Três anos antes de Brasília ser fundada, surgia, na futura capital do país, a Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF). Entidade mais antiga da região candanga, a organização possui o intuito de representar os seus associados, as atividades econômicas e profissionais perante os poderes constituídos. Por meio da entidade, há uma orientação, amparo e criação de ações voltadas ao desenvolvimento do DF.
Buscando oferecer suporte para o crescimento econômico e sustentável de Brasília, a ACDF dispõe de oito conselhos temáticos, voltados para diferentes segmentos. A grande missão dessas congregações envolve uma atuação conectada com a população e, também, de novas esferas do comércio e da indústria.
“Durante os anos de 1970 e 1980, a ACDF lutou pela representatividade política na cidade e serviu como uma espécie de assembleia legislativa, trazendo debates importantes para a comunidade do DF”, comenta Lindberg Cury Júnior, presidente do Conselho de Esportes da Associação. “Nesse cenário, na ACDF criou novas oportunidades em diferentes áreas. No nosso segmento, contamos com a criação do Brasília Esporte Clube — atual Brasília Futebol Clube, detentor de oito títulos estaduais no futebol profissional”, complementa o profissional.
Segundo Lindberg, mantendo sua tradição histórica, a ACDF continua abrindo espaço para assuntos de interesse da coletividade por meio de iniciativas especiais segmentadas por conselhos. No que diz respeito ao lado esportivo, para oferecer ideias e iniciativas que dialoguem com a sociedade, a Associação conta com um grupo formado por atletas olímpicos e paralímpicos; gestores públicos e privados do esporte; e consultores e empresários do segmento.
Em conjunto, a equipe segue duas linhas de ação. A primeira delas está voltada à discussão da cadeia produtiva do esporte. Já a segunda visa formular propostas na condução de políticas públicas. “Nesse contexto, nosso papel é servir de interlocutor entre os anseios do segmento esportivo, do empresariado e do poder público no âmbito do Distrito Federal”, complementa Lindberg.
Inspirado no Conselho de Esportes da Associação Comercial do Rio de Janeiro, a congregação esportiva da ACDF foi instituída em 2018, em uma reunião que contou com a presença do velejador brasileiro e medalhista olímpico Lars Grael. Segundo Lindberg, desde a sua criação, o Conselho serviu como um elo entre o segmento esportivo, os investidores e, também, o poder público.
“Abrimos diálogo com todos os secretários da pasta do Governo do Distrito Federal (GDF) e apresentamos propostas. No campo dos negócios, fizemos uma intermediação entre o desenvolvedor de um aplicativo para talentos esportivos e profissionais do esporte aqui no DF. Entretanto, a pandemia prejudicou o funcionamento e a continuidade de algumas ações, mas com a retomada das atividades e, em especial, com o apoio da direção da ACDF aos conselhos temáticos, a perspectiva para os próximos anos é animadora”, ressalta.
Com isso, para 2023, a expectativa de Lindberg é que duas pautas sejam discutidas prioritariamente: a criação de um lei de incentivo ao esporte em Brasília e um debate mais amplo sobre os patrocínios esportivos. De acordo com o presidente do Conselho, o ano iniciará com o foco nesses temas e, depois, seguirá um calendário definido para reuniões, com o intuito de apresentar novas necessidades do segmento, pensando a médio e longo prazo.
Sobre o futuro do Conselho, Lindberg adianta: “queremos ser um centro de debates e formulação de propostas para o desenvolvimento do esporte no DF. Seja para estimular a cadeia produtiva do esporte e aumentar o volume de investimentos no setor, seja para aumentar a eficiência das políticas públicas esportivas na melhora da qualidade de vida de toda nossa população”, informa.
Três perguntas para Lindberg Cury Júnior, presidente do Conselho de Esportes da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF):
Por que o esporte é importante e necessário para a população?
Quando promovemos a prática esportiva e de atividades físicas, estamos promovendo saúde, educação, interação de pessoas e inclusão social. Quando realizamos eventos esportivos, movimentando os negócios e a cadeia produtiva do esporte, além de criar opções de entretenimento e gerar riqueza.
Como os esportes do DF poderiam melhorar?
O Distrito Federal tem potencial para ser modelo e referência no esporte nacional. É enorme a quantidade de pessoas em atividades esportivas nos parques, nos espaços públicos, nos clubes e nos campos esportivos. Mas faltam informações e dados sobre essas atividades para melhorar a formulação de políticas públicas e o atendimento à população. Precisamos avançar nessa questão. Também precisamos melhorar a consciência do empresariado e do poder público para aumentar os investimentos no esporte e criar sinergias com as áreas envolvidas e impactadas com o crescimento do setor — saúde, educação, turismo e segurança pública, entre outros setores.
Qual a avaliação do Conselho sobre o esporte na cidade?
O DF tem uma vocação natural para o esporte por conta da sua geografia e sua infraestrutura esportiva, seja para realizar grandes eventos esportivos, como também para estimular a prática esportiva e de atividades físicas pela população. Temos um grande mercado consumidor de entretenimento, temos espaços públicos e privados adequados para a prática esportiva, mas ainda falta uma maior interação entre o empresariado e o poder público para alcançarmos resultados mais eficientes e atendermos melhor a população.
Na quinta-feira (14), a Central Única das Favelas (CUFA) apresentou o Communiqué, documento que será…
No mês passado, o Ministério da Cultura divulgou o documento que analisou o fomento federal…
De acordo com a Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas…
Com quase uma década de existência, a Dane-se surgiu como um convite para olhar o…
Recentemente, um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a…
As cafeterias francesas são verdadeiros refúgios de charme e autenticidade, onde o tempo parece desacelerar.…