A cinomose, doença responsável por atingir principalmente cães filhotes, é uma virose resistente que sobrevive por muito tempo em locais secos e frios, chegando a resistir até um mês em locais quentes e úmidos. Para aprimorar o diagnóstico da doença, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram em São Carlos (SP) um método mais rápido e barato.
Desenvolvida durante o mestrado de Julia Pereira Postigo, acredita-se que a plataforma chegará ao mercado em dois anos, após os testes de precisão, pelo preço de R$ 20.
Os principais sintomas apresentados por cães infectados são: secreção ocular, pústulas na barriga e no focinho e, em alguns casos a falta de apetite. Depois, o animal começa a cambalear, não é capaz de andar em linha reta direito e tem espasmos musculares, principalmente na perna. Os espasmos são um sinal de que o vírus já chegou ao sistema nervoso.
O dispositivo consiste na filtração de aditivos químicos que reagem com o sangue do animal. Desse modo, quando o anticorpo produzido pelo cachorro para combater o vírus entra em contato com a área da linha teste, tratada quimicamente, há a formação de um sinal vermelho nessa região, o que indica que ele está doente. Caso contrário surge apenas a linha de controle. A ferramenta foi elaborada em parceria com a empresa ParteCurae.
Se o animal estiver infectado, duas linhas vermelhas ficam visíveis, se não, o papel mostra somente uma linha. O processo demora de 10 a 20 minutos e pode ser usado com qualquer cão, independentemente da idade ou da raça.
Segundo o veterinário Paulo Henrique de Magalhães Girardi, outra vantagem do dispositivo é a precisão do diagnóstico que pode ser indicado mesmo em estágios iniciais da doença: “O problema maior que vemos é a falta de diagnóstico. É uma doença difícil, se mascara, e muitos veterinários não sabem dar o diagnóstico correto. Tem animais diagnosticados com cinomose, mas que não têm cinomose”, comentou.
O aparato surgiu com o intuito de ser mais barato que os produtos internacionais já existentes no mercado: “A cinomose é uma doença que mata muitos cães, e existem plataformas que não são nacionais. Vimos a oportunidade de construir uma plataforma nacional e diminuir o custo para conseguir ampliar a área, o acesso”, disse Julia.
Segundo Carrilho, a contribuição da universidade foi mudar os materiais usados no exame. “O teste que existe envolve várias membranas diferentes. O trabalho da Julia foi tentar fazer o que se faz com vários materiais mais caros e sofisticados em um pedaço de papel simples”, afirmou.
Além do exame por membranas, outro procedimento usado para identificação da doença é a PCR, um método de análise de DNA que custa de R$ 100 a R$ 150, acima do custo estimado para a plataforma desenvolvida pelo grupo.
O vírus que transmite a doença atinge apenas os cãezinhos. É contagiosa e, se não tratada, pode levar a morte, por isso exige muito cuidado. O víruspode sobreviver nos ambientes por um longo período, principalmente em locais frios e secos. Já em locais quentes e úmidos consegue sobreviver por um mês, normalmente.
A cinomose atinge diversos órgãos dos cãezinhos, normalmente afetando os filhotes com até um ano. É transmitida pela secreção do nariz e boca de animais infectados e o contágio pode se dar pelo contato com outros cães infectados e seus objetos, ou pelo ar contaminado.
Sintomas
A cinomose pode ter diversos sintomas, cada um representando uma fase. Porém nem todo cãozinho apresenta todos os sintomas. São eles:
– Fase respiratória: pneumonia e secreção nasal com pus;
– Fase ocular: secreção ocular com pus ou remela, em grande quantidade;
– Perda de apetite;
– Diarreia;
– Pústulas na barriga e no focinho;
– Dificuldade de respirar;
– Febre;
– Vômito e sintomas nervosos (tiques nervosos, convulsões e paralisias).
Quando o cãozinho chega à última e pior fase, apresentando espasmos, é porque o vírus já chegou ao sistema nervoso.
Como proteger meu cãozinho?
Para proteger seu cãozinho é necessária a prevenção da cinomose, que acontece através da vacina de cinomose. Os filhotes devem ser vacinados a partir dos seis semanas de idade, com três doses iniciais e uma anual por toda a vida e é importante lembrar que apenas cães saudáveis devem ser vacinados, por isso é necessário que o médico veterinário examine seu cãozinho antes da aplicação da vacina. Caso ele tenha qualquer doença, a vacina de cinomose não fará efeito e seu companheiro continuará desprotegido. Também é preciso evitar que seu cachorrinho entre em contato com outros animais antes de receber todas as vacinas.
Caso seu cãozinho seja contagiado pela cinomose, leve ela a consulta com o médico veterinário, é ele quem vai dizer qual a melhor medicação para sua fofura, pois cada fase da cinomose é tratada de uma maneira, e é o corpo do próprio animal que deve matar o vírus. Além disso, o mantenha em ambiente limpo, com temperatura agradável e com a ração para cães indicada pelo veterinário.
Os filhotinhos raramente conseguem se recuperar, pois ainda são muito frágeis, então leve ele ao médico veterinário nos primeiros sintomas que perceber. Se a doença atacar o cachorro na fase adulta, as chances de sobreviver são maiores, mas ainda precisam de muito cuidado e atenção sua e do médico veterinário.
Para a prevenção da cinomose em outros cães, pessoas que tiveram um animalzinho doente em casa não podem ter outro cão por no mínimo seis meses. Também precisam lavar toda a casa com água sanitária, diminuindo a quantidade do vírus existente, e não reaproveitar nenhum objeto do animal infectado para outros cães.
Fonte: Max Total Alimentos
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