Yasmin Rajab — O caminho para a aprovação no serviço público definitivamente não é algo fácil. Para Diego Fontes, de 35 anos, não poderia ter sido diferente. Atual servidor público do Senado Federal, Fontes possui uma grande experiência com provas de concursos. E o currículo extenso de aprovações, foi motivado pela vontade de exercer funções relevantes para a sociedade e para o Estado.
Fontes passou pela primeira vez em um concurso público em 2008, para fazer parte do quadro de pessoal da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Na época, o homem conseguiu o cargo de agente de inteligência.
Apesar da conquista, a aprovação não foi o suficiente para o servidor, que continuou estudando e fazendo outras provas. No mesmo ano em que foi aprovado na ABIN, Fontes passou em segundo lugar para o cargo de assistente administrativo no Ministério do Trabalho e Emprego.
Em 2010, mais uma nomeação foi conquistada por Diego, dessa vez para o cargo de analista administrativo na Agência Nacional de Energia Elétrica. Três anos depois, ele passou na seleção do Ministério Público da União, para trabalhar como analista jurídico.
Duas outras aprovações ainda foram conquistadas pelo servidor, dessa vez na carreira policial. Ele foi nomeado para o cargo de policial legislativo no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.
Até conseguir a primeira aprovação no serviço público, Fontes se preparou por cerca de um ano. Antes de conquistar a primeira nomeação, ele participou de outros três concursos, nos quais apenas “bateu na trave”.
“Durante esse processo fui identificando e corrigindo as falhas até conseguir ser aprovado. Depois que passei no primeiro, não reprovei em nenhum. Fui aprovado e nomeado em todos que fiz na sequência”, conta.
Fontes explica que durante o processo de preparação optou por estudar através de cursos on-line e materiais em PDF. Ele conta que o ponto chave foi sempre “manter a disciplina”. “O prazo que houve até a minha primeira aprovação foi muito curto porque eu sempre acreditei e dei o meu melhor em todos os concursos que eu prestei”, relata.
O homem conta que mesmo sem saber por onde começar continuou persistindo até conseguir o primeiro “sim”. Para ele, o segredo é “estudar sempre acreditando na sua aprovação”.
“A fé na sua aprovação fará com que você extraia o máximo da sua energia nesse processo árduo que é a preparação para a prova”, indica.
O período de preparação é o ponto chave para conquistar a tão sonhada aprovação no serviço público. Diego recomenda os estudantes construírem uma sólida base nas disciplinas mais cobras: Língua Portuguesa, Informática, Raciocínio Lógico-Matemático, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Processual Penal e Legislação Penal Extravagante.
“Com uma base forte nessas disciplinas, você estará preparado para enfrentar praticamente qualquer concurso policial, aprofundando as matérias específicas e exclusivas de cada concurso no pós-edital”, sugere.
Em relação as disciplinas jurídicas, o servidor ressalta que focar apenas nos conteúdos de legislação não é mais suficiente. “As bancas evoluíram bastante. Até mesmo bancas que tradicionalmente só cobravam ‘lei seca’ como a AOCP e a IDECAN, por exemplo, hoje exigem bastante o conhecimento da doutrina e, especialmente, da jurisprudência”, explica.
Por fim, o funcionário público aconselha complementar os estudos com resolução de questões de concursos anteriores, utilizando uma boa plataforma de questões. “Se você quer abreviar a sua aprovação, resolva muitas questões (o máximo que puder) de concursos anteriores, especialmente da banca responsável pelo seu certame”, ressalta.
Atual servidor do Senado, Diego compartilha que é um privilégio ser policial legislativo. “Não apenas pelas excelentes condições remuneratórias, mas principalmente pelo fato de você estar diariamente vendo a história do país correr diante dos seus olhos. Praticamente todos os eventos que marcaram a nossa história tiveram intensa participação do Poder Legislativo”, explica.
Entre as atribuições da carreira estão: serviços responsáveis pelo policiamento ostensivo, atribuições investigativas e de inteligência e proteção de dignitários.
“Ser policial legislativo não é apenas integrar uma carreira reconhecida e valorizada, é antes de tudo passar a fazer parte dos bastidores da história. Uma Polícia do Legislativo não poderia deixar de incorporar valores típicos desse Poder”.
O período eleitoral deste ano trouxe grandes novidades para o mundo do concurso. Fontes acredita que independente do resultado do segundo turno, o cenário do próximo ano será ainda mais positivo. “Os concursos irão continuar a sair em grande volume. São muitas aposentadorias e alta carência de pessoal em todos os Poderes, em todos os Entes da Federação”, aponta.
Em comparação aos outros anos, Fontes diz que “em 2018 falavam que os concursos iam acabar, não foi o que aconteceu. No início da pandemia, falaram que por conta da crise financeira os concursos iriam minguar, o que houve foi o contrário”, finalizou.
As aprovações não fizeram Fontes abandonar o mundo dos concurseiros. Nas redes sociais, o policial legislativo segue dando dicas — e uma dose de motivação: @profdiegofontes
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