( Por Thaíse Torres – Da Secretaria de Comunicação da UnB) (fotos Beatriz Ferraz/Secom UnB)
Um trabalho pioneiro no país treina cães para auxiliar na detecção de produtos orgânicos de origem animal e vegetal que entram pelos aeroportos. O método é subsidiado por uma pesquisa desenvolvida na UnB, por grupo coordenado pelo professor Cristiano Melo, em parceria com a Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Vigiagro/MAPA).
Segundo o docente, a atuação conjunta dos cães e dos Fiscais Federais Agropecuários na detecção da entrada de produtos ilegais torna o processo mais eficaz. “A velocidade de interceptação vai aumentar”, explica.
O Superintendente Federal de Agricultura no Distrito Federal, Bernardo Sayão, também defende o uso dos cachorros. “O cão faz o trabalho em cinco segundos. O scanner leva um minuto”. Outra vantagem é que o uso do animal dispensa o scanner corporal, pois o cachorro consegue farejar as malas e os passageiros.
“O cachorro é como uma extensão do fiscal que o acompanha”, diz Cristiano Melo, ao explicar como funciona o procedimento de identificação e apreensão. “O cão, a entrevista que se faz com o passageiro que chega do exterior e o scanner completam todo o sistema”, acrescenta.
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Animais, Márcio Henrique Micheletti é Fiscal Federal Agropecuário e trabalha com o labrador Romeu, que está finalizando o treinamento e deve começar a atuar no aeroporto de Brasília em menos de duas semanas.
“O cachorro facilita o processo de interceptação ao identificar uma mala que necessariamente deverá passar pelo scanner”, explica Márcio. “Provavelmente teremos um segundo cachorro trabalhando nesse sistema de prevenção antes das Olimpíadas”, conclui.
SEGURANÇA – A entrada de produtos sem o Certificado Sanitário Internacional coloca em risco a saúde da população e a economia do país.
“O programa da Vigilância Agropecuária visa fazer barreiras contra o ingresso de pragas que não existem no Brasil”, explica Fábio Schwingel, chefe da unidade do Vigiagro no aeroporto de Brasília.
O estudo conduzido pelo professor Cristiano Melo mapeou o perfil dos passageiros que entram com os produtos proibidos, além dos principais voos com probabilidade de conter itens que oferecem risco à saúde pública e animal.
O docente explica que é necessário interceptar o produto sem certificação ainda no aeroporto porque as possíveis pragas se disseminam rapidamente. “Se o passageiro não traz o certificado sanitário é impossível atestar que aquele produto é isento de agentes infecciosos, como a febre aftosa”, afirma.
A contaminação ocorre principalmente pelos porcos e outros animais que comem restos de comida. “O consumidor compra esse produto lá fora e muitas vezes não o consome, então o resto desse alimento vai parar no lixo e pode virar lavagem para um porco, por exemplo”, complementa.
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