Centro de lazer e comércio que reúne, em um único espaço, culinária nacional e internacional, além de artesanato em suas formas mais variadas, a Quituart, localizada no Lago Norte, é um dos espaços mais tradicionais na cidade e que busca trazer novidades para o seu público no que diz respeito à música, arte e comida para todos os gostos.
Com o funcionamento de sexta-feira a domingo, anualmente, o espaço costuma reunir aproximadamente 80 mil visitantes. Consolidado entre a população do Distrito Federal, o complexo iniciou as suas atividades em 1988. Hoje, com 36 anos de atuação, é considerado um point para diferentes idades.
“A Quituart timidamente com algumas moradoras empreendedoras do Lago Norte que, para ajudar no orçamento doméstico, vendiam artesanato, flores, arranjos e quitutes. O nome vem daí: quitutes mais arte, que gerou a Quituart. O complexo iniciou em rudimentares barraquinhas instaladas no terreno do Pontão do Lago Norte, hoje, Parque Vivencial II, às vezes enfrentando chuvas e outras adversidades que a improvisação impunha”, conta Marco Túlio Ortiga, diretor-presidente da Quituart.
Na época, buscando iniciativas para otimizar o funcionamento, as artesãs criaram uma associação, pois se viram obrigadas a fazer várias mudanças de ambiente, passando por outros lugares, como um terreno improvisado cedido, sem custos, por uma igreja da região. Depois, Marco comenta que Quituart foi para o terreno de uma escola, localizada na QI 6 e, após várias e contínuas mudanças, instalaram-se no canteiro central da QI 9, onde hoje é o seu terreno atual.
“Cansadas de mudar, foi criada uma associação a fim de facilitar as demandas junto aos órgãos competentes para regularização de suas atividades, bem como tornar mais comunitária as demandas e despesas do grupo, e construção de uma sede definitiva. Sempre empenhados em ter uma sede definitiva, no ano 2000, já reunidos sob a denominação de cooperativa e com espaço definido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), foi aprovado o projeto pelo GDF e deram início às obras”, conta.
Posteriormente, foi investido em uma sede provisória, com capacidade para 30 boxes. Com a permissão do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), os cooperados realizam o pagamento todos os anos e o endereço segue sendo o local de atuação da Quituart.
“O embargo da obra, que durou mais de 22 anos, está agora na sua fase final de extinção. A diretoria, com apoio dos cooperados, resolveu os imbróglios da ação, propondo um acordo com os autores, e contanto com o apoio do GDF. Os donos de boxes, geralmente compostos por famílias, não se deixaram abater. O nosso espaço está sempre repleto de clientes e amigos. Nós somos o segundo quintal dos moradores do Lago Norte”, destaca.
Espaço único
Formado em administração de empresas, nascido em Brasília e conhecido pelo apelido de “Tuim”, Marco chegou à cooperativa no ano de 2010 por intermédio de amigos moradores da região, frequentadores assíduos da “feirinha”, nome pelo qual a Quituart era chamada pelos clientes mais antigos. No complexo, o atual diretor-presidente investiu em um negócio próprio: o Butiquim do Tuim, responsável por oferecer petiscos e comidas mineiras. “Minha esposa já estava lá desde 2008, com artesanato; e hoje, com uma delicatésse, a 63Deli”, recorda.
Atualmente, a Quituart conta com 28 opções gastronômicas. Segundo Marco, no ambiente, é possível navegar por diferentes culinárias. Os clientes podem, por exemplo, experimentar desde uma pizza italiana até mesmo uma rabada nordestina e, inclusive, uma moqueca capixaba. “A população pode comer um joelho de porco, um prato árabe, um tailandês e, ainda, saborear as delícias do Pará. Também pode-se pedir uma parrilla e tomar um bom e gelado chopp, comer pratos de chefs ou de botecos. Dezenas de opções em um só lugar. Esse é o nosso diferencial: comer de tudo no mesmo ambiente”, ressalta.
Para o diretor-presidente, a presença da Quituart, há mais de três décadas, é um aspecto muito positivo para o Lago Norte. Segundo Marco, a região ainda é muito carente em opções de lazer e gastronomia. Dessa forma, na sua visão, o complexo consegue suprir as necessidades dos habitantes, além de ser um espaço que capta mão de obra, gera emprego e renda para a população.
Três perguntas para Marco Túlio Ortiga, diretor-presidente da Quituart:
O que a Quituart oferece?
Além de ser um polo gastronômico com seus chefes de cozinhas renomados e premiados, faz da cultura também um de seus atrativos e promove uma multiplicidade imensa de atrações que são definidas por um grupo da própria cooperativa.
Às sextas-feiras, por exemplo, temos sempre música ao vivo com artistas variados e músicos de relevância nacional. Temos exposições de moda e contação de histórias, fazendo da cultura uma opção de grande valor.
Qual o diferencial do ambiente?
Nossa concepção de espaço favorece ao cliente sempre estar participando do movimento interno dos boxes. Procuramos dar às pessoas que frequentam momentos de intimidade e simplicidade para comer, sem esquecer a maneira correta de tratar e cuidar dos alimentos. Nossa preocupação em manter nossas instalações sempre de acordo com o que a legislação pede é constante.
Qual a expectativa para os próximos anos?
Esperamos que o nosso futuro seja sempre o melhor. Passamos pela pandemia com dificuldades, como todos os estabelecimentos do mundo, mas sobrevivemos. A frequência está aumentando. A clientela está voltando ao normal. Quituart é sinônimo de resiliência e perseverança.
A construção da nossa sede definitiva é o momento mais esperado. Um local próprio e com melhor estrutura onde o cliente receberá de volta o carinho que teve conosco durante todos estes anos. Um local de gastronomia e artesanato digno de Brasília.
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