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Diversidade brasileira e tradição

Fundado em 1987, entre os antigos pinheiros altos que dançavam com o vento, o Alpinus Choperia e Galeteria mantém vivas as raízes de uma família que transformou uma paixão em tradição. O aroma da comida caseira se mistura ao perfume das árvores que cercam o lugar, criando uma experiência que vai muito além do paladar: é um reencontro com o tempo, com a memória e com os sabores que atravessam gerações.

“O Alpinus nasceu com a proposta de atender os frequentadores de uma pista de kart que funcionava ao lado. A ideia era oferecer um espaço descontraído, onde as pessoas pudessem se reunir depois das corridas para comer, beber e aproveitar bons momentos. Com o tempo, o restaurante ganhou vida própria e se tornou um ponto tradicional de encontro das famílias brasilienses”, conta o atual proprietário Eric Fialho.

Localizado no coração da cidade, dentro do Parque da Cidade – no Estacionamento 05 –, o empreendimento conta com espaços reservados para confraternizações, aniversários e eventos corporativos. Mais do que um restaurante, Eric acredita que o Alpinus é um lugar de memórias e encontros.

O restaurante, antes, era de uma sociedade que, com o tempo, passou a ser conduzida apenas por um dos sócios-fundadores: Dermival Fialho, pai de Eric. Foi a partir desse momento que a história da família com o restaurante começou a se entrelaçar de forma ainda mais intensa. O atual gestor do negócio, filho do fundador, lembra com carinho dos primeiros passos: “entrei com 14 ou 15 anos para trabalhar junto com meu pai. Hoje, sou eu quem está mais à frente, mas ele continua sempre presente”, diz.

A gestão é assumidamente familiar. Além do pai, que divide seu tempo entre o restaurante e a fazenda da família, o irmão também participa do negócio, cuidando principalmente da produção rural. Parte dos ingredientes usados na cozinha vem diretamente da fazenda, como frutas, hortaliças e o limão, garantindo mais qualidade e frescor aos pratos servidos.

O envolvimento pessoal da família é um dos grandes diferenciais do restaurante. “É comum o cliente chegar aqui e encontrar a gente trabalhando. A nossa gestão é in loco, gostamos de estar presentes, participar das decisões e, principalmente, do atendimento ao cliente”, explica. Para ele, o contato próximo com o público vai além do comercial: “costumo dizer que a gente trabalha fazendo amizade. Não são clientes, são amigos”, acrescenta.

Eric conta que, quando as operações do Alpinus começaram, houve muito aprendizado. “Brasília ainda estava se consolidando como cidade, o público era diverso e tínhamos que entender os gostos e costumes de pessoas vindas de todas as regiões do Brasil”, conta. Além disso, segundo o proprietário, manter um restaurante por tanto tempo exige constância, qualidade e muito trabalho em equipe. “Foram décadas de superação, mas também de conquistas e fidelização de gerações de clientes”, complementa.

Ao longo dos anos, o restaurante cresceu junto com a cidade, acompanhando seu desenvolvimento e as transformações do público local. Desde o início, o cardápio foi pensado com base nas preferências da população, buscando entender os gostos e hábitos dos clientes para oferecer uma experiência cada vez mais personalizada. Essa escuta constante permitiu que a casa se tornasse referência na região, unindo tradição, sabor e uma conexão genuína com a comunidade.

“Nosso cardápio nasceu ouvindo os clientes de Brasília, que sempre vieram de diferentes cantos do país. Assim, fomos incorporando sabores típicos de várias regiões – a carne de sol, que remete ao Nordeste; o galeto, muito apreciado no Sul; o tambaqui, tradicional do Norte; e o tropeiro, que vem de Minas. Essa mistura de influências deu muito certo e se tornou uma marca do Alpinus”, informa.

Atualmente, Eric conta que o carro-chefe da casa é o galetinho. No entanto, a carne de sol e o tambaqui também estão entre os mais pedidos. Cada prato tem sua história, mas o galeto, por exemplo, está com o Alpinus desde o início. Foi um dos primeiros sucessos da casa, de acordo com Eric, e até hoje é o preferido dos clientes.

“Muitos clientes vêm de longe especialmente para saborear esses pratos”, afirma o proprietário. Para ele, esse carinho do público se dá ao empenho do Alpinus em manter viva a tradição do local com amor e constância. “Somos um negócio familiar, e essa essência se mantém viva a cada geração. Cuidamos de cada detalhe – da cozinha ao atendimento – com o mesmo carinho de quem está recebendo amigos em casa”, acrescenta.

Três perguntas para Eric Fialho, proprietário do Alpinus Choperia e Galeteria:

O que mudou desde a inauguração até hoje?

No início, o Alpinus funcionava mais como um bar e lanchonete, com serviços de comida congelada voltados para atender os clientes do kart. Mas logo percebemos que o público buscava algo mais. Aos poucos, fomos nos adaptando e consolidamos o restaurante com foco na comida brasileira, feita na hora, com sabor caseiro e fartura. Hoje, mantemos a tradição, mas com uma estrutura moderna e um atendimento pensado para acolher toda a família.

Há alguma lembrança marcante do início que o Alpinus guarda com carinho?

Lembramos com muito carinho do tempo em que o restaurante era ponto de encontro dos frequentadores dos mini buggys. Era um ambiente familiar, simples, mas cheio de energia boa. Muitas crianças que brincavam no parquinho naquela época hoje voltam com seus filhos e netos — e isso é muito gratificante de ver.

Quais são os planos para o futuro?

Queremos investir ainda mais na brinquedoteca e nos espaços de confraternização e aniversários. Nosso objetivo é continuar sendo um restaurante acolhedor, ideal para reunir a família e celebrar bons momentos.

Gabriella Collodetti

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