Guilherme de Almeida – Do CorreioWeb A Justiça Federal em Brasília confirmou nesta terça-feira (29/3) a rescisão do contrato firmado entre a Polícia Rodoviária Federal (PFF) e a Funrio para organização do concurso que seleciona 750 policiais rodoviários federais. A seleção da PRF foi suspensa em novembro de 2009, depois de suspeitas de fraude na elaboração das provas objetivas. Como a Funrio não devolveu cerca de R$ 3,8 milhões arrecadados em inscrições, a Justiça Federal do DF também determinou o bloqueio de bens da organizadora, na mesma quantia devida à União. O dinheiro seria usado para pagar despesas com a contratação de professores que dariam aulas durante o curso de formação de policiais, que nem chegou a ser realizado. A organizadora deve contestar a decisão. A Polícia Federal informou nesta quarta-feira (30/3) que o presidente da Funrio, Azor José de Lima, “vai recorrer das decisões sempre que houver essa possibilidade”.
Entenda o caso As provas do concurso da PRF foram aplicadas em outubro de 2009, mas na ocasião foram levantadas suspeitas de irregularidades como cópia dos cartões de resposta e indicações de que os primeiros colocados teriam feito a avaliação em salas extras. Muitos candidatos ainda reclamaram de terem feito os exames no Instituto Celso Lisboa, localizado na zona de conflito entre policiais e traficantes. As irregularidades foram comprovadas por meio de investigação do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF/RJ), que concluiu que funcionários da organizadora tiveram participação na fraude. Retomada da seleção De acordo dados da PRF, a corporação tem um déficit de quase 4 mil policiais para fiscalizar as cerca de 66 mil de rodovias federais do país. Assim, a PRF tem urgência na retomada do concurso. As falhas na fiscalização, aliadas a casos de corrupção e postura inadequada de membros da corporação, denunciados em reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, levaram à troca do comando da corporação.
No dia 28 de março, a inspetora Maria Alice Nascimento Souza, até então superintendente da PRF no Paraná, assumiu interinamente a direção-geral do departamento, no lugar do inspetor Hélio Cardoso Derenne, que estava há oito anos na função. “Há 15 anos, a Polícia Rodoviária Federal tinha o mesmo número de servidores que dispomos hoje. O grande problema é que neste período, a malha viária sob responsabilidade da PRF cresceu 77% e a frota de veículos em circulação aumentou 134%”, apontou Derenne.
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