Raquel destaque Raquel Vedovato, pessoa do Parque.

“Eu acredito ainda no bem das pessoas”

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O Parque da Cidade é um dos lugares preferidos pelos brasilienses para praticar esportes urbanos sobre rodas ou, como prefiro falar, sobre rodinhas. Lá existe um espaço específico para a prática de esportes como skate, longboard e diferentes tipos de patinação, onde os praticantes dividem uma pista de 10 km com bicicletas, quadriciclos e patinetes. Embora aos fins de semana em Brasília você encontre sempre skatistas fazendo manobras no patio do Museu da República e no Setor Bancário Sul, juntamente com patinadores, no Parque eles se misturam no sobe e desce da pista e fazem parte da paisagem. Muitos são jovens, mais a variação de idades e gerações chama atenção. Inclusive, no Estacionamento 3, a professora Fátima Figueredo (@patinabrasília) dá aulas de patinação há mais de 20 anos a alunos de todas idades.

Skatista na pista / Foto CV Agosto 2025
Patinador na pista / Foto CV 2025
A turma das rodinhas / Foto CV agosto 2025
Raquel voltando a patinar / Foto CV 2025

Conheci Raquel praticando patinação junto com amigos skatistas. Muito querida e atenciosa, ela parou para conversar um pouco comigo numa manhã de sábado de sol e calor. Raquel Fernandes Vedovato tem 19 anos, é “nascida e criada em Brasília”, estudante de artes visuais na UnB, mora em Arniqueira, e é frequentadora do Parque, onde normalmente costuma alugar bicicleta. Mas como gosta muito de patins, agora voltou a praticar por lá.
Ela é uma típica jovem da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), conhecida como ‘nativos digitais’, que vivenciaram o aumento da tecnologia e o uso das redes sociais desde cedo. Crescidos com acesso à internet e mídias digitais, os jovens dessa geração são posicionados e gostam de se expressar sobre assuntos como política, defesa do meio ambiente e respeito à diversidade. Outra característica muito interessante da geração Z, que a Raquel demonstrou na nossa conversa, é a importância dada para a saúde mental, o contato com a natureza, e uma menor preocupação com conquistas financeiras e materiais. Uma jovem linda, moderna, otimista, alegre, sábia, com boa energia e alto-astral, que você vai gostar de conhecer.

Perguntas para Raquel Vedovato:

P- Faz tempo que você anda de patins?
R- Quando eu comecei, estava no ensino fundamental, fiquei um tempo sem andar e decidi que queria voltar e tirar a poeira deles.
P- Esse é um patins artístico?
R- Se eu não me engano, ele é um roller derby, com duas rodas na frente e duas atrás.
P- Fora o Parque, você pratica em algum outro lugar?
R- Normalmente em pracinhas, porque esse tipo de patins precisa de um chão muito liso, com qualquer pedrinha eu caio. Tenho que tomar muito cuidado aqui no Parque porque tem muitas pedrinhas e tenho que dar uma segurada.
P- Você está em qual ano da universidade?
R- No terceiro semestre.
P- O que você está achando do seu curso?
R- Eu estou achando ótimo.
P- Você sempre quis fazer artes visuais?
R- Primeiro eu queria fazer arquitetura, mas depois eu percebi que a minha vocação mesmo era para as artes.
P- Em que área você quer atuar?
R- Eu queria ilustrar livro infantil.
P- Você é ilustradora?
R- É. Eu sempre fui muito apaixonada por livro infantil, desenho animado também, sempre gostei dessa arte mais infantil.
P- Você cria sempre? Como é o seu processo?
R- Eu costumo tentar fazer personagem. Eu também faço bonecos, eu faço vários bonequinhos de feltro, de personagenzinhos, animais geralmente, que eu acho bonitinho.
P- Você tem Instagram, algum espaço pra divulgar o seu trabalho?
R- Ainda não porque eu estou fazendo um projeto com uma amiga minha da faculdade e a gente tá tentado abrir uma lojinha.
P- E o que você acha do mercado de Brasília para vender arte, trabalhar com arte?
R- Eu acho que, fora São Paulo, Brasília é um dos melhores lugares aqui no Brasil pra tentar viver de arte. Porque tem uma cena cultural muito grande aqui e é um lugar que tem muitos espaços culturais que dão espaço pro artista. Então, se você realmente se esforçar e se colocar nesse lugar, tem muita oportunidade aqui em Brasília pra artista.
P- Então você é bem otimista em poder trabalhar com arte?
R- Tem que ser, né?
R- E o que você acha do Parque?
R- Eu gosto bastante do Parque. Eu acho que poderia ter mais área coberta, porque esse sol é f…. , mas eu gosto bastante. O Parque é um ótimo lugar pra gente vir, se exercitar, encontrar um amigo, tipo fazer aniversário, pra fazer piquenique. Sempre que eu preciso de um lugar, um ponto de encontro, a gente marca aqui.
P- Marca aqui, por quê?
R- Eu acho que por causa do local mesmo, tem outros locais perto de casa que são legais também, mas aqui é tão confortável, sabe? Mais familiar, mais gostoso de ficar.

Raquel frequenta o Parque semanalmente / Foto CV 2025[/caption]

P- Em relação à Brasília, como você vê o Parque?
R- Eu acho que o Parque é um grande centro de Brasília, é um lugar onde todo mundo vem pra fazer tudo, pra fazer festa, pra se exercitar, pra encontrar pessoas.
P- O que você acha importante hoje na vida?
R- Eu acho que é importante a gente ter momentos para desacelerar, eu acho que a gente está muito ligado o tempo inteiro em celular, nas redes sociais e toda ansiedade da nossa rotina, trabalho, faculdade, eu acho que é importante a gente parar um pouco e respirar.
R- E seus amigos, em geral também pensam assim?
R- A maioria deles.
P- Não é mais aquela correria tem ganhar dinheiro, ter que conquistar carreira?
R- Eu acho que, pelo menos comigo e com meus amigos, mais do que ganhar dinheiro, só queria ter o confortável, ter o suficiente pra poder relaxar no final de semana, poder fazer alguma viagem, não preciso de muito.
P- E no que você acredita?
R- Eu acredito ainda no bem das pessoas, sabe? Eu ainda acredito que tem mais gente boa no mundo do que gente ruim. Eu acho que quando a gente divide gentiliza, quando a gente dá as coisas, elas voltam pra gente.
P- Qual seria o seu recado pras pessoas, na vida?
R- Que as coisas parecem mais importante do que elas são, e às vezes a gente precisa respirar fundo e perceber que elas são passageiras, e que a gente não precisa se preocupar tanto com coisas, que à vezes não são tão grande quanto parecem.
P- Um recado geral sobre o Parque
R- Eu acho que todo mundo devia vir pelo menos uma vez por semana no Parque, dar uma respirada, dar uma exercitada, e uma relaxada da vida, ver a natureza um pouco.

Leia mais sobre a geração Z aqui

One thought on ““Eu acredito ainda no bem das pessoas”

  1. O MUNDO PRECISA DE PAZ E O BRASIL TAMBÉM, E MUITO TRABALHO PARA O POVO SOBREVIVER DIGNAMENTE , É ISSO QUE O POVO QUER E MERECE, CHEGA DE BLÁ , BLÁ , BLÁ, E MAIS AÇÃO EM FAVOR DA SOCIEDADE. O NOSSO PROBLEMA É AQUI, ROUPA SUJA LAVA EM NOSSA CASA, OU SEJA NA NOSSA PÁTRIA. VIVA O BRASIL, E NÓS BRASILEIROS E BRASILEIRA ESTAMOS JUNTOS PARA DEFENDER O NOSSO PAÍS E NOSSA NAÇÃO. JUSTIÇA .

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