Audrey Braga, médica psiquiatra, casada, mãe de dois filhos, mãe da pet Jade e avó de dois pets, a gatinha Lao e o cão Arthur.
Audrey é de Manaus, mora em Brasília há 33 anos e frequenta o Parque há muitos tempo. Costuma fazer caminhada, às vezes só, às vezes com o marido, e às vezes com um grupo de amigos. Para ela, o Parque da Cidade é um ponto de encontro. “O Parque é um grande amigo. O Parque traz várias coisas boas, acho que a beleza do Parque já evoca emoções e sentimentos muito bons. A tranquilidade do Parque… apesar do movimento grande, o Parque evoca tranquilidade, o Parque evoca diversidade e o Parque também evoca inclusão, que são as coisas com as quais a gente trabalha na promoção de saúde e na prevenção de doenças”, afirma.
Audrey estava no Parque numa manhã de sábado, realizando um encontro com amigos e profissionais para falar sobre a importância e estratégias sobre riscos que envolvem a saúde mental, como parte das atividades do Janeiro Branco, mês da conscientização sobre saúde mental.
Com sorrisos e muita gentileza, respondeu algumas perguntas sobre o tema:
P- O que você acha que as pessoas devem fazer pra ter uma saúde mental melhor?
R- Tem várias questões, e é claro que essas observações precisam ser levadas em conta com o perfil de cada um. Mas acho que a gente precisa olhar um pouquinho pra gente, não com egoísmo, mas com gentileza, na promoção do autocuidado. Acho que a gente precisa de pausa, nós todos precisamos de pausa e o Parque propicia isso. Aqui a gente tá cantando, os meninos estão fazendo lanche, a gente tá brincando com as crianças que passam. Mas isso é uma pausa, é uma pausa das telas, uma pausa de preocupações, nós precisamos disso. E tem uma coisa que acho superimportante: do que cada um de nós gosta? Quanto tempo a gente se dedica pra esse momento de se olhar, de fazer o que gosta, e que está focado no presente, no aqui e no agora? Eu acho que essas são dicas importantes. Porque a gente sempre escuta sobre qualidade da alimentação, atividade física e qualidade de sono. Então esse é um tripé de saúde, de saúde física e de saúde mental.
P- E você acha que, nesse sentido, o Parque pode cumprir um papel pra população em geral?
R- Ah, sim! Ele é acessível, ele é gratuito, você pode trazer a sua família, você pode fazer uma comemoração de aniversário, você pode fazer um evento como esse, que é um grupo de profissionais envolvidos em saúde mental, e cada um traz o seu grupo de amigos, sua família, e o Parque propicia isso. Você pode fazer atividade física, então ele é acessível em todas as instâncias.
P- E o que pode contribuir pra doença mental?
R- A velocidade do nosso dia a dia contribui pra isso, para o nosso adoecimento. Tela, o excesso de telas pra todos nós, contribui para o nosso adoecimento. O isolamento social contribui, e contribuiu muito em função da pandemia, pro adoecimento mental. A convivência social é um suporte, um apoio muito importante pra todos nós. A gente precisa levar isso em consideração, a gente precisa sair um pouquinho das telas. Apesar de nos encontros presenciais a gente ter um número menor de pessoas – e seria muito mais fácil acionar as pessoas online-, a gente tá entendendo que a gente precisa ser coerente nas nossas atividades. Então se a gente identifica que o excesso de telas tem causado um prejuízo, a gente precisa ir retomando aos pouquinhos os nossos encontros presenciais.
P- Qual seria o recado geral para o brasiliense sobre a questão de procurar ter uma saúde mental melhor, além de tudo o que você já falou?
R-Eu pediria atenção aos primeiros sinais, aos sinais de sofrimento psíquico, uma desorganização do funcionamento, tristeza importante e persistente, falta de vontade de fazer determinadas atividades que antes eram prazerosas. Então, aos primeiros sinais, busque ajuda.
Eu acho que a gente ainda se depara com momentos de medo, medo do preconceito, medo de sofrer assédios de diferentes formas, mas isso é uma solicitação o e um pedido, além de uma recomendação: ao perceber o funcionamento diferente, ou de alguém que você gosta, procure ajuda.
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