O edital de abertura do concurso público da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) foi lançado nesta terça-feira (21/7), com oferta de 60 vagas de nível superior para analistas de apoio à assistência judiciária. As chances foram distribuídas em 13 áreas distintas de atuação e a remuneração inicial é de R$ 5,2 mil para os aprovados. Organizado pelo Cebraspe, o concurso vai aplicar provas em novembro, e, para ajudar a direcionar melhor os estudos dos concurseiros, o Papo de Concurseiro conversou com especialista em seleções para uma melhor análise do edital. Confira!
A quantidade de matérias pode enganar à primeira vista, já que serão exigidas apenas três matérias básicas, mas, de acordo com o professor de direito constitucional Gustavo Machado, do IMP Concursos, o edital veio robusto, pois as matérias específicas estão grandes e completas. ”De um modo geral é um edital bastante robusto, mas um edital que não foge muito dos outros editais para esse tipo de cargo, então quem já vem estudando não terá dificuldade.”
Sobre a quantidade de vagas, o especialista avalia não ser tão pequena assim. ”Temos que lembrar que é comum hoje os editais trazerem o número de vagas inferior à quantidade que realmente vai ser provida, isso vai depender sempre das questões orçamentárias, havendo espaço orçamentário devem ser chamados mais candidatos do que o número previsto em edital. Isso tem sido uma praxe em todos os concursos.”
Em relação à banca, a grande vantagem para o aluno é que é uma organizadora muito conhecida, os alunos já sabem qual é o estilo de prova do Cebraspe, aquilo de uma errada anular uma certa, por exemplo, porém é preciso cuidado. ”É importante ter estratégia para o aluno não errar questões que poderia deixar de marcar e, assim, não anular questões certas.”
Com provas marcadas para 8 de novembro, agora é um ótimo momento para fazer uma boa revisão. ”Quem precisar estudar o edital inteiro, possivelmente vai ter muita dificuldade. Agora, quem já está em um ritmo bom de estudos, esse tempo é suficiente sim para poder começar uma boa revisão e tentar acertar na hora da prova.”
Sobre a redação, o professor não tem dúvidas de que o candidato deve se deparar com alguma questão relacionada ao que estamos vivendo nos últimos tempos: pandemia, isolamento, discussão sobre liberdade de expressão, fake news, até que ponto o Estado pode limitar os direitos fundamentais de alguém para controlar uma crise, entre outros temas relacionados.
Questionado se a DPDF teria um perfil de candidato pré-definido, Machado diz que ”a Defensoria Pública tem um papel relevantíssimo dentro da Constituição, para sociedade, então quem queira trabalhar lá tem que ter um perfil de realmente saber que ali ele vai fazer a diferença na vida de muitas pessoas que não têm condições de ter uma assistência judiciária adequada, e se integrar à DPDF, não apenas no exercício do cargo, mas também no sentido de também agregar valores e motivação para que o órgão preste esse papel que é tão importante na sociedade brasileira.”
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