Marcas&Negócios

De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon/DF), o setor de construção civil, no Distrito Federal, representa 55,9% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria local. Os dados foram apresentados no início deste ano. Para o êxito do segmento, há um fator determinante que direciona o seu percentual positivo: os materiais de construção.

Em Brasília, a São Geraldo é um dos empreendimentos mais tradicionais da cidade que está inserido nesse mercado. Com 40 anos de atuação, a empresa surgiu a partir de um sonho familiar que, aos poucos, conquistou toda a capital. “Nós entramos no segmento de material de construção em 1983. Como a família já mexia com construção civil, vimos a necessidade e oportunidade de abrir uma pequena loja na Asa Norte. Começamos a vida ali. Em 1987, fomos para o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA)”, destaca Ramez Farah, diretor da São Geraldo.

O pai de Farah, junto com o empresário e os seus irmãos, criou a marca candanga. A loja, que iniciou a sua operação em um espaço de 60m², oferecia materiais de construção comuns, como a maioria das lojas do segmento. No entanto, a mudança para o SIA expandiu os horizontes da família e, com o intuito de trazer novas possibilidades para o Distrito Federal, apostou em um negócio diferente e inovador.

“Em 1988, vimos a necessidade de nos especializarmos em acabamento. Buscamos os principais fornecedores que existiam na época e tivemos êxito nessa escolha”, informa. Dez anos depois, a busca em consolidar a marca com o diferencial inovador se manteve. Dessa forma, Farah comenta que, perto dos anos 2000, foi realizada uma reforma de fachada que destacou ainda mais a empresa.

“Mudamos toda a vitrine e climatizamos a loja. Poucas lojas no Brasil foram construídas dessa forma. Nós, por outro lado, buscávamos a inovação, inclusive, no que diz respeito ao atendimento. Os estabelecimentos recebiam os clientes em balcões, enquanto já oferecíamos mesa com computador”, relembra.

Em 2004, houve outra mudança de relevância: o showroom saiu de 400m² e conquistou os seus 1200m². Aproveitando o momento, novos produtos foram inseridos no catálogo e, em cinco anos, chegou aos 2600m². Em 2016, foi o momento de realizar a inauguração do Centro de Distribuição da rede, o que auxiliou a consolidar ainda mais a marca na região.

“Ampliamos com eletrodomésticos e iluminação. Apostamos em novos produtos e também em novos fornecedores. Desde o início da trajetória, a gente sempre buscou o que existe de melhor em tendência, nos adaptando ao mercado da melhor maneira, para que o consumidor veja a São Geraldo como uma empresa inovadora e que traz soluções para a suas obras e sua casa”, diz.

Valores da marca

A São Geraldo ressalta em suas lojas e, também, nos espaços virtuais, que a história da marca vai além da construção de espaços ou da oferta de produtos. Segundo a empresa, são construídas também relações humanas diariamente.

“A gente busca o relacionamento principalmente com a equipe. Hoje nós temos muitos funcionários que estão desde o início da empresa. Essa relação é preservada com muito respeito e muita lealdade. Com os arquitetos e designers, também temos o mesmo sentimento”, indica.

Além disso, para os profissionais associados ao setor, a São Geraldo oferece treinamentos, palestras e informações para crescimento na área. “Estamos sempre buscando essas questões. Esse relacionamento faz da São Geraldo uma empresa que está alinhada com a sociedade e com o mercado”, pontua.

Associado a esse cuidado com as relações como um todo, Farah também destaca que o esforço, a paixão pelo trabalho e, acima de tudo, a resiliência, são características que fortaleceram a empresa. “Avalio que o sucesso da marca é um pouco disso tudo e o que faz a empresa estar na ativa mesmo após 40 anos”, celebra.

“É sempre um prazer trabalhar na empresa, pois há muitos valores envolvidos, tanto para mim quanto para os sócios e os funcionários. Somos respeitados no mercado por termos firmeza e qualidade perpetuando na sociedade”

– Ramez Farah, diretor da São Geraldo

Três perguntas para Ramez Farah, diretor da São Geraldo:

Como é a logística para manter o funcionamento das unidades da São Geraldo?

Quando você cresce em vendas, você tem que aumentar o seu serviço de entregas e armazenamento. Nesse sentido, com a logística, a gente sempre buscou soluções em espaço e tecnologia. Hoje em dia, o nosso Centro de Distribuição (CD) tem 15 mil metros quadrados para estoque. Esse CD é quase todo paletizado, o que existe de mais moderno em tecnologia de paletização. Já vai fazer oito anos que mudamos completamente o nosso sistema de logística. Fizemos isso antes da pandemia, graças a Deus. Se fosse nesse período, não teríamos uma solução logística para suportar tantas demandas.

Como a empresa se tornou referência no segmento de materiais de construção?

Luta, atualização dentro do mercado, esforço, dedicação, paixão pelo que faz, perseverança e, acima de tudo, resiliência. Avalio que o sucesso da marca é um pouco disso tudo e o que faz a empresa estar na ativa mesmo após 40 anos.

Como a São Geraldo acompanhou as mudanças das tendências e se adaptou ao mercado?

Apesar de estarmos celebrando 40 anos de atuação, parece que foi ontem que a gente começou. É sempre um prazer trabalhar na empresa, pois há muitos valores envolvidos, tanto para mim quanto para os sócios e os funcionários. Somos respeitados no mercado por termos firmeza e qualidade perpetuando na sociedade. Além disso, é muito difícil você sobreviver no mercado público por tanto tempo sem perder essas questões. Dessa forma, são aspectos que prezamos desde o início e continuaremos prezando nas próximas quatro décadas.