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Tecnologia em eventos

Imagine entrar em um evento e ser recebido por um painel de LED transparente que exibe imagens em 3D, enquanto luzes sincronizadas criam uma atmosfera imersiva e futurista. Não se trata de um festival de música ou um show de tecnologia, mas sim do novo padrão dos eventos empresariais. Uma das empresas por trás desse formato de espetáculo e que transformou soluções audiovisuais em experiências memoráveis é a Sonore.

O negócio, capitaneado por Gabriel Emiliano, começou em 2007. O empresário, na época, trouxe ao mercado uma empresa dedicada à sonorização de eventos. “No início, nosso foco estava voltado, principalmente, para o atendimento de pessoas físicas, com forte presença em eventos sociais, como festas e celebrações particulares”, recorda.

Segundo o empreendedor, a Sonore começou de forma simples, com poucos equipamentos que eram armazenados em um pequeno quarto na sua própria casa. Naquela época, cada evento exigia esforço redobrado de logística e organização. Com o passar dos anos, a marca acompanhou as transformações dos negócios e, com isso, buscou evoluir em conjunto.

Gabriel ressalta que o perfil de clientes da Sonore foi se ampliando e, gradualmente, a empresa migrou para o segmento corporativo, onde encontrou novas oportunidades e desafios. De acordo com o sócio-fundador, essa transição permitiu à empresa desenvolver soluções mais robustas, aprimorar os serviços e se especializar em eventos empresariais de diferentes portes.

Para isso, foi necessário investir, de forma contínua, em tecnologia, estrutura e qualificação da equipe. Hoje, o sócio-fundador conta com um galpão que abriga a sede, localizado em uma área estratégica e central em Brasília, o que, para ele, garante agilidade logística, segurança operacional e uma base sólida para a realização de projetos de alta complexidade.

“Em 2025, completamos 18 anos de trajetória, consolidada como referência em tecnologia para o mercado de eventos corporativos. Nossa história é marcada pela dedicação, evolução constante e compromisso com a excelência em cada projeto que realizamos”, afirma Gabriel.

Para chegar a quase duas décadas de atuação, o empreendedor recorda que, no início, foi necessário enfrentar desafios na caminhada. Uma delas envolvia à questão da mão-de-obra qualificada para acompanhar o crescimento da demanda e garantir a qualidade dos serviços prestados. “Montar uma equipe comprometida e tecnicamente preparada exigiu tempo, dedicação e investimento em formação”, aponta.

Ao longo dessa trajetória, o esforço para montar uma equipe comprometida e qualificada rendeu frutos: a empresa colecionou cases de sucesso, com produções realizadas para grandes instituições como Banco do Brasil, Caixa, Petrobrás, BRB, além de diversas marcas do setor privado.

Transformações do setor

Gabriel conta que, nos últimos anos, a tecnologia transformou profundamente o setor de eventos. “Os equipamentos se tornaram mais compactos, eficientes e inteligentes, permitindo montagens mais ágeis e resultados cada vez mais impactantes”, ressalta.

Os painéis de LED, por exemplo, evoluíram com resoluções mais altas, formatos inovadores e recursos interativos que ampliam as possibilidades criativas personalizadas para cada evento. Na parte da iluminação, o uso também do LED como fonte de luz primária trouxe ganhos em potência, controle e economia de energia. No áudio, os sistemas passaram a oferecer maior potência, clareza e cobertura.

“Outro grande salto foi na transmissão ao vivo (streaming), que se tornou indispensável após a pandemia. Hoje, os eventos híbridos são realidade: exigem não apenas câmeras e filmagens de alta qualidade, mas também uma infraestrutura robusta de internet, captação de áudio dedicada e produção audiovisual em tempo real”, explica.

Três perguntas para Gabriel Emiliano, sócio-fundador da Sonore:

O que motivou a criação da empresa?

Minha paixão pela música sempre esteve presente. No meu aniversário, em 1997, minha mãe me presenteou com um mixer – um equipamento usado por DJs para fazer transições entre músicas. Aquele presente marcou o início de uma jornada que, até então, eu não imaginava onde me levaria.

Comecei a atuar como DJ em pequenos eventos e, à medida que ganhava experiência, fui percebendo que havia ali mais do que um hobby: existia uma oportunidade real de negócio. Foi essa combinação entre o amor pela música e o olhar empreendedor que motivou a criação da Sonore anos depois.

Qual foi o ponto de virada para o crescimento da empresa?

O primeiro grande ponto de virada da Sonore aconteceu em 2014, quando adquirimos nosso primeiro painel de LED. Na época, essa tecnologia ainda era pouco acessível em Brasília, e fomos rapidamente procurados por clientes em busca de soluções mais modernas e impactantes para seus eventos. Esse investimento elevou o nível dos projetos que passamos a executar – mais complexos, desafiadores e, consequentemente, com orçamentos mais expressivos. Foi um passo decisivo para a profissionalização e o crescimento da empresa.

Outro marco importante na nossa trajetória foi o projeto de iluminação da Torre de TV de Brasília, no Natal de 2020, junto com a agência Flap – nossos parceiros de longa data. Em um momento em que o setor de eventos sofria profundamente com os efeitos da pandemia, esse projeto representou muito mais do que uma entrega técnica de alto nível: foi um símbolo de resiliência, renovação e esperança, tanto para a cidade quanto para a Sonore. Sem dúvida, foi um divisor de águas emocional e profissional.

O que você diria para quem deseja se dedicar a esse ramo?

Não é um setor para quem busca rotina ou zona de conforto. Os horários são diferentes, a pressão é constante e cada evento é único, com seus próprios imprevistos e particularidades. Por outro lado, é uma área que recompensa quem é comprometido. Estar disposto a aprender, evoluir e trabalhar em equipe é essencial. A técnica é importante, mas a atitude faz toda a diferença. Muitas vezes, o que te destaca não é o equipamento que você tem, mas a forma como você resolve problemas e entrega resultados com profissionalismo.

Gabriella Collodetti

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