Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb Candidatos a concursos públicos em todo o país têm em média quatro horas para colocar no papel o conhecimento acumulado durante meses ou até mesmo anos de estudo e, ali, garantir a estabilidade e o salário tão almejados. Porém, mesmo depois de resolver todas as questões, na hora de marcar o cartão de respostas, o concorrente pode colocar tudo a perder. A regra de ouro, dizem especialistas, é ter tranquilidade e reservar pelo menos meia hora no fim da prova para o gabarito. Segundo o diretor da Academia do Concurso, Paulo Estrella, os candidatos devem ter muito cuidado para não “pular” uma questão na folha de respostas e, a partir dali, perder todos os itens. “Se eles pularem a terceira questão, por exemplo, comprometem toda a prova e jogam fora anos de estudo e investimento. Isso pode salvar ou arrasar a aprovação”, afirma. “Isso pode parecer simples, mas, por conta do nervosismo, muitos não mantêm o foco, principalmente os marinheiros de primeira viagem. Quem já passou por isso respeita mais o cartão de respostas”, observa o diretor. Esse é justamente o caso da contadora Daniela Silva, 29 anos. Ela pediu demissão do emprego há um ano para se dedicar aos certames e já fez mais de 10 seleções. Ao longo do tempo, ela aprendeu a ter mais tranquilidade e a reservar tempo para o cartão. “É um momento de muita ansiedade. Em uma das primeiras provas que fiz, preenchi a questão 41 em vez da 40. Como percebi a tempo, fiz a dupla marcação para anular o item. Agora, sempre tento manter a calma”, conta Daniela. Em provas como as do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), caso a pessoa perceba que errou um item, ainda há a chance de invalidá-lo por meio da marcação dupla (C e E). Dessa forma, é como se o concorrente tivesse deixado o item em branco. Mesmo assim, o coordenador de planejamento do Cespe, Marcus Vinícius Soares, alerta para o cuidado com o gabarito. “O preenchimento da folha de respostas, que é o único documento válido para a correção das provas, é de inteira responsabilidade do candidato. Em hipótese alguma há substituição da folha de respostas por erro dele. O candidato não deverá amassar, molhar, dobrar, rasgar, manchar ou, de qualquer modo, danificar a sua folha de respostas”, ressalta Soares. Tudo de uma vez O especialista em concursos Carlos Eduardo Guerra recomenda que os concurseiros deixem as respostas de forma bem clara no caderno de questões e assinalem o cartão todo de uma vez no final. Cada vez que o candidato fecha a prova, pega o gabarito, marca o item, guarda o cartão, abre a prova novamente e ajusta as folhas para lê-las, perde tempo e atenção. “Ele se concentra duas vezes e aumenta a possibilidade de erro”. Além disso, essa técnica permite ao aluno voltar caso mude de ideia em relação a algum item. Mas é preciso ter cuidado com o horário, pois as bancas não oferecem tempo adicional para preenchimento do gabarito. Outra dica de Guerra é sempre usar o auxílio de um objeto reto, como a própria caneta, para não marcar os quadradinhos errados. CONFIRA AS PRINCIPAIS DICAS PARA MARCAR O CARTÃO DE RESPOSTAS – Reserve pelo menos 30 minutos para preencher o cartão e mantenha a calma – Marque o gabarito todo de uma vez no fim do período, para evitar confusão e não perder tempo – Deixe as respostas no caderno de provas bem visíveis para evitar erros – Use um objeto reto, como uma régua ou a própria caneta, para não marcar os quadradinhos errados – Tenha cuidado para não “pular” uma questão e perder o resto da prova – Fique atento ao horário, pois as bancas não oferecem tempo adicional para o cartão de respostas – Faça primeiro as questões objetivas, preencha o cartão e só então comece a redação – Chute apenas se não houver o critério de itens errados anularem os certos. Isso depende da banca organizadora – Tenha cuidado ao revisar as questões ao final da prova. Por conta do cansaço, as possibilidades de equívocos aumentam – Fique atento à cor da caneta para preenchimento do cartão. A dica é ler o edital – Verifique se seus dados estão corretos no documento – Não rasure, suje ou amasse o gabarito, pois ele não é substituído Fonte: especialistas entrevistados para a matéria e bancas organizadoras
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