Saiba mais sobre as dermatites em pets

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Dermatites podem ter diversas origens, como alérgicas e infecciosas. Veterinária tira-dúvidas sobre a principal causa da visita dos pets ao consultório veterinário

Vitão teve dermatite causada por fungos. Crédito: Arquivo pessoal

Coceira excessiva, queda de pelos e feridas, entre outros sintomas, são fortes indicações de que o pet está com alguma doença de pele. As dermatites, que podem ter várias origens, como alergias e infecções, são a causa número um das consultas ao veterinário. É muito importante diagnosticar corretamente o que está causando a alteração, pois disso vai depender o sucesso do tratamento.

O labrador Vitão tinha 11 meses quando apareceu com duas manchinhas idênticas, nas patas traseiras. Como ele também se coçava, a desconfiança inicial foi sarna. “O veterinário fez raspagem e viu que não tinha bactéria, não era nada muito grave”, conta a tutora, Gerlânia Moraes. O exame indicou que os culpados eram fungos. Como o agitado cãozinho tem mania de se molhar todo quanto toma água, acabou afetado por esse agente infeccioso. Com ômega 3, uma pomada e um shampoo manipulados, em dois meses, ele já estava curado.

Lucky (D) com o irmão Thor: ferida parecia queimadura. Crédito: Paula León/Divulgação

O samoieda Lucky também sofreu uma dermatite de origem infecciosa, que assustou a tutora, Greycielen Gomes de Oliveira. A ferida, no rabinho, parecia com uma queimadura, bastante vermelha. A família chegou a pensar que ele tivesse se machucado em uma casinha de madeira. O veterinário diagnosticou dermatite úmida, que pode ter várias causas. Segundo o médico, a origem pode ter sido um banho que Lucky tomou na petshop. “Não secaram ele direito. Levei para o banho no sábado, e a ferida apareceu dois dias depois”, conta a tutora. O samoieda tomou antibiótico e usou uma pomada. Além disso, o local da lesão era limpo duas vezes ao dia, com soro fisiológico. “Em duas semanas, mais ou menos, já estava sequinha, e o pelo começava a nascer”, diz Greycielen.

A veterinária Fernanda Cioffetti Marques, membro da Comissão de Animais de Companhia do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) e gerente de marketing da Vetnil, responde as principais perguntas de cuidados e tratamento das dermatites em animais:

Quais os tipos de dermatites que acometem cães e gatos?

As doenças de pele são as causas mais frequentes de consulta ao médico veterinário. Podemos verificar doenças de pele de diferentes etiologias: alérgicas, infecciosas e parasitárias por exemplo.

Quais são os principais sintomas?

Podem causar sintomas como coceira, vermelhidão, alteração de coloração da pele, edema, escamação e até mesmo queda excessiva de pelo, localizada ou generalizada nos casos mais agudos.

Existem tratamentos específicos para cada tipo de dermatite?

Existem tratamentos que variam de acordo com o tipo de doença e agente que acomete a pele. Pode haver mais de um agente associado. Há tratamentos tópicos e sistêmicos e que na maioria das vezes são feitos por longos períodos.

Durante o tratamento, como funciona a medicação do animal? Ele passa a ser medicado em período de crises ou há um processo de prevenção e cura?

Dependendo da origem da doença, o cuidado pode ser para a vida toda e, na maioria delas, os tratamentos podem ser longos e associar tratamento tópico com uso de xampus específicos e medicações orais para que se obtenha a cura.

Muitas pessoas falam que os animais com pelo claro são mais propensos a desenvolver problemas na pele. Isso é verdade?

Não há uma correlação científica que comprove que a cor dos animais possa influenciar.

O calor também pode desenvolver doenças de pele nos animais?

No calor, podemos notar predisposição ao surgimento, assim se deve ter uma atenção especial aos cuidados de higiene neste período.

Como a má alimentação está ligada ao desencadeamento de diversas doenças, existe algum cuidado indicado para animais com dermatites?

Sem, dúvida a boa nutrição é uma aliada na manutenção da saúde e pele dos cães e gatos e a suplementação também é importante para esse processo. A deficiência de nutrientes importantes pode ser manifestada como queda excessiva de pelos, pele ressecada e até mesmo desencadear alguma hipersensibilidade alimentar.

No geral, o que os tutores podem fazer para prevenir essas doenças em cães e gatos?

Para evitar a doença, deve-se, acima de tudo, fornecer uma boa alimentação, manter a higiene do ambiente e usar somente produtos como antiparasitários externos de qualidade e de produtos dermatológicos que sejam especificamente desenvolvidos para cães e gatos, pois além de terem pH adequado, possuem também a garantia do laboratório fabricante. Qualquer alteração percebida no pet, como coceira excessiva, queda de pelo, mudança na coloração da pele é um sinal de alerta e o tutor deve sempre consultar um médico veterinário. As visitas regulares auxiliam principalmente na prevenção e tratamento precoce.

Paloma Oliveto

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