(da Revista do Correio)
A cadela Jujuba, de 5 anos, sofre de problemas neurológicos que causam uma enorme dificuldade locomotora. Apesar do uso de medicamentos, Jujuba continuava com crises fortes, que a impossibilitavam de andar. Diante dos resultados insatisfatórios dos remédios, a veterinária sugeriu a acupuntura como tratamento complementar. “Ela melhorou muito e, sempre que for necessário, vamos continuar com o procedimento”, conta a tutora da cadela, Samara Tostes.
A cirurgiã-dentista conta que Jujuba reagiu muito bem à técnica desde o primeiro momento. Hoje, ela está recuperada da paralisia momentânea, as medicações foram reduzidas e a homeopatia foi agregada ao tratamento. Além disso, ela passou a seguir uma alimentação natural, baseada em comidas cruas e alimentos cozidos, como legumes e verduras. Todo esse conjunto de procedimentos, que foi incorporado à terapia com as agulhas, melhorou o estado geral de Jujuba.
O termo acupuntura vem das palavras em latim “acus” e “pungere”, que significam agulha e espetar. Criada há mais de dois milênios, a acupuntura é uma das técnicas terapêuticas da medicina tradicional chinesa. Usada como um tratamento primário ou complementar, a acupuntura é aplicada a várias patologias, como alterações renais, gastrite ou doenças dermatológicas. “Atualmente, a grande indicação é para problemas ortopédicos, como artrose, artrite e dores na coluna, nos quais podemos ver de forma mais rápida a ação da acupuntura”, explica a médica veterinária e acupunturista Camila Bello.
Ela esclarece que a técnica chinesa não substitui a medicina tradicional. Em alguns animais, inclusive, há restrição ou os benefícios não são tão evidentes. Mas, no geral, tem sido usada com sucesso na grande maioria das espécies, inclusive nos silvestres. No procedimento, as agulhas são inseridas em lugares específicos do corpo (acupontos) para normalizar as funções orgânicas alteradas e, independentemente da patologia, a acupuntura estimula o sistema imunológico e provoca a liberação de endorfina, que proporciona bem-estar aos animais. “Muitos donos relatam que os animais ficam mais tranquilos e voltam relaxados para casa”, acrescenta Camila.
Esse é o caso do cãozinho Romeu, de 15 anos, que, depois das sessões, volta para casa sempre dormindo. A administradora Vanessa Lisboa, dona do cão, optou pelo tratamento para aliviar as consequências de dores diversas — o pet tem seis hérnias de disco e problemas no fígado, baço e rim. “A técnica é essencial por causa da coluna. Antes, ele não andava direito e se movimentava muito pouco.” Há três anos, Romeu passa pelas sessões, que também ajudaram, com a homeopatia, a eliminar o sangue nas fezes e na urina, resultado que não foi possível nem com os antibióticos. “A melhora dele é muito visível principalmente quanto ao problema na coluna. Agora, ele corre, se movimenta, brinca. É espetacular.” Além disso, o cãozinho, que sempre foi antissocial e não gostava de contato com outras pessoas ou animais, tornou-se mais tranquilo, passou a gostar dos passeios e a latir menos.
A maior preocupação dos donos dos pets em relação à acupuntura costuma ser as agulhas. Normalmente, é um procedimento tranquilo, mas tudo envolve a aceitação individual, uma vez que existem pontos indolores e outros nos quais o animal pode sentir mais incômodo, devido a um estímulo maior. “Tudo depende da patologia que ele apresenta”, explica a médica veterinária, acupunturista e homeopata Ana Catarina Valle. Se o animal ficar muito incomodado a ponto de querer tirar as agulhas, isso pode significar que elas não foram inseridas corretamente, mas vale a pena levar em consideração o temperamento do animal, a técnica a ser utilizada e a sensibilidade do ponto, explica a médica. É importante procurar um profissional qualificado, que respeite o limite e o conforto do animal.
Problemas de fertilidade, comportamento e doenças neurológicas, como é o caso de Jujuba, também são tratados com a técnica, além do suporte aos sintomas de câncer. Animais idosos se encaixam em uma das categorias mais procuradas para o procedimento, devido à presença de dores crônicas ou outras patologias comuns da idade. A acupuntura auxilia no estímulo da imunidade e na redução da quantidade de medicamentos que o pet utiliza diariamente.
Quando foi castrada, a gata Xena, de 1 ano, teve complicações com a anestesia e sua pata esquerda traseira ficou paralisada. Além da difícil cicatrização, a gatinha começou a ter crises epilépticas, o que incentivou a família a testar a acupuntura. Após quatro meses de várias sessões, ela estava praticamente curada. A pata, que antes era muito inchada e provocava dores, hoje permite que a filhote ande normalmente. A bancária Gisele Torres, dona de Xena, não imaginou que o resultado seria tão positivo: “Eu diria que a acupuntura a curou. Ela não andava e era muito triste”.A cadela Jujuba, de 5 anos, sofre de problemas neurológicos que causam uma enorme dificuldade locomotora. Apesar do uso de medicamentos, Jujuba continuava com crises fortes, que a impossibilitavam de andar. Diante dos resultados insatisfatórios dos remédios, a veterinária sugeriu a acupuntura como tratamento complementar. “Ela melhorou muito e, sempre que for necessário, vamos continuar com o procedimento”, conta a tutora da cadela, Samara Tostes.
A cirurgiã-dentista conta que Jujuba reagiu muito bem à técnica desde o primeiro momento. Hoje, ela está recuperada da paralisia momentânea, as medicações foram reduzidas e a homeopatia foi agregada ao tratamento. Além disso, ela passou a seguir uma alimentação natural, baseada em comidas cruas e alimentos cozidos, como legumes e verduras. Todo esse conjunto de procedimentos, que foi incorporado à terapia com as agulhas, melhorou o estado geral de Jujuba.