Pastel de feira? A Quituart, no lago Norte, tem!
mariza_pastel Pastel de feira? A Quituart, no lago Norte, tem! Pastel de feira? A Quituart, no lago Norte, tem!

Os prazeres e surpresas do Lago Norte, um bairro que tem o aconchego preservado

Publicado em Gastronomia

Dica para passar boas horas desfrutando dos prazeres e das surpresas de um fim de semana – explorar o Lago Norte.

Nem todos podemos sair de Brasília nas férias que, para alguns, já começaram – porque vão receber hóspedes ou por outro motivo qualquer, não importa e, na verdade, não interessa. O fato é que a cidade oferece inúmeras opções de lazer e, com uma agenda razoavelmente organizada, é possível divertir-se muito ficando por aqui.

14/11/2015. Crédito: Raimundo Sampaio/Encontro/D.A Press. A Quituart é um reduto da boa gastronomia no Lago Norte.
14/11/2015. Crédito: Raimundo Sampaio/Encontro/D.A Press. A Quituart é um reduto da boa gastronomia no Lago Norte.

Recomendo “explorar-para-bem-conhecer” o Lago Norte, um bairro charmoso, com espírito e aparência de cidade vizinha, ruas arborizadas, casas térreas de construção sólida, comércio e lazer para todos os gostos.

Se não vejamos:
* Shopping center? Tem mais de um, com lojas que oferecem produtos nacionais e importados, restaurantes que passeiam alguns por fast food, outros por altíssima gastronomia, cafés, docerias e até mesmo bares para drinquinhos de fim de tarde.

* Supermercado? Tem três que permitem ao consumidor pesquisar preços e comparar produtos uma vez que são concorrentes.

*Farmácias? Aos montes – são tantas que até fica no ar a impressão de ser o Lago Norte reduto de hipocondríacos.

* Igreja? Sim!!!

* Clube? É claro e ainda por cima, à beira do Lago Paranoá.
* Lugar para sentar, ouvir música, jogar conversa fora, beber e passear pelos mais variados cardápios de comidas regionais e internacionais? Tem e é de respeito: a antiga Feirinha do Lago Norte que existe há pelo menos duas décadas e meia ali no canteiro central entre as quadras 9 e 10, agora se chama Quituart e devia ser tombada como patrimônio da humanidade…

Exagerei, mas é um dos meus lugares de estimação. Quando posso vou lá e geralmente transformo o que seria uma “passada rápida” em horas e horas de conversas infindáveis (papos furados ou não), petiscos e comidinhas deliciosas além de cervejinha ou chopinho, ambos servidos/tirados em corretos copos e temperaturas certas. Os preços? Em conformidade com o espírito da coisa – de feirinha.

Tento agora descrever fisicamente a Quituart. Num galpão de grandes altura, largura, profundidade, enfim, espaço enorme que abriga vários quiosques (cada qual com sua cozinha montada e cardápio próprio); salão central com inúmeras mesas, cadeiras; banheiros (limpíssimos) masculino, feminino, para deficientes e palco para apresentações musicais que privilegiam talentos locais.

Devo dizer que em todos os quiosques come-se muito bem. São comidas preparadas com capricho e carinho pelos donos dos espaços que absolutamente não se aborrecem com as escolhas dos comensais. Convivem harmoniosamente e se frequentam.

A melhor pizza da cidade é a do Entre amigos, ainda mais se escoltada por um chope artesanal
A melhor pizza da cidade é a do Entre amigos, ainda mais se escoltada por um chope artesanal

Tenho, como todos e como é natural, minhas preferências. E hábitos. Ocupo sempre a mesma mesa (perto de um pequeno gramado), tomo minha cervejinha e escolho comer a porchetta com polenta de receita secreta do Luiz Trigo no Le Birosque ou o leitão pururuca que prepara “seu” Armando do Araratuba; a pizza e o pastel que prepara o Lalo do Entre Amigos (a melhor pizza da cidade e o pastel, igual ao das feiras de São Paulo) e viajo ao oriente quando peço comida japonesa que preparam e servem com elegância o casal Watanabe, dona Tifume e o senhor Couki.

Porchetta com polenta de receita secreta do Luiz Trigo no Le Birosque
Porchetta com polenta de receita secreta do Luiz Trigo no Le Birosque

Vale dizer que também adoro o bife de fígado e o pastel carta fechada a Pero Vaz de caminha que faz o Claude Capdeville no Toca do Chopp. Porém, só me deleito com tais iguarias quando preparadas por ele, chef de compromissos múltiplos que, quando contratado leva sua cozinha a salas de almoço alheias. Como o “toque” especial do que prepara é exclusivamente dele, tenho frequentado muito pouco seu espaço.

Sem desrespeito a quem fica em seu lugar mas não escondo ser mulher de hábitos. E manias.

Recomendo. Vale a pena.