Ainda uma tentativa de ajudar nas mudanças de rotina, hábitos e humor nos infalíveis e festivos dias que virão e serão marcantes, como sempre.
Engana-se quem pensa que organizar-se para festas de fim de ano resume-se a estar com a missão “compras de mimos” já cumprida. Ledo engano. Especialmente para quem se propuser a receber em seu próprio território/lar os convidados que, espera-se, elegantemente já tenham confirmado presença. Ou, com elegância, recusado o convite.
Pois bem, existem comidas que são a cara do Natal, melhor dizendo, convencionou-se serem natalinas e por conta disso, já está bem em cima da hora de encomendá-las se for o caso de comprar tudo pronto. Agora, se for para encarar o fogão em casa mesmo, exibir dotes culinários e habilidades, deixar para comprar as iguarias a serem servidas poucos dias antes do advento poderá ser arriscado e ocorrer o já citado na parte 1: machucar o bolso e entristecer um pouco a alma. Portanto, como seguro morreu de velho, melhor abastecer a adega e a despensa o mais rápido possível.
Vamos ao cardápio tradicional para a noite que celebra a chegada de Papai Noel.
Sobre uma mesa grande, coberta com toalha branca, de renda, vermelha, verde, não importa, estarão repousados em travessas especiais porque é Natal, peru assado (recheado com farofa de miúdos e pele perfeitamente dourada e deliciosamente crocante); leitão (se for novinho, quase mamão, melhor, igualmente de pele dourada e crocantíssima, com direito a maçã na boca); bolinho de bacalhau (não de batatau, por favor); salpicão para conferir ao cardápio certa refrescância e… rabanadas; panetone; nozes; castanhas, frutas frescas (da estação) e os biscoitos de gengibre e mel, aqueles em formato de carinhas-redondinhas-risonhas, arvorezinhas de natal, estrelas de muitas pontas, casinhas, bonequinhos e por aí vai.
Vale lembrar que os assados são servidos rodeados de frutas geralmente frescas, cujo sabor combina com o deles. Mas existem pessoas que por nada desse mundo deixam de lado servirem-se de arroz, branquinho ou com passas. Porém, quentinho. Portanto, em mesa de banquete que homenageia o ‘bom velhinho’, nem pensar em deixar de lado o arroz.
Por isso tudo e pelas ‘firulas’ do tipo ‘arroz quentinho’, pururuca, farofas e outros requisitos para compor o rega-bofes de Noel, fica aqui minha opinião: organize-se com as compras de ingredientes JÁ ou contrate agora a equipe que poderá concretizar o projeto do Natal perfeito, incluindo nele o Papai Noel ( por aí há muitos que alugam sua performance), se da celebração participarem crianças; a coperagem, a cozinheira e o que mais necessário for para deixar os comensais felizes e satisfeitos. E, poupar quem recebe de um trabalho insano porém, necessário e em nada surpreendente porque se repete a cada ano, desde que o (nosso) mundo é mundo.