Nosso Parque da Cidade

Os cães acompanhados são grandes frequentadores do Parque. É comum presenciar vários tipos de conversas e interações entre seus tutores e transeuntes, mas nem sempre tão amistosas. Um jovem casal caminha com seu cão devidamente preso na guia, e em direção contrária vem uma família, outro, casal com duas crianças de uns 4 e 6 anos .

O senhor se aproxima mais do casal jovem e se dirige ao rapaz, chamando-lhe a atenção:

– Esse seu cachorro deveria estar com uma focinheira.

– Qual é tio, meu cão é de porte pequeno.

– Não interessa, cachorro aqui no Parque tem que estar com focinheira, inclusive pra não ficar latindo e perturbando os outros.

– O senhor criou essa regra, tio?

– Não! Você que tem cachorro deveria saber muito bem que cachorro, pra andar no Parque, tem que estar de focinheira.

– Tio, …

– Amor, deixa pra lá, tem gente que sai de casa disposto brigar com os outros. O tio aí saiu de casa pra brigar com qualquer um e escolheu você, não entre nessa.

– E tem dois tipos de gente, os que amam cães e os que detestam, o tio deve ser dos que detestam.

– Não interessa, vocês não me conhecem e regra é regra.

– Ó tio, faz assim: pega um quadriciclo daqueles, põe suas crianças na frente, e vai pedalar com tua mulher. As crianças se divertem e você gasta energia, adrenalina, esse mau humor todo aí. Faz isso, tio. Depois de 10 quilômetros de pedal, a gente se encontra aqui e o senhor vai estar outra pessoa, vai até gostar do Bruce, tá bom? Bom dia, tio!.