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Robalinho anunciará candidatura à PGR nas próximas horas

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Afastado do comando da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) desde a semana passada, José Robalinho Cavalcanti anunciará amanhã a candidatura na eleição pela chefia do Ministério Público. Ele será, assim, o nono candidato ao cargo na disputa interna pela lista tríplice, que será submetida ao presidente Jair Bolsonaro a partir de 18 de junho, logo depois da votação dos integrantes da categoria. O mandato de Raquel Dodge termina no próximo mês de setembro, quando ocorrerá oficialmente a troca de cadeiras.

Depois de dois mandatos à frente da PGR ao longo de quatro anos, Robalinho é considerado um dos favoritos a entrar na lista tríplice. Em entrevista ao Correio na semana passada, ele disse que, “candidato ou não, iria fazer campanha”. A dúvida é se Bolsonaro vai considerar a lista ou simplesmente ignorá-la. “Ele (Bolsonaro) nunca disse que ignoraria a lista, ao contrário. Ele disse que iria receber.”

O prazo final para as inscrições termina amanhã às 18h. Até o momento, além de Robalinho, os candidatos são: Lauro Cardoso, Blal Dalloul, José Bonifácio de Andrada, Luiza Frischeisen, Mário Bonsaglia, Nívio de Freitas, Paulo Eduardo Bueno e Antonio Carlos Fonseca Silva. O também procurador Vladimir Aras disse que vai se inscrever. Há a expectativa de mais um outro nome.

A primeira consulta eletiva para a chefia do MPU ocorreu em 2001, mas não foi levada em conta para a escolha pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Foi após a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva que a lista tríplice passou a ser considerada para a indicação do próximo procurador. O ex-presidente Michel Temer, nomeou Dodge, que estava na lista, mas não era a mais votada. Já o presidente Jair Bolsonaro não se comprometeu a respeitar o resultado da consulta.

A expectativa no Palácio do Planalto é que Bolsonaro apenas siga a lista no caso de um dos mais votados pela categoria não seja um nome ligado a pautas de esquerda, um conceito difícil de ser entendido até mesmo para os governistas. Sem obrigação de seguir a lista indicada pelos procuradores, o presidente pode escolher qualquer integrante da carreira com mais de 35 anos. Com o fim dos prazos para as inscrições dos candidatos, a campanha interna será feita ao longo de 30 dias.