O verão está chegando e os cuidados com os pets devem ser redobrados. Assim como os humanos, cães e gatos também sentem mais desconforto nessa estação. Intensificar a hidratação, manter os ambientes frescos e tosar os pelos dos animais são algumas atitudes a serem incorporadas na rotina do animal para manter seu bem-estar, evitando problemas, como insolação, queimaduras, entre outros.
Os locais onde os animais comem, brincam e dormem devem estar sempre arejados e limpos para evitar mal-estar e doenças. Se eles têm o hábito de ficarem no quintal, certifique-se de que haja locais cobertos e de sombra para se protegerem do sol.
Atenção maior para os cães das raças braquicefálicas – de focinho curto, crânio compacto e sistema respiratório superior comprimido, como os Bulldogs, Pugs, Boxers, Shitsus e Lhasas Apso e, no caso dos gatos, os Persas. Esses pets sofrem mais com as altas temperaturas pelas suas características anatômicas que não permitem troca de ar eficiente com o ambiente. A médica veterinárial, Fernanda Cioffetti Marques, da Vetnil, diz algumas precauções simples podem evitar grandes problemas. Por exemplo, oferecer e manter água fresca para o consumo do animal, inclusive espalhando vasilhas pela casa. Nos dias mais quentes, é recomendado colocar algumas pedras de gelo no recipiente para ajudar a manter a temperatura da água agradável.
“No caso dos gatos, eles normalmente bebem menos água e são mais propensos a problemas nos rins. Por isso, no verão é preciso incentivar o maior consumo de líquidos. Como alternativa, use fontes próprias para gatos, que adoram água corrente. Outra sugestão, é oferecer ração úmida”, explica Fernanda.
Um dos principais cuidados que se deve ter é com a pata do animal. Com temperaturas acima do que ele está acostumado, o asfalto ou a areia pode proporcionar queimaduras graves durante um passeio. “Por isso, evite levá-lo para um passeio entre 9h e 16h, quando o calor é muito intenso. E, se o seu cão ou gato tiver focinho rosado, é preciso usar um filtro soltar específico”, ensina o veterinário René Rodrigues Júnior, da Magnus, em São Paulo. É necessário também que os tutores fiquem atentos aos sinais que seu pet emite, lembra Fernanda Cioffetti Marques. “Se ele demonstrar muito cansaço e sua língua estiver constantemente à mostra, procure uma sombra e deixe-o descansar por alguns minutos. Leve uma garrafa de água para o passeio, para manter a hidratação do seu corpo”, complementa.
Nos passeios de carro, mantenha o ar condicionado ligado ou os vidros abertos para circular o ar. Vale sempre lembrar que deixar o animal sozinho no carro com os vidros fechados é absolutamente proibido, mesmo que seja apenas para uma “parada rápida”.
“A temperatura dentro do veículo pode subir até cinco graus em menos de 15 minutos e, consequentemente, levar o seu cão ou gato ao óbito”, afirma René Rodrigues Júnior.
A veterinária Fernanda Cioffetti Marques, lembra, ainda, que tanto para os cães acostumados a fazer exercícios físicos como para os que não estão acostumados, a água pode não ser suficiente para a hidratação. “Nesse caso, é importante fornecer um composto contendo sais eletrolíticos – potássio, cloro, sódio e magnésio – que irá reequilibrar o organismo do animal. Para auxiliar nos momentos de estresse, que podem ocorrer nos dias muito quentes, é recomendado o uso de um produto probiótico que melhora a microbiota intestinal do animal”, continua Fernanda.
É importante também que durante todo o verão, o pelo do pet esteja sempre curto, principalmente, na região da barriga. Os banhos nos cães, pelo menos uma vez por semana, também são importantes aliados para refrescar e diminuir a temperatura corporal. Use produtos próprios para a pele do pet e lembre-se de secá-la muito bem, evitando dermatites. Outra recomendação é o uso de protetor solar específico para pets para protegê-los contra problemas de pele. “Este procedimento é indicado, principalmente, para cães e gatos de cor clara, que sofrem mais com a incidência dos raios solares. O filtro deve ser aplicado em regiões sem pelos, como focinho e orelhas, em média a cada duas horas ou menos, em caso de contato com água”, ensina a médica.
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