Dois estudos liderados por uma equipe da Universidade de Bristol descobriram que cães alimentados com uma dieta de carne crua eram mais propensos a excretar bactérias resistentes a antibióticos Escherichia coli ( E. coli ) em suas fezes. Pesquisas anteriores mostraram que existe o potencial de bactérias serem compartilhadas entre cachorros e seus tutores, por meio da interação do dia-a-dia, levando os pesquisadores a sugerir que a alimentação crua não é a escolha alimentar mais segura. Caso escolhida, os tutores devem tomar precauções extras ao manusear carne crua e tenham um cuidado especial depois de limpar as fezes do cão.
O estudo publicado hoje no Journal of Antimicrobial Chemotherapy investigou cães adultos e encontrou ligações entre aqqueles que comem carne crua e excretam E. coli resistente. A pesquisa apoia um estudo recente da equipe, publicado na revista One Health , que analisou filhotes de 16 semanas. Ambos os estudos, que usaram dados de cães diferentes, demonstraram que os animais podem excretar bactérias resistentes, independentemente da idade ou do tempo em que são alimentados com uma dieta de carne crua.
O ambiente em que um cão vive também desempenhou um papel no potencial de excreção de bactérias resistentes. A alimentação crua foi um forte fator de risco para cães que vivem no campo, enquanto em cães que moram na cidade, os fatores de risco foram muito mais complexos, provavelmente refletindo a variedade de estilos de vida e exposições ambientais.
Os dois estudos recrutaram um total de 823 cães e seus tutores (223 filhotes para o primeiro estudo e 600 cães adultos no segundo). Os proprietários preencheram questionários sobre seus cães, a dieta e o ambiente, além de fornecerem amostras fecais.
As amostras foram então analisadas quanto à presença de E. coli resistente a antibióticos e análises de fatores de risco realizadas para explorar as associações entre fatores de estilo de vida, ambientes relatados na pesquisa do proprietário e a detecção de E. coli resistente.
Matthew Avison , professor de Bacteriologia Molecular da Escola de Medicina Celular e Molecular , que liderou os aspectos microbiológicos desses estudos, disse:
“As bactérias resistentes aos antibióticos estão por toda parte, mas alguns antibióticos são considerados extremamente importantes para uso em humanos. Mostramos que cães alimentados com carne crua são mais propensos a carregar bactérias resistentes a esses importantes medicamentos. Isso não significa que o animal, ou o dono, ficará doente. A E. coli é uma bactéria disseminada que é encontrada nos intestinos de todos os seres humanos e animais, no entanto, é uma causa comum de muitas doenças, incluindo infecção do trato urinário, e pode causar doenças graves, incluindo sepse, se se espalhar para outras partes do corpo.
“Devemos fazer tudo o que pudermos para reduzir a circulação de E. coli resistente a antibióticos e outras bactérias criticamente importantes”, continua. “Nossa pesquisa contribui para a crescente evidência de que não alimentar cães com carne crua pode ajudar nesse objetivo.”
“Sabemos que humanos e animais compartilham bactérias entre si, então o que encontramos em seu animal de estimação também pode estar em você. Os donos de animais de estimação devem ser encorajados a praticar uma boa higiene e não alimentar o seu cão com alimentos crus pode ser parte disso”, acrescentou Kristen Reyher , professora de Epidemiologia Veterinária e Saúde da População na Bristol Veterinary School e coautora de ambos os artigos. “Todos nós podemos fazer nossa parte para diminuir a resistência aos antibióticos e seus terríveis efeitos na saúde humana e animal.”
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