O massacre da cachorrinha Manchinha por funcionários do Carrefour de Osasco levanta a discussão sobre a importância de se retirar os animais da rua por meio da adoção. Assim como ela, 30 milhões de vira-latas vagam pelo país, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e muitos são vítimas de atos de crueldade como o sofrido por ela.
Os brasileiros estão mais sensíveis à adoção, revelou um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 52 milhões de cães que vivem nos lares brasileiros, 24% foram adotados. Mas não basta acolher um animalzinho em casa. É preciso adotar com consciência, para evitar novos abandonos.
Stella da Fonseca Rosa, médica-veterinária e técnica da Ourofino Saúde Animal, aponta que uma das principais causas do abandono é a adoção irresponsável. “Antes de escolher um cão ou gato, o tutor deve refletir sobre algumas questões importantes, principalmente se está disposto a assumir um novo membro da família, já que a adoção precipitada acaba resultando em abandono”, explica. A especialista destaca outras causas dessa atitude: falta de espaço, de tempo e dinheiro e comportamentos do pet que, inicialmente, não atendem à expectativa do tutor e, portanto, são considerados indesejados. “Existe uma falta de avaliação prévia sobre questões relacionadas às raças, à educação e ao porte.”
A veterinária ainda aborda mais desdobramentos que surgem do descaso com o abandono: “A ação acarreta muito sofrimento e dificuldades para os animais nas ruas e desencadeia em problemas sociais e ambientais”.
Ter um companheiro com quem possa se divertir e trocar carinho está entre os gatilhos que levam à adoção de cães e gatos. Mas, é preciso levar em consideração outros pontos importantes na hora de se decidir por acolher um animal, um deles são os cuidados que devem ser dedicados aos pets, que envolvem afeto e investimentos com a saúde durante todo o tempo de vida deles, que é de, em média, 15 anos.
Para quem está em dúvida entre um felino ou cachorro, a dica da Stella é avaliar qual animal ficará melhor ambientado ao estilo de vida. “A disponibilidade de tempo do tutor, a rotina de trabalho e frequência de viagens são fatores cruciais que deverão ser pontuados no momento da adoção. Lembrando que há animais com temperamentos perfeitamente adaptáveis às várias rotinas e perfis que as famílias podem ter”, reitera a veterinária.
Para facilitar o processo de inserção do pet na rotina da família, uma das dicas é trabalhar para desenvolver o vínculo tutor-animal, com alguns comandos iniciais simples que ajude o novo membro a conhecer os limites, como o de sentar e deitar, e a criar afeição.
Se no ambiente houver outro pet, alguns cuidados são aconselhados na integração. “No caso de cães, apresente-os em um território neutro, para que se estabeleça a hierarquia entre eles. Agressões devem ser repreendidas, mas é fundamental confortar a ambos no momento. Com felinos, o novo animal deve permanecer em um ambiente separado por um tempo, para que o mais velho possa sentir o seu cheiro, porém sem que haja o contato direto, para a socialização ocorrer aos poucos”, indica Stella.
Adotar é uma responsabilidade; envolve conforto, atenção, dedicação e gastos. As consultas com o veterinário, por exemplo, são recomendadas já em um primeiro momento, para realizar um check-up geral do animal e vacinar. Além disso, segundo a especialista, outros aspectos que devem ser estabelecidos dizem respeito à vermifugação e ao controle de parasitas.
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