É dos vira-latas que eles gostam mais

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Pesquisa inédita revela que vira-latas são maioria nos lares brasileiros onde há cachorros. Em Brasília, a tendência é igual: 37% dos cães que vivem com tutores na cidade não têm raça definida

Maya, 2 anos, foi adotada em uma feirinha de Brasília: amor incondicional Crédito: Arquivo pessoal

Únicos e muito especiais, os vira-latas são a “raça” preferida dos brasilienses. Uma pesquisa inédita do Instituto Qualibest revelou que, da mesma forma que acontece no resto do país, a popularidade dos sem raça definida está em alta no Distrito Federal. Entre os entrevistados de Brasília, 37% disseram que o cãozinho de casa é vira-lata. Na amostra nacional, que inclui 7.084 pessoas de todas as regiões do país, esse índice foi de 41%.

Nos lares brasilienses, depois dos vira-latas, os cães mais populares são pinscher (9%), poodle (8%), lhasa apso (4%), pit bull (3%) e labrador (2%).  As demais raças estão distribuídas entre os 37% restantes. No Brasil como um todo, a tendência é parecida:  poodle (11%), pinscher (7%), labrador (5%), pit bull (3%) e lhasa apso (3%) lideram a preferência dos tutores. O estudo também revelou que, entre os entrevistados, 65% são responsáveis por pets e, desses, 79% têm cães, 39% gatos, 19% aves e 10% peixes.

O estudo também perguntou sobre a saúde dos pets. Em Brasília, 85% dos cães não têm doença, segundo os tutores. Nos dados nacionais, 80% dos cachorros não apresentam nenhum problema de saúde, e, entre aqueles que os têm, as doenças mais comuns são alergia cutânea, dermatite, catarata, sobrepeso e otite. Quando avaliado por raça, novamente o vira-lata se destaca: é o mais saudável do universo da pesquisa, com apenas 15% deles apresentando algum problema no organismo.

Os dados também mostraram que grande parte dos cachorros foi adotada. Em Brasília, 13% vieram de feirinhas de adoção, e 11% foram encontrados nas ruas. Esse índice é maior entre as classes C e D: 33% dos tutores do país resgataram cães abandonados.

Ana Paula, Bruno e Maya: o casal se apaixonou à primeira vista pela cadelinha Crédito: arquivo pessoal

A advogada Ana Paula Rodrigues, 40 anos, já teve cães de diversas raças. Desde criança, ela convive com animais: foram 15 até agora, de todos os portes, passando de fila a schinauzer, e incluindo vira-latas. Há dois anos, ela conheceu Maya, uma cachorrinha que já havia sido adotada e devolvida duas vezes. Quando viram a pequenina cadelinha branco e marrom, Ana Paula e o marido, Bruno Rodrigues, não tiveram dúvida. “A gente pensou: ‘É ela!'”, recorda. Não poderia ter sido uma escolha mais feliz. Apaixonada por Maya, a advogada diz que, desde a adoção, a vida da família mudou para melhor. “É impagável ter um dia duro, cheio, e, na hora em que você entra em casa, é sempre aquela overdose de carinho que ela te dá, de graça”, conta.

Ana Paula afirma que optou pela adoção por acreditar que os cães sem raça têm muito menos chance de ganhar um lar. “Parece que o próprio bichinho sente que talvez não tivesse tanta chance, e por isso é extremamente grato”, diz, elogiando a postura dos vira-latas. “Sempre faço uma reflexão de que, para o bichinho, não interessa se tenho cabelo louro, castanho, curto; se sou rica ou pobre. Ele vai me amar do jeito que eu sou, então procuro devolver isso para eles”, ensina.

Cuidados

A alimentação do melhor amigo foi outro fator de destaque no levantamento: 12% dos cães que figuram na pesquisa comem a mesma comida que é preparada para o dono/outras pessoas da casa; 32% ingerem ração comum e, 38%, ração específica para seu porte. Em média, os animais são alimentados de duas a três vezes ao dia.

Como quem ama cuida, a pesquisa revela que 56% dos entrevistados levam seus cães para vacinação de uma a duas vezes ao ano; 58% levam para o banho de uma a duas vezes ao mês; 34% levam para a tosa uma vez ao mês e 44% compram produtos de higiene uma vez ao mês.

Tutores de pets que “sentem falta de algum produto ou serviço no mercado” alcançam 61% e algumas queixas são: falta de alimentos isentos de conservantes, corantes, sabores artificiais e subprodutos; inovação em produtos e serviços; falta de soluções em diversão e relaxamento; e aplicativos específicos para seus pets.

“Nós estamos sempre de olho nas tendências do mercado para realizar estudos de opinião pública. Nunca vimos tanto lançamento de serviços para o mundo PET e era um assunto que nunca havíamos investigado por conta própria. Tinha também poucos dados de pesquisas disponíveis”, diz Daniela Chammas Daud Malouf, diretora-geral do Instituto Qualibest.

Curiosidades

  • 30% dos cães brasileiros têm porte pequeno (5kg a 10kg)
  • 93% dos labradores são criados em casa (apenas 2% em apartamento)
  • 62% dos Pit Bulls presentes nos lares brasileiros são machos
  • 37% dos tutores de Lhasa afirmam que sempre comemoram o aniversário do cão
  • 34% dos tutores de Poodle ganharam o pet de alguém

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Paloma Oliveto

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