, antes restritos aos profissionais da área de Tecnologia da Informação – a exemplo do sistema operacional Linux –, viessem a ser exigidos amplamente em concursos públicos, em provas de Informática. “Só que a partir do momento que os computadores das repartições públicas passaram a ser equipados com programas de código livre, o Cespe começou a cobrar o conteúdo nas provas. A mesma coisa está acontecendo com as novas mídias”, explica o coordenador acadêmico do Cespe/UnB, Paulo Portela.   De fato os órgãos públicos já adotaram as redes sociais como ferramenta para interagir com a população. E essas ações não são mais apenas de divulgação, mas de interação real e simultânea com os internautas. O Ministério da Saúde, por exemplo, utiliza um programa que varre a internet em busca de dúvidas dos internautas para posteriormente esclarecê-las. Assim que o computador do órgão identifica a dúvida, uma equipe formada por 20 pessoas envia a resposta para o usuário. Na prática, se você digitar qualquer pergunta em seu Twitter sobre a prevenção da dengue ou sobre a doação de órgãos, por exemplo, o questionamento provavelmente será respondido pela equipe da pasta. “Geralmente a dúvida é respondida no prazo de um dia após a identificação da pergunta”, explica Fernanda Scavacini, coordenadora do Núcleo de Comunicação Interativa do Ministério da Saúde.   No Ministério da Cultura — que tem blog, página no Twitter e canal no YouTube ―, a internet já serviu até como plataforma para consultas públicas. A última, encerrada em 31 de agosto de 2010, colheu 7,8 mil contribuições via blog sobre as mudanças na lei de direito autoral. O órgão também abriu uma conta no Flickr para compartilhar fotos do dia a dia da ministra Ana de Holanda.   A Presidência da República também mantém um blog e um Twitter desde agosto de 2009, nos quais usa uma linguagem mais acessível para estabelecer um canal de comunicação com a sociedade. Já a Petrobras criou o blog Fatos e Dados para esclarecer posicionamentos da empresa e responder publicamente matérias jornalísticas que mencionam a estatal.   O especialista em mídias sociais Flávio Rosário, no entanto, alerta para a importância da boa administração de todas essas ferramentas para que as organizações possam alcançar o resultado almejado. “É necessário ter conhecimento. Uma funcionária descuidada foi demitida do STF por fazer piada com José Sarney usando o Twitter institucional do Supremo”, relembra. A mensagem dizia:   Ouvi por aí: “agora que o Ronaldo se aposentou, quando será que o Sarney vai resolver pendurar as chuteiras?”   O episódio virou “o assunto” na maioria dos portais de notícia em questão de segundos. E só depois foi esclarecido que a funcionária tinha se equivocado e que, na verdade, pensava estar escrevendo as mensagens de sua conta pessoal. Nesse sentido, Flávio Rosário acredita que a qualificação do servidor ainda é a melhor saída para suprir a crescente demanda por esses profissionais e evitar gafes. “O servidor não pode mais ignorar a imagem da instituição dele na internet. Essas ferramentas são cada vez mais importantes em setores de Ouvidoria ou Atendimento. Um auditor, por exemplo, pode muito bem receber uma denúncia de irregularidade de um cidadão comum por essas mídias”, observa.   Além disso, o especialista, que também já foi professor de Informática para Concursos, explica que quem tiver domínio do conteúdo vai sair na frente. “O concurseiro que se preparou durante anos pode ser pego de surpresa. O item de mídias sociais pode dar o ponto da sua aprovação”, alerta.

Lorena Pacheco

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