Uma ajuda para lembrar que nos esperam mudanças de rotina, hábitos e humor — um pequeno guia para (tentar) descomplicar o fim do ano.
Com dezembro se aproximando, já dá para sentir no ar um ainda leve cheiro de novidades no rotineiro dia-a- dia de todos, especialmente de quem tem por hábito receber hóspedes para comemorar datas como manda o figurino – com festas, mesa farta, adega com bebidas de respeito e geladeira com sucos e refrigerantes.
Claro que me dirijo aos menos precavidos, a turma que adora “viver perigosamente” e deixa para a última hora organizar as coisas para receber convidados e preparar o rega-bofe que as celebrações do mês que encerra o ano exigem. Os organizados já estão com tudo pensado e preparado há meses, sobrando apenas a leve preocupação de algum hóspede chegar com uma surpresa – trazendo a tiracolo mais alguém.
Problema momentâneo – quem é “certinho” não fica de cabeça quente mais do que dois minutos, o tempo de passar o imperceptível susto e encontrar solução para o contratempo.
Muito bem. Passemos aos deveres de quem abre as portas de casa. Antes de mais nada, há que ter em mão, checada com confirmações, a lista de convidados – por causa da inevitável troca de presentes que a data exige – para finalmente sair por aí com talão de cheques, cartões de crédito ou dinheiro vivo, entrando e saindo de lojas que a esta altura já estão com vitrines e prateleiras repletas de objetos a preços de lançamento, ou seja, altos.
A parte boa? Por agora dá para caminhar atrás de preços melhores. Em poucos dias a coisa vai mudar e enfrentar multidão, correr o risco de ser não muito bem atendido e contentar-se com o que sobra é extremamente desagradável. Faz mal ao bolso e a alma.
O lance é “racionalizar” a lista de mimos, priorizar presenteados que por nada desse mundo podem deixar de ser agraciados (afilhados, parentes e amigos muito chegados, filhos e um ou outro comensal de convívio ocasional que, já se sabe, cumpre seu papel de “convidado” e leva lembrancinhas ou lembrançonas para os anfitriões).
Vale lembrar que é uma temeridade, nesses momentos perigosos de compras para cumprir a socialmente convencionada troca de presentes, agredir o bolso, a carteira ou a conta bancária. Traduzindo: cuidado para não gastar mais do que pode, endividar-se para “não fazer feio” e ainda por cima, correr o risco de ser taxado(a) de exibido(a).
O remédio? Correr atrás de lembrancinhas, receber a turma com sorriso e braços abertos e jamais se esquecer que “os hóspedes e os convidados, por piores que sejam, são sempre melhores que os donos da casa”. Como já diziam os antigos.