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Esporte sob lentes

A captura de uma imagem é capaz de trazer à tona a emoção de um momento específico. Por essa razão, a contratação de um fotógrafo torna-se essencial quando se busca eternizar um sentimento, expressão ou ocasião. No entanto, a atuação deste profissional é abrangente e pode variar bastante a depender do seu nicho. Em Brasília, um dos estilos que recebe grande destaque diz respeito à fotografia esportiva.

O gênero tem o intuito de registrar atletas, geralmente em competições, a fim de documentar o evento e, também, captar o momento exato de movimentos do corpo. Na capital, a marca de referência que atua nesta área é o Corre Pra Foto, site que, desde 2011, é responsável por realizar coberturas na cidade. Corrida de rua, trilhas, ciclismo e natação são alguns dos exemplos de esportes que recebem a curadoria fotográfica da empresa.

Com uma demanda mensal de 15 eventos aproximadamente, Andréa Martins, fotógrafa esportiva do Corre Pra Foto, explica a rotina por trás do clique perfeito. “Antes de cada evento, organizamos a agenda, checamos o percurso e as condições climáticas. Acordamos de madrugada, por volta das quatro da manhã, pois as provas começam muito cedo”, informa.

A profissional indica que, para atuar na área, é preciso amar a fotografia, especialmente no âmbito esportivo, pois a carga de trabalho é intensa e exige disposição do fotógrafo. “Dependendo do evento, trabalhamos ao longo de até 17 horas sem parar. É ‘batidão’ mesmo”, brinca. “Se você não ama, não consegue dar conta”, complementa.

Além disso, para o êxito das fotos, é importante ter preparo físico devido o acompanhamento que deve ser realizado ao longo do percurso. Nesse sentido, para Andréa, um dos diferenciais do Corre Pra Foto está relacionado ao fato de que grande parte da equipe, composta por 20 fotógrafos, também é atleta.

Ela pontua que esse detalhe possibilita que, na hora das capturas, seja possível “sentir” o esporte e, pelas fotos, transmitir as sensações que o fotógrafo teve no momento em que realizou o clique. No entanto, apesar da paixão pela profissão, Andréa destaca que há adversidades e desafios para serem superados, principalmente por conta do dinamismo dos eventos.

“Geralmente trabalhamos de maneira outdoor, onde a variação climática impacta diretamente no setting de fotografia. Precisamos estar preparados para tudo que vai acontecer ao longo de várias horas. Temos que estar bem próximos aos atletas, principalmente os profissionais que são os mais rápidos e resistentes. Além disso, não podemos errar, pois as cenas não voltam”, ressalta.

Ainda assim, cada momento vale a pena para a fotógrafa. Andréa indica que trabalhar na área possibilita que ela acompanhe, por meio das competições, a energia, superação e disciplina dos atletas amadores e/ou profissionais.

“Contamos histórias incríveis de pessoas que se conectam com esporte por diversos motivos, dos mais variados possíveis, desde uma pós-doença, mudança de vida até a superação mais inesperada que acontece com renovação de hábitos de vida, sempre impulsionando positivamente a qualidade de vida e autocuidado de cada atleta”, indica.

Acessibilidade

Neste sábado (8), é celebrado o Dia Nacional do Sistema de Braille. Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), a data, instituída em 2010, foi criada em homenagem ao nascimento do primeiro professor cego do Brasil, José Álvares de Azevedo, que ensinou e divulgou o sistema braille pelo país, ainda na época do Império.

Com o intuito de proporcionar acessibilidade e independência às pessoas com deficiência visual, o braille é um sistema de escrita e leitura tátil baseado em códigos em relevo, onde é possível compreender letras do alfabeto, algarismos, símbolos e palavras.

Sabendo da importância da inclusão e da acessibilidade, o Corre Pra Foto lançou um formato de foto especial, onde pessoas com problemas de visão podem sentir os elementos da imagem para que, assim, se aproximem do momento capturado. “É uma iniciativa muito importante e necessária, que tivemos muito orgulho de desenvolver”, informou Andréa.

Contamos histórias incríveis de pessoas que se conectam com esporte por diversos motivos, dos mais variados possíveis, desde uma pós-doença, mudança de vida até a superação mais inesperada que acontece com renovação de hábitos de vida, sempre impulsionando positivamente a qualidade de vida e autocuidado de cada atleta

– Andréa Martins, fotógrafa esportiva do Corre Pra Foto

Três perguntas para Andréa Martins, fotógrafa esportiva do Corre Pra Foto:

De que forma vocês capacitam os profissionais que atuam no Corre Pra Foto?

Antes da pandemia, realizávamos workshops internos que, em breve, temos o intuito de retornar. No entanto, para fomentar capacitações, sempre buscamos novas técnicas de fotografias. Também lapidamos edições e investimos em trocas de equipamentos.

O que garante a qualidade de uma captação de foto?

Além de muito estudo, é preciso conhecer bem o seu equipamento para ser capaz de usá-lo em capacidade máxima, isto é, com o melhor que ele tem a oferecer. Também é fundamental entender sobre os eventos, pensar como um atleta e realizar um trabalho dedicado em cada ocasião.

Como você avalia a retomada dos esportes outdoor após três anos de pandemia?

A pandemia prejudicou imensamente os eventos esportivos. No primeiro ano, ficamos com a empresa fechada por 11 meses. Em 2022, ao longo de quatro meses. Só agora em 2023 que os grandes eventos realmente voltaram com público em Brasília. Antes, uma prova com sete mil atletas passou para quinhentos ou oitocentos atletas, no máximo de sua capacidade.

Porém, em ritmo de retomada, este ano promete vários eventos. Tanto nas questões de produções como também de público. No último domingo, nós ficamos empolgados e felizes em ver que contávamos com quatro mil atletas na pista. Uma enorme conquista após a pandemia.

gabriellacollodetti

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