Por Marília Padovan*
Ter um pet em casa nem sempre é só alegria. Os bichinhos muitas vezes adoecem e precisam de cuidados. E quando os métodos tradicionais já não são a melhor saída? Uma opção para tratar patologias desenvolvidas por animais de estimação é a homeopatia.
Criada há cerca de 260 anos, a homeopatia tem sido introduzida aos poucos na vida dos animais. A médica veterinária especialista em terapias holísticas Camila Mesquita Garcia explica que o método trabalha não só os sintomas e a doença, mas o pet como um todo — corpo, mente e energia. A terapia funciona por meio da similaridade dos sintomas, ou seja, o veterinário analisa os sintomas que o bicho apresenta e escolhe os medicamentos naturais que mais se encaixam no caso para atacar a doença. “Trabalhamos o campo energético das células e, consequentemente, a imunidade”, comenta.
A família de Kiara foi pega de surpresa após a castração da cadelinha. Por causa de uma complicação não identificada, Kiara desenvolveu um problema na bexiga que a impedia de fazer xixi. A bancária Raquel Moura logo optou pelo tratamento natural, por ser livre de conservantes. “O resultado foi ótimo. Se ela não tivesse feito direitinho, talvez tivesse que passar por medicação alopática e até mesmo cirurgia, o que eu queria evitar”, comemora a tutora. Além da homeopatia, usada regularmente, a cadelinha passou pelo reiki — outro tipo de terapia holística que funciona tanto para pets, quanto para humanos.
Após cinco sessões, Kiara voltou a urinar. A homeopatia ainda continuou presente por algum tempo para ter certeza de que o problema e as dores não voltariam, mas, hoje, a mascote vive normalmente. “É legal as pessoas terem noção de que os tratamentos chamados alternativos funcionam tanto quanto os tradicionais”, acredita Raquel. Para ela, essa é a melhor opção, já que, muitas vezes, quando se trata um problema com medicação normal, outros problemas começam a surgir devido às consequências e às contraindicações.
A homeopatia pode tratar tanto doenças crônicas, como ansiedade, estresse e depressão, quanto patologias físicas. O mais interessante é que o método não precisa ser introduzido na vida do pet somente se ele estiver passando por algum problema ou doença — pode ser usado também por prevenção. “A homeopatia serve para dar equilíbrio ao organismo”, explica a veterinária Camila. Para evitar qualquer tipo de efeito colateral, o ideal é entender a vida do pet desde o início até o momento que começou a se manifestar o problema. Como eles não conseguem falar, é importante ter esse cuidado para descobrir a melhor forma de tratá-los.
Bons resultados
A servidora pública Maria Cesarina Santinelli tem em casa o cãozinho Oliver e o gatinho Ariel. Há pouco tempo, Ariel sofreu um acidente grave — despencou do quinto andar e sofreu múltiplas fraturas. Foi necessário passar por uma cirurgia para corrigir os ossos e colocar pinos. Além disso, o gatinho ficou um bom tempo internado e sofrendo com as dores. “Para que melhorasse logo, a veterinária indicou alguns tratamentos naturais, e a homeopatia foi um deles. Não sabia que a técnica também servia para animais e foi uma surpresa que deu supercerto.”
Todo dia, o gatinho tomava mais de uma dose de homeopatia e, com o passar do tempo, as dores foram passando. Um mês depois, com a ajuda do reiki, Ariel estava totalmente recuperado e livre dos traumas. “Antes, eu estava muito desanimada, porque ele sofria demais. Hoje, ele é praticamente outro bichinho”, comenta Maria Cesarina.
O caso de Oliver é um pouco mais simples, mas não menos sofrido. O cão sofre de problemas no intestino e sempre passava por reações alérgicas. A consequência eram as constantes crises de vômitos e diarreia que pareciam não ter solução. “Eu o levava sempre ao pronto-socorro, pagava por exames caríssimos e nada de ele melhorar.” Quando Oliver começou o tratamento com homeopatia, a melhora foi enorme, pois o cãozinho quase não sofre mais crises — algo que antes era praticamente impossível. Hoje, os dois pets de Maria Cesarina vivem de forma mais tranquila, devido ao uso da terapia holística.
A homeopatia existe em duas formas — líquida ou em glóbulos. As duas são eficientes e se encaixam em diferentes casos. Também não há restrições. Qualquer bichinho pode passar pelo tratamento com homeopatia e praticamente em todas as patologias há resultado positivo com o método. A médica veterinária especialista em homeopatia Tatiana Padilha Garrido explica que os benefícios são inúmeros: “Em muitos casos, conseguimos melhorar consideravelmente a qualidade de vida do animal, coisa que o medicamento alopático nem sempre consegue fazer tão bem.” Isso acontece uma vez que os rins e o fígado são facilmente afetados por medicamentos fortes, como os ingeridos normalmente.
As melhorias que a homeopatia proporciona tendem a ser mais duradouras e com menos chances de efeitos colaterais. “Hoje em dia, a gente vê resultado principalmente em animais atópicos, de difícil solução. Os problemas de pele costumam ser persistentes e sempre voltam, mas a homeopatia mostra que pode ser diferente”, comenta Tatiana.
Outros tratamentos holísticos
Reiki: suave e não invasivo, o método não requer contato físico. Por meio das mãos, ele faz uso de energia canalizada para curar ou diminuir os sintomas de algum problema crônico ou físico. A energia é manipulada por todo o corpo por meio dos centros e das vias de energia de cada um.
Florais: são essências de flores específicas usados como uma forma de tratamento para diversos problemas emocionais, baseado sobretudo na busca pelo equilíbrio e neutralização da energia. Eles ajudam pessoas e animais a liberarem traumas que passaram em suas vidas e, assim, reduzirem as ações e os pensamentos negativas que ocorrem na vida de cada um. O foco é na personalidade do paciente, e não na doença em si.
Cromoterapia: basicamente, o método faz uso da energia das cores para a harmonização e o equilíbrio do indivíduo. Ela restaura e regenera o equilíbrio bioenergético dos campos eletromagnéticos por meio do uso das cores do espectro solar. As cores geram impulsos elétricos e correntes magnéticas ou campos de energia, principais responsáveis pela ativação dos processos bioquímicos e hormonais no corpo que equilibram todo o sistema e seus órgãos.
* Estagiária da Revista do Correio, sob supervisão de Sibele Negromonte
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