O Ódio Digital e a Polarização nas Ruas!
Este Blog já publicou diversos Artigos, mostrando claramente o poder manipulador das redes sociais, que interferiram por exemplo, na eleição de Donald Trump, na saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) e na disseminação de “Haters” destruindo reputações, marcas e o próprio processo democrático mundial. Para se ter ideia, o Facebook foi condenado a pagar uma multa de US$5 bilhões por facilitar o acesso a dados pessoais de eleitores para a campanha de Trump, coordenada pela Empresa Cambridge Analitica. A Ditadura Algorítimica tornou-se alvo de estudos sociológicos sérios e passou a ser retratada em séries e documentários premiados, como:
“O Dilema das Redes”: https://youtu.be/7X54fS0SQyw
“Privacidade Hackeada”: https://www.netflix.com/br/title/80117542
“Years and Years”: https://www.hbobrasil.com/series/detail/years-and-years/14830/TTL733770
“Coded Bias”: https://www.netflix.com/br/title/81328723
Etc. Recomendo muito que você assista todos, se puder!
O ódio, o racismo, o bullying, o machismo, o preconceito, estão ardilosamente disseminados por milhares de robôs (bot sociais) nos grupos de whatsapp e nos perfis e postagens nas redes sociais. Isso significa dizer que se você pauta o seu Viver com base nos conteúdos que acessa, de certa forma você está abdicando de sua própria individualidade.
Vamos lá, os algoritimos são capazes de identificar suas tendências de comportamento e os sentimentos com os quais mais se identifica em relação a tudo, seja a causa animal, aos temas de desmatamentos, a política, a sexualidade etc e trata de agrupar o maior volume possível de notícias e mensagens que reforcem a sua forma de ver, sentir e pensar. Isso acaba por influenciar o seu modelo mental, definir seus arquétipos pela via explícita do sugestionamento. Observe o que o comportamento radical, extremista, a polarização, tem causado na Vida das pessoas de uma mesma família ou em grupos de amigos! Veja o quanto a ideia de manter por perto apenas aqueles que pensam da mesma forma, causa danos irreparáveis às relações sociais.
A exclusão de pessoas, o distanciamento de grupos e principalmente, os chamados “Cancelamentos”, acabam por representar uma espécie de poder desta alienação comportamental produzida e estimulada, pelos algoritimos! Uma simples análise de engenharia social é capaz de identificar o quanto as frustrações pessoais, energias represadas de mágoas e a falta de perdão nos corações estão estimulados, à procura de culpados para serem odiados e assim externarem desejos psíquicos de punição e vingança. A Fatura pelo amor não recebido, está rolando solta no colo dos outros, com a malhação de judas em praça pública, retratados nos comportamentos extremos, cujo resultado é a Separatividade.
O Verdadeiro Inimigo em Comum
Nada disso é ingênuo. Os novos colonizadores sabem gerar dependência do ópio digital chamado internet pela via das Tecnologias algoritimicas, pela Inteligência Artificial e tantas outras formas que lhes permitam a velha máxima: “Dividir para Conquistar”. A proliferação das Tecnologias da Informação e da Comunicação, com o advento da Internet gerou um mercado Trilhionário que atualmente supera qualquer outro segmento produtivo mundial. Das 10 Empresas com maior valor na Bolsa de Valores de Nova York ou cujas marcas tem maior valor de mercado, 8 são deste segmento. Ocorre, que a sensação de que não pagamos nada, de que tudo é de graça, nos torna exatamente o “Produto”. Quanto mais conflitos, polêmicas e polarizações são provocadas nas Redes, maior o tempo de conexão e maior o faturamento com a venda de publicidade! O Produto é que gera toda esta visibilidade patrocinada, ou seja, todos nós, os “usuários”, de alguma forma alimentamos os lucros! Neste sentido, os extremistas são fundamentais neste jogo “do quanto pior, melhor”.
Em tempos de Caravelas Digitais é preciso compreender o quanto de fato, somos nós quem sentimos o que “achamos que sentimos” e o quanto de nossas reações, sentimentos e valores não estão realmente potencializados pela cegueira provocada pela falta do contraditório! Se cancelamos ou selecionamos pessoas de nossas vidas com base na seleção que fazemos em nossas interações nas redes sociais, passamos a viver uma espécie de “Eugenia”, a terrível prática racista, seletiva dos nazistas.
A seleção de uma raça pura, única, genuína, sem a contaminação de qualquer miscigenação, afirmada como superior a quaisquer outras é o exemplo mais lamentável produzido pela cultura humana do Cancelamento e da Eliminação. Mais de 14 milhões de Vidas foram atingidas pelo holocausto, sendo 6 milhões delas, Judeus, conforme o Yad Vashem de Jerusalém e o Museu do Holocausto em Washington. A crueldade dos linchamentos públicos, não diferem da energia mental dos carcereiros que sentiam-se orgulhosos por servirem aos propósitos de purgação da raça e submetiam suas vítimas as mais variadas barbáries. Curiosamente, alguns destes torturadores chegavam em casa e brincavam amorosamente com seus filhos e netos, transmitindo-lhes os mais elevados valores.
Autorresponsabilidade
Outra reflexão acerca da dureza da Vida ou o quanto ela pode ser leve, relaciona-se com a coragem de se encarar no espelho e também refletir acerca de uma série de dimensões com as quais nossa Vida se conecta! O dedo que apontamos ou a instintiva procura por culpados pelas dificuldades enfrentadas ao longo de nossa trajetória, terceiriza as culpas mas reduz claramente o“Poder de nossa Autonomia”, especialmente diante do poder manipulador dos algoritimos..
Quanto de responsabilidade nossas ações, pensamentos, palavras e sentimentos carregam no retrato atual do país e do mundo? É preciso revisitar com honestidade os nossos conteúdos predominantes, as nossas atitudes, o nosso magnetismo pessoal, o nível do que projetamos e ressoamos a maior parte do tempo para o coletivo e isso inexoravelmente passa pelo comportamento nas redes e grupos sociais.
Estamos verdadeiramente abertos à diversidade? Apoiamos claramente às pessoas mais excluídas para que possam ter maiores oportunidades? Nesta passagem terrena estamos convictos de ter feito a diferença na Vida de um significativo número de pessoas, através de nossos feitos, de nossas idéias e de nossa pró-atividade? Somos justos, inclusivos, colaborativos, facilitadores ou ainda estamos egocentrados, buscando ser atendidos e procurando inimigos ou culpados para podermos alimentar a ilusória tendência competitiva? Em meio as energias que promovem conflitos, quanto de amor, compaixão, solidariedade somos semeadores?
Disposto a potencializar exponencialmente o poder do amor e da luz, fico com o extraordinário poeta Guilherme Arantes e mantenho a minha fé inquebrantável neste país e na humanidade, mas essa não é uma fé aleatória, ela conjuga o verbo “esperançar”, ou seja, do fazer com que a esperança se concretize em favor do Coletivo, em favor da Vida, em favor do Todo e do Uno que Somos !
Feliz Independência! Hoje e Sempre!
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No Video abaixo, logo após o Artigo, eu analiso de forma resumida os temas aqui…
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