Os visitantes e usuários frequentes costumam afirmar que o Parque da Cidade é a praia de Brasília.
Particularmente, não concordo.
Se pensarmos em um lugar que reúne milhares de pessoas para o lazer e a prática de esportes ao ar livre, próximo à natureza, com acesso público e entrada gratuita, pode-se admitir a comparação. Entretanto, ela para por aí.
Simplesmente porque o Parque oferece muito mais possibilidades de uso e diversidade na ocupação dos espaços do que as pessoas encontram nas praias, sejam urbanas ou mais afastadas.
Os piqueniques, encontros de egrégoras, as festas de aniversário, de chá revelação, até casamentos, almoços coletivos, churrascos, as salas de aula, de ensaios de grupos musicais, entre tantas outras atividades, realizadas ao longo de mais de 4 milhões de metros quadrados, são a grande diferença.
A praia tem outros atrativos, mas além de calçadões para caminhada ou corrida, a realização de eventos como os citados e práticas esportivas, em geral, são reduzidas, algumas até inexistentes.
O mar, a areia, a maresia e aquela atmosfera específica de são os grandes atributos da praia.
Em um país com mais de 8 mil quilômetros de litoral, o Distrito Federal, junto com outros 9 estados, não tem acesso ao mar. São milhões de brasileiros que vivem longe do mar e sonham com a praia, principalmente no verão. Mas “o céu é o mar de Brasília”, afirmou Lucio Costa, um dos seus criadores. Sim, o céu daqui é lindo mas, quando chega o verão, a praia faz falta pra muita gente. E hoje com as redes sociais e o exibicionismo que elas possibilitam, fotos na praia, pé na área, banhos de mar, podem deixar qualquer brasiliense deprimido, principalmente se tiver de férias.
E o tanto de chuva que cai todo dia? É só lamento.
Embora alto verão brasiliense seja feito de chuva, muitas chuvas, uma característica do planalto é que nesse período faz calor e o sol sempre aparece. Com poucas exceções, há dias seguidos de chuva. Ou chove muito cedinho e depois abre um lindo céu azul, ou o dia amanhece lindo, cheio de sol, para formar as tempestades no final da tarde.
Esse é o nosso verão, mas em vez de reclamar e sonhar com dias de sol rachando na beira do mar, que tal ir pro Parque?
Esqueça a praia e o verão das redes sociais, se organize com a previsão do tempo, aproveite o horário de estiagem e vá pro Parque.
Pegue as crianças, seu pet, chame um amigo ou uma amiga, vá pro Parque caminhar e colocar o papo em dia, respirar ar puro, chegar perto da natureza, ouvir os pássaros, apreciar o verde e, de quebra, fazer exercícios. Experimente, o benefício é concreto.
Dez entre dez conselhos de psicólogos, terapeutas, mentores, gurus e resultados de pesquisas científicas sobre saúde mental recomendam: ter contato com o sol, gastar um tempo ao ar livre, praticar exercícios e investir em conversas com amigos são ações fundamentais para manter uma atitude positiva e a alegria de viver. Tudo isso você pode fazer no Parque da Cidade.
Se não tem praia, vá pro Parque, crie seu próprio verão e sinta a diferença no seu ânimo.
