É inevitável. Uma hora, os pelinhos começam a ficar branquinhos, o cão já não tem mais a energia de antes, dorme mais e pode começar a perder alguns dentes. Assim como humanos, os cães também ficam “vovôs”.
A terceira idade chega em momentos diferentes, dependendo do porte. “A de cão de grande pode começar aos oito ou nove anos, dependendo muito da condição do animal. Já os vira-latas podem ultrapassar os 15 anos”, explica a veterinária Laís Alarça. Cada raça tem sua peculiaridade e isso interfere muito nos sinais de envelhecimento. Alguns tipos de cachorros têm problemas nas articulações, o que pode comprometer a locomoção mais cedo que os demais. Outros têm propensão aos problemas respiratórios, renais, e por aí vai.
“Quando um animal apresenta dores nas articulações, e esse é um dos principais sintomas da velhice, é necessário fazer com que o esforço seja menor, ou seja, reduzir o tempo do passeio sem esquecer a importância do exercício físico na vida do pet. O equilíbrio é sempre a melhor saída”, explica a veterinária.
A questão da dentição também pede atenção, pois muitos animais perdem os dentes ao longo da vida. “O veterinário vai indicar a melhor forma de administrar a ração para cada caso. Muitas vezes, e isso também faz parte da velhice, os pets devem comer os alimentos mais líquidos. A boa notícia é que o mercado está preparado para todas essas situações e oferece produtos de qualidade para cada raça e idade”, revela.
Quando ficam velhinhos, os animais perdem parte da curiosidade pelo movimento ao redor, ficam mais quietos e também dormem mais do que os cães mais jovens. “A atividade diária do cão diminui consideravelmente na medida em que os anos passam. Isso é natural e pode vir acompanhado de alguns comportamentos como ansiedade e vocalização”, completa Laís Alarça.
Adotada aos 5 anos, a lhasa apso Nina está prestes a completar 13. Ela tem uma saúde de ferro: os dentinhos, inclusive, estão intactos. Aos 10, porém, desenvolveu ceratoconjuntivite seca, um ressecamento da córnea, que prejudica a visão. As visitas ao oftalmologista são frequentes, assim como os cuidados dispensados pela tutora, Wanessa Bougleux. Quando a situação está mais grave, a cachorrinha usa colírio com corticoide, lubrificante, pomada e cápsula de óleo de semente de linhaça. Ao melhorar, o corticoide fica suspenso.
Wanessa conta que, quando a lubrificação dos olhinhos está muito baixa, Nina esbarra em objetos em casa. Outra mudança foram os passeios: “Evito, porque ela fica com a visão embaçada e quando tem cachorro que ela não conhece, ela estranha”, conta. Quando a lhasa sai para dar suas voltinhas, a tutora tem de ter desacelerar o ritmo. “Ela ficou mais lenta para fazer as coisas, então tem de ter mais calma para passear com ela agora”, conta.
O ideal é não mudar a rotina do cão de forma repentina e compreender que o amor é a melhor saída para que o animal fique tranquilo e seguro. “O veterinário é o profissional capacitado para analisar essas mudanças e pode indicar o melhor tratamento. Jamais medique o pet por conta própria e esteja sempre atento aos sinais que o pet dá”, acrescenta.
Respiração acelerada, tosse brusca e cansaço exagerado são alguns sintomas de doenças cardíacas, por exemplo. Cães como o Labrador e o Rottweiler costumam ter problemas nas articulações. O São Bernardo pode ser acometido pela dilatação gástrica, o que além de causar dor, também pode ocasionar problemas sérios nos órgãos do sistema digestivo.
O Pug é um cachorrinho com focinho curto, ou seja, pode sofrer com problemas respiratórios. “Cães braquicefálicos (focinho achatado) possuem maior dificuldade em regular a temperatura corporal que os outros cães. É preciso ter cuidado com o excesso de exercícios, principalmente nos dias quentes e muita atenção com o envelhecimento dessa raça”, alerta.
Outro pet de tamanho pequeno que requer cuidados é o Lulu, campeão em deslocamento de patela. Também é comum a degeneração progressiva da retina nos cães de forma geral, o que pode levar à cegueira com o passar dos anos.
Seja qual for a raça do seu companheiro, fique atento aos primeiros sinais de envelhecimento e consulte um médico veterinário para garantir que o cão mantenha a qualidade de vida. “Junto de uma avaliação médica periódica, alimentação balanceada, amor e carinho são os principais “remédios” para que o pet envelheça como um grande amigo merece: completamente saudável e feliz”, conclui Laís Alarça.
Fonte: Hercosul Alimentos
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