É quase missão impossível passar incólume pela Páscoa sem medo do depois — A visão da silhueta agredida
Das celebrações obrigatórias, a Páscoa, apesar de deliciosa e aguardadíssima, é a mais perigosa para os já crescidinhos, é claro. Com raras e honrosas exceções, é a desculpa para rega-bofes infindáveis com almoços e jantares de mesas fartas com cardápios pouco leves se a tradição for mantida.
Vejamos: quando o calendário colabora, o feriado é prolongado e o dolce far niente começa logo na quinta-feira. Como neste ano da graça de 2018. Então, com hóspedes ou não, há que se abastecer despensa e adega para bem desfrutar os dias de folga.
A começar por uma ida ao supermercado e daí já começa um “massacre psicológico” do qual ninguém escapa. Sobre a cabeça do consumidor pairam ameaçadores ovos pendurados numa espécie de pérgula, estrategicamente erguida no meio de um corredor que, por sua vez, é caminho obrigatório para quem vai às compras, independentemente do bem a ser adquirido. A bem da verdade, para qualquer lugar que se olhe, ameaçadores, lá estão os chocolates-símbolo da Páscoa.
Nada a fazer além de entrar na onda – deixar de lado o mau humor e se organizar para comemorar a data como manda a tradição, com a família e amigos ao redor da mesa, prontos para encarar o peru-assado-recheado-com-farofa, acompanhado por arroz de passas, uma boa salada de folhas, para quem gosta e sabe fazer, maionese (de vidrinho, jamais…), refrigerantes e vinhos que se forem de boa cepa, melhor.
Se é para fazer graça, ficará simpático presentear os convivas com chocolate – ovinho ou ovões, coelhos e por aí vai. Com isso, fica dispensada a sobremesa. Porém, se for do agrado do anfitrião, servir frutas será apropriado. Musse de chocolate, pelamordedeus, não!!!
Deixo uma sugestão para as mais prendadas que vão receber adultos-que-trazem-crianças: preparar pequenos ninhos com ovinhos, esconder no jardim ou onde quiser e ocupar os miúdos com a procura do presente que o coelho deixou.
Uma coisa é certa – tais festas são a desculpa perfeita para comer e beber sem preocupação com a dupla peso&medida. Melhor aproveitar o momento porque não é novidade para ninguém que os sólidos e os líquidos consumidos desbragadamente em datas como Páscoa, Natal, Ano Novo e aniversários são praticamente bombas de efeito retardatário com poder de agredir a silhueta. Mas dão prazer e isso não tem preço.
De mais a mais, existem por aí doutores em dietas que garantem ser milagrosas, comidinhas light and diet além do Parque da Cidade que, garantem os entendidos, é perfeito para as caminhadas diárias de centenas e centenas de metros, tiro e queda na queima de calorias. Feliz Páscoa!!!!!!!!!!!!!!!