Concursos oferecem vagas para pessoas com formação de níveis médio e superior. Na maioria, os salários são atrativos e a concorrência, elevada. Seis deles levantaram polêmica porque as bancas organizadoras marcaram provas para dias coincidentes Bárbara Nascimento e Deco Bancillon – Do Correio Braziliense
Foi dada a largada para a maratona de provas de concursos públicos. Entre setembro e outubro, ao menos 11 importantes seleções devem agitar a vida dos candidatos. Os dias decisivos já iniciaram com os exames para o Tribunal de Contas da União (TCU), realizados no último domingo. Ontem, a disputa foi por uma das 800 vagas de níveis médio e superior da Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. (Valec). Serão 255 postos para trabalho imediato e 545 para cadastro reserva. Os salários vão de R$ 2.275,90, para os cargos intermediários, a R$ 6.100, para quem tem graduação. No próximo fim de semana, nos dias 15 e 16, cerca de 76 mil pessoas disputarão as 37 oportunidades para o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A concorrência acirradíssima de 2.075 candidatos por vaga tem justificativa: os altos salários. Enquanto os técnicos vão ganhar R$ 4 mil, os analistas abocanharão R$ 6,6 mil. Já em 23 de setembro, serão três grandes certames (veja quadro): o da Receita Federal, o da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o da Agência Nacional do Cinema (Ancine). No Fisco, as chances são para analista tributário (750 vagas) e para auditor fiscal (200), com remunerações de R$ 7.996,07 a R$ 13,6 mil, respectivamente. Os altos rendimentos animaram as amigas Samara Alves de Oliveira, 27 anos, e Cristina Maria De Barros, 32.Mesmo já tendo garantido um posto no serviço público — as duas são servidoras no Ministério da Integração Nacional —, elas têm reforçado a carga de estudos para conseguir vencer a concorrência. São quatro horas diárias de segunda a sexta-feira e mais 16 no fim de semana, sem folgar no domingo. “Peguei três semanas de férias no trabalho para intensificar os estudos nessa reta final”, diz Samara, que é incentivada de perto pela amiga. “Nós duas damos força uma para a outra. Tiramos dúvidas, discutimos matérias. Sozinha é mais fácil desanimar”, diz. Dia e noite O professor Rodrigo Araújo, 29 anos, está no mesmo embalo. Ele reduziu a carga de aulas particulares que dá para se concentrar nas matérias específicas para o concurso da Câmara, que tem provas previstas para 30 de setembro. Empolgado pelos salários oferecidos, entre R$ 7.438,62 e R$ 14.825,69, Rodrigo tem estudado oito horas diárias, optando por revisar os exercícios e as provas antigas. “A concorrência numérica sempre é alta, mas a verdadeira não é”, diz. Marinheira de primeira viagem, Aline Ventorim, 28, acredita que pode surpreender. “A gente nunca acha se está preparada o suficiente, mas tenho estudado bastante, dia e noite. É uma maratona”, fala. O calendário de outubro também está recheado de oportunidades. No dia 21, os concurseiros terão que optar entre as seleções para o Ministério da Fazenda, para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e para a Agência Nacional de Águas (ANA), que terão provas no mesmo dia. Somente a Fazenda oferece 463 vagas de nível médio, sendo 322 para o Distrito Federal e 141 para São Paulo. Os interessados nos 300 postos para técnicos administrativos do Ibama e nas 45 chances de nível médio da ANA ainda podem se inscrever. O prazo para adesão à prova do Ibama vai até o dia 13, pelo site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). Já quem quer participar da seleção da agência deve acessar o portal da Cetro Concursos até 19 de setembro. Estudo com saúde Na reta final para concursos tão esperados, é comum que o candidato invista numa rotina exaustiva de estudos. Para agüentar o peso de tanto esforço, concurseiros exageram no consumo de café, guaraná e outros estimulantes. Há 16 anos na área, o professor de cursinhos Diego Amorim, do GranCursos, questiona a eficácia do método. “Vejo alunos com cargas absurdas. Mas sempre digo que é preferível estudar duas horas com a cabeça boa do que várias estando já cansado.” Para ir bem nas provas, lembra o professor Max Kolbe, da Vestconcursos, é recomendável que o aluno busque um diferencial. Ele cita a concorrência de alto padrão do concurso do TST e diz que é importante que o candidato que quiser ir bem deve dominar matérias relacionadas ao Poder Judiciário. “Funções essenciais da Justiça brasileira podem fazer a diferença”, diz. Nos últimos certames, lembra Kolbe, questões sobre a Constituição foram a regra para o TST. Os últimos dias também devem ser usados para estudar assuntos com maior peso nas provas. Diego Amorim lembra que o aluno precisa sempre ter à mão exercícios e o gabarito comentado, além de refazer provas antigas. “O exercício é fundamental para tirar dúvidas. E reforça bem o conteúdo para essa reta final.”
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